sábado, 30 de janeiro de 2010

CONFRONTANDO E VENCENDO A IMATURIDADE

A imaturidade é um padrão comportamental ocasionado pela permanência de um indivíduo em estágios anteriores de desenvolvimento tanto intelectual como moral. Uma das principais características da imaturidade é a dificuldade em assumir a responsabilidade pelos próprios atos.

Esta dificuldade acaba levando a um comportamento nada louvável que é faltar com a verdade. Ouvimos muitas queixas de mulheres em relação aos homens quanto à falta de sinceridade nas relações e a dificuldade deles em dizer a verdade quando sentem que isto colocaria em risco a continuidade do relacionamento.

É claro que a imaturidade não é um problema apenas dos homens, mas sem dúvida podemos constatar um número muito maior de queixas em relação ao sexo masculino.
Como em nossa sociedade a maioria dos homens não é educada para entrar em contato com suas emoções e demonstrá-las com naturalidade, não é de admirar que eles tenham muito mais dificuldades em assumir seus erros e exibir suas fragilidades e inseguranças.

A pessoa imatura sempre oferece desculpas esfarrapadas para seu comportamento infantil, ao invés de assumir os erros e revelar-se como realmente é, sem disfarces ou subterfúgios.
Nos relacionamentos a sinceridade é um componente imprescindível, sem o qual a confiança se torna impossível. Ao descobrir que uma pessoa nos falta com a verdade, não podemos ser coniventes com tal comportamento, se quisermos construir relacionamentos profundos e verdadeiros.

Se procurarmos arranjar justificativas para a falta de sinceridade do outro, por medo de perdê-lo, estaremos apenas ajudando-o a permanecer eternamente imaturo. É fundamental fazer com que a pessoa perceba que ninguém pode ser feliz vivendo uma vida de mentiras, insistindo em se relacionar com imagens e não com aquilo que realmente é, e que prosseguir assim, recusando-se a sair da imaturidade, só poderá resultar em uma vida cheia de problemas.

Crescer não é fácil, pois pressupõe estarmos atentos o tempo todo às conseqüências de nossas atitudes. Mas sem este exercício, tão necessário ao amadurecimento, ficaremos eternamente enredados em nossas próprias infantilidades, e perderemos a chance de construir relacionamentos muito mais verdadeiros, onde ambos se revelem como realmente são, sem máscaras que ocultem o que desejam de verdade.

VISÃO BÍBLICA

Conduta irresponsável, sem visão, precipitada e egoísta muitas vezes é prova de imaturidade. Não nos referimos a anos. Pessoas com sessenta anos ou mais podem ser imaturas comportando-se como crianças quando não conseguem o que querem, ou quando são obrigados a enfrentarem as realidades desta vida.

São incapazes de serem objetivos, seu orgulho é facilmente ferido e fazem pirraça. Se já é ruim numa vida secular, pode ser trágica na igreja. A maturidade no conhecimento bíblico é encontrada naqueles que habitam em algo além dos princípios elementares (Hebreus 5:12-6:20).

Eles aprenderam que a justiça, misericórdia e são as bases nas quais suas preocupações com dízimo de hortelã, endo e cominho terão validade. Ignore o primeiro e a pessoa se torna hipócrita (Mateus 22:23-24). Ela pode coar o mosquito e engolir um camelo.

Maturidade para lidar com pessoas vem apenas depois de reconhecermos que somos pecadores, e formos completamente humilhados perante Deus. A “criança” procura um “problema” para poder fazer um escândalo e talvez conseguir um nome para si. Mas a maturidade procura almas, esperando dar-lhes o céu e as salvar.

A “criança” se vê como um general no exército do Senhor; o santo maduro é um servo sacrificável do Senhor.

A maturidade na doutrina não negocia com o erro. Simplesmente é sábio o suficiente para saber que não sabemos tudo. A criança passeia alegremente pela superfície da água, proclamando altamente seu domínio dos mares; mas a maturidade está ciente das profundezas não-exploradas abaixo. O tolo tem uma resposta; o sábio, um motivo.

Paulo disse a Timóteo para fugir “das paixões da mocidade” e repelir “as questões insensatas e absurdas” (2 Timóteo 2:22-23). Não há “maturidade instantânea” para nenhum de nós.

Devemos começar com instruções para os jovens e “pela prática” podemos crescer em Cristo. Todos nós estamos no processo de muitos aspectos da vida cristã, não tendo obtido (Filipenses 3:12-16). Podemos ser pacientes e tolerantes com as crianças espirituais sem os escolher como presbíteros, pregadores e professores. Com tempo, leite e cuidado suficiente, podemos aprender a agir como homens.

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