segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PERDÃO OU DESCULPA ... HÁ DIFERENÇAS !!!!

"Como vaso de barro coberto de escórias de prata, assim são os lábios amorosos e o coração maligno;quando te falar suavemente, não te te fies nele, porque sete abominações há no seu coração.ainda que o seu ódio se enconbre com engano, a sua malícia se descobrirá publicamente.Quem abre uma cova nela cairá; e a pedra rolará sobre quem revolve.A língua falsa aborrece a quem feriu, e a boca lisonjeira é causa de ruína." (Prov. 26:23-28).

Muitos nos perguntam: Qual é a diferença entre PERDÃO e DESCULPA?

Você prefere o mal ao bem, a falsidade, em lugar da verdade (Sl 52.3)

Depois que inventaram a desculpa, ninguém mais tem culpa ou pelo menos pensa que pode justificar-se dizendo simplesmente: “Me desculpe”. O assassino diz que matou por amor, o ladrão roubou por necessidade, a mulher se prostituiu para comprar comida para seu filho, casais se separaram porque o amor acabou, funcionários trabalharam relaxadamente porque são mau remunerados, vendedores cobraram caro porque afinal todo mundo faz assim.

Embora pedir desculpa e pedir perdão pareça a mesma coisa, é algo bem diferente. Pedir desculpa é uma alegação atenuante ou justificativa de culpa. É isentar-se da culpa, apontar outro culpado e outro motivo para seu erro, é quase dizer o mesmo que não foi minha culpa. Agora pedir perdão é declarar-se culpado. Admitir o erro. Confessar o pecado em atitude de arrependimento.

Quem pede perdão demonstra que deseja mudar. Quem pede desculpa, não se responsabiliza por seus atos, não admite seu erro e logo vai errar novamente. Isso acontece também porque existe uma dificuldade de perdoar por parte das pessoas que ouvem alguém admitir o erro. As pessoas preferem ouvir uma desculpa à verdade. Se você chega atrasado a uma reunião e diz: “Me desculpe, o trânsito estava congestionado”. Todos vão sorrir e desculpar. Mas se você diz: “Me perdoem, eu não dei a importância necessária a esta reunião e saí atrasado de casa”. Com certeza todos vão te criticar.

O amor deve ser sincero. No lugar de nos acostumarmos em disfarçar nossas intenções com desculpas, com sorrisos falsos, conversa lisonjeira devemos tratar nosso coração limpando o ódio, a inveja, a preguiça que tanto nos faz ser individualistas.

Como servos de Deus, devemos nos aproximar das pessoas com responsabilidade e quando errarmos, precisamos pedir perdão buscando corrigir nossa falta. Ter uma vida de sinceridade com nosso próximo é um grande passo para quem quer ser correto diante de Deus.

É melhor ser ferido por dizer a verdade do que amado pela falsidade.

Por Pr. Celso Defavari

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DESERTO - ESCOLA DA ALMA, CORPO E ESPÍRITO

Não há na Bíblia nenhum homem que teve um ministério próspero e reconhecido sem ter passado pelo deserto, e todos que tentaram assumir posições, sem a devida formação, foram lançados por terra.

O alvo de Deus para nossas vidas é que sejamos completamente aprovados em nossas atitudes, nas motivações do nosso coração, que sejamos a expressão de Cristo para as pessoas no Seu quebrantamento, amor e brandura.

O poder de Deus expressa sempre Sua grandeza e glória; por outro lado, o caráter de Cristo em nós revela Sua pessoa. Deus não tem como meta apenas revelar Sua grandeza, Ele quer revelar-Se.

Mas como homens duros, obstinados, arrogantes e cheios de si podem chegar a essa posição de expressarem Cristo? Como serão quebrantados? Através dos tratamentos de Deus. Dentre estes, os mais eficientes são o deserto e as circunstâncias.

O que é deserto?

O deserto aponta para uma fase em nossas vidas determinada por Deus para nos amadurecer e nos aprofundar no relacionamento com Ele. É um tempo difícil para a carne e para o ego, pois normalmente o deserto vem para golpeá-los.

A Bíblia nos diz que Deus é Pai, que nos ama e zela por nós com grande cuidado.

Quando estamos no deserto, normalmente nos entristecemos achando que Deus não nos ama, não nos ouve e que nos rejeitou. Mas é exatamente o contrário!

Não gostamos do deserto porque somos infantis no conhecimento de Deus. Tal como as crianças nós gostamos do que é agradável, mas detestamos o que nos causa desprazer.

Deus não tem compromisso em nos ser agradável. Ele tem a decisão de fazer o que será melhor para nós.

Muitas vezes o que fazemos não agrada nossos filhos, mas não nos perturbemos. Sabemos que o que fazemos é o necessário. E o melhor.

DESERTO É TEMPO DE PRESSÃO

E é com essa ótica que Deus nos envia ao deserto.

Só somos totalmente conhecidos quando colocados sob pressão. E esta pressão vem primeiro para que se torne conhecido o que realmente somos. Nós achamos que nos conhecemos bem. Que engano!

Nesse processo de nos conhecermos, a auto-análise e a introspecção só atrapalham pois as suas cogitações vêm da mente, com conceitos totalmente deturpados. A auto-análise gera orgulho ou sentimentos de inferioridade, é carnal e altamente nociva.

Fora da luz e revelação do Espírito Santo, nenhum conceito sobre nós mesmos é digno de crédito.

O deserto traz essa pressão a fim de que se manifeste o que somos para as pessoas.

Há muitos irmãos que, em condições normais, gastam imensa energia da alma para manterem firmes suas máscaras de espiritualidade, paciência, brandura, pureza e profundidade no conhecimento de Deus. Estão o tempo todo se policiando, a fim de vender uma imagem que não corresponde à sua realidade. Entretanto, quando as pressões do deserto vêm, tudo desmorona.

O que somos, somos. O que fingimos ser, cai à vista de todos. Toda a nossa carnalidade fica exposta.

O deserto nos capacita a suportar pressões. Não é possível Deus confiar nada a nós antes de passarmos pelo deserto. Esta fase em nossas vidas visa transformar pessoas fracas e vacilantes em pessoas fortes e corajosas.

Antes de passarmos por esse tempo, quando as pressões de satanás, do sofrimento e do conflito nos atacavam, nossa tendência era jogar tudo para cima, assentarmos sobre uma pedra e chorarmos chamando pela nossa mãe. Não éramos confiáveis.
O deserto nos toma rijos, destemidos e calejados para as pressões. Com o tempo, nossa capacidade. de suportar pressões vai aumentando, ao mesmo tempo em que aumenta a unção, as responsabilidades e o reconhecimento dos homens.

Sem passarmos pelo deserto, tomaríamos para nós toda a glória que pertence a Deus, pois não éramos confiáveis. Quando, sob a menor pressão, nos tornávamos incrédulos, murmurávamos e abandonávamos tudo. Após o deserto as coisas mudam.
DESERTO É TEMPO DE SOLIDÃO

Por muitas vezes, diante das nossas adversidades desejamos a presença de amigos, pastores e discípulos. Muitas vezes desejamos a intimidade de grandes homens de Deus, mas em todas estas ocasiões somos frustrados por Deus.
Depositamos grandes expectativas na vida de alguns notáveis homens de Deus, mas o Senhor nunca permite que estas expectativas se cumpram: Deus quer que dependamos exclusivamente d'Ele, não do homem.

Temos toda essa tendência, sincera, de buscar a Deus através de homens e mulheres que já alcançaram grande intimidade com Ele. Não queremos passar pelo processo do deserto.
Desejamos achar nas pessoas o que Deus quer nos dar de Sua própria presença. O deserto vem para nos decepcionar com toda expectativa e esperança colocada no homem. Isso não é negativo, é muito bom para nós. Passamos a ter como única alternativa o Senhor.

Chega um tempo em que já esperamos tanto do homem sem nada receber que nos desiludimos.
Abandonamos aquela idéia infantil do "grande homem de Deus que vai vir de não sei onde, vai impor as mãos não sei de que jeito, eliminando todos os problemas e transformando a vida num mar de rosas".

Na solidão do deserto parece que não há mais ninguém com quem podemos contar. Todas as pessoas se tomam distantes, impessoais e parecem não nos compreender. Isso é obra de Deus. Ele quer se tornar o nosso amigo mais íntimo, nosso companheiro de todas as horas, o ombro amado onde choramos as nossas tristezas.
Ele se torna, no deserto, a única pessoa a quem podemos recorrer. Ao sairmos do deserto perdemos as amizades naturais, os heróis humanos, os parentes mais queridos e ganhamos a Deus.

Bendita perda; bendito ganho!

DESERTO É LUGAR DO ESGOTAMENTO DA ALMA

No deserto não há água, não há vida, não tem descanso. Só calor e exaustão. Nossas energias naturais vão se esgotando pouco a pouco até não haver mais nenhuma força, nenhum ânimo, nenhum entusiasmo.

O tempo do deserto é tempo sem sabor, sem cor, sem novidade, sem sentimento. Deus retira todos os estímulos naturais que nos animavam no natural. O alvo de Deus é nos livrar da dependência da nossa vida natural e nos capacitar a depender inteiramente do Seu Espírito.

Enquanto temos estímulos de todas as formas, não precisamos depender de Deus. Fazemos tudo no entusiasmo da alma. Com esse tempo, o alvo de Deus é retirar os estímulos a fim de andarmos nas nossas próprias forças e nos exaurirmos completamente.

Quantos homens e mulheres de Deus passam por períodos de estafa!! O que caracteriza esse esgotamento é a exaustão de todas as energias da alma. Às vezes até oramos por tais irmãos para que Deus os restabeleça.
Tal oração é contrária à vontade de Deus. Aliás, Deus mesmo vai cooperar para que a estafa, o esgotamento mais completo venha o mais depressa possível.

Se andarmos baseados em nossa vida natural, não estamos andando por fé e nem no Espírito. Chame como quiser, mas a Bíblia diz que isso é andar na carne.
Precisamos saber que andar na carne não é só cometer pecados grosseiros e manifestar aqueles frutos horríveis mencionados em (Gálatas 5). Andar na carne é não depender de Deus, é depender de sua vida natural, de seu ego.

O deserto, pois, vem para nos acabar, para destruir toda autoconfiança, um modo de passar o prejuízo para outro. Quando injustiçados, vamos à desforra. Reivindicamos, exigimos, desprezamos e usamos da nossa força humana para estabelecer nossa própria vontade.

Não percebemos que, ao nos impormos, estamos fora do padrão do caráter de Cristo e nos endurecemos contra os tratamentos de Deus, pois justamente aquilo que mais nos incomodou era a mão de Deus nos tratando.
Aquele chefe no trabalho, aquele líder na Igreja, aquela pessoa que mais te incomoda. Aquele a quem mais é difícil de se submeter, amar e aceitar é justamente quem está mais sendo usado por Deus para te aperfeiçoar.

Ceda! Seja maleável, mude, responda a Deus. A mão bendita do obreiro está sendo revelada justamente na situação que você mais detesta.

p/ Pra. Mara Barbosa

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

RETIRAR AS MÁSCARAS É UM ATO DE CORAGEM

A maldade do homem procede de muitas maneiras mas sempre esta contida através de seus sentidos e no falar o elemento de ligação e o mais perverso. Os olhos , os ouvidos , o tato , a escuta , o cheiro são os elementos sensoriais de ligação do homem com o mundo . Somos através dos sentidos , como o exercemos e como os captamos . (Provérbios 6; 12 a 19)

Qualquer distorção destes elementos pode gerar grandes dificuldades de avaliação do próximo e do mundo que nos rodeia. Porque todos recebem informações neurais e psicológicas internamente segundo o histórico de vida de cada um e estes são projetados, lançados fora, para o mundo.

Tudo acontece de dentro para fora num ciclo constante – dentro – fora- dentro. Por isto cada indivíduo capta uma situação, um sentimento, um objeto, um episódio, de acordo com a sua percepção sensorial, levada ao cérebro através das conexões neurais elaborando o pensamento, para o bem ou para o mal. Um mesmo fenômeno pode ser apreendido de diferentes maneiras e interpretado segundo os pensamentos que simultaneamente constroem a personalidade do indivíduo.

Se há maldade no interior, suas reações serão vistas pelo proceder do indivíduo, entretanto se há um desejo consciente de demonstrar ” boas intenções”, a máscara entra em ação.

Porque de boas intenções o mundo esta cheio. Vivemos num mundo em que as pessoas estão mascarados que tentam se mostrar Generosos, piedosos, moralistas, simpáticos, amáveis, mas seu coração esta cheio de malícia, oportunismo, complexos de inferioridade, manipulação, são os enganadores natos.

Usam capas, disfarces, escapes que sempre estão encobertando a verdade. Portanto a máscara quase sempre esconde a mentira , a identidade verdadeira da pessoa, o fato ou a circunstância que a envolve.

Dificilmente estes mecanismos são inconscientes, somente se há grande comprometimento mental ou em crianças cujo raciocínio lógico ainda não emergiu. “ seis coisas o senhor aborrece , e a sétima a sua alma abomina :olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal,testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre os irmãos.”

Podemos afirmar que nenhum homem deixou de usar algumas máscaras ao longo de sua vida. Por medo, insegurança, orgulho, sejam quais forem os motivos elas garantem uma certa estabilidade. Não fomos preparados para sermos transparentes em função deste mundo tão ameaçador, o homem tenta se proteger através delas.

O perigo maior é fazer delas uso comum e constante tornando-as mecanismos neuróticos de sobrevivência.

É preciso visão profunda da alma humana, percepção apurada para sentir imediatamente quando alguém esta tentando se equilibrar nelas e muitas vezes trocando de contínuo para não ser pego. Diante de um profissional experimentado ou de pessoas que tenham sensibilidade no espirito, logo elas caem, as vezes nas horas mais inesperadas deixando o sujeito totalmente constrangido e desnudo.

Neste caso preferem ficar em silêncio o que também é uma máscara, no mutismo escondem o real sentido do que pensam. Outras vezes, simplesmente desmontam.

A máscara proclama a mentira ou esconde a verdade !

Algumas máscara são usadas ainda hoje e são vistas ao longo das escrituras, por isto mesmo são comuns desde o princípio da humanidade.

1) a máscara da piedade

O apóstolo Paulo, ensinando sobre a doutrina da nova aliança , diz que devemos ser ousados em vez de agir como moisés que pôs um véu sobre a face para que as pessoas não atentassem para a glória desvanecia em seu rosto. Quando moisés subiu o monte sinai para receber as tábuas da lei, ao regressar , seu rosto brilhava.

As pessoas não podiam olhar para ele. Então, ele colocou um véu em sua face para que as pessoas pudessem se aproximar e falar com ele. Mas houve um momento em que moisés percebeu que a glória estava acabando.

Ele não precisava mais usar aquele véu, porém não o tirou. Talvez tentando impressionar pessoas com seu privilégio, com a honra que o senhor lhe propiciou. Muitos cristãos tentam apresentar uma espiritualidade que não possuem. Querem se mostrar mais piedosos do que são em realidade.

2) a máscara da autoconfiança

O apóstolo Pedro era um homem impulsivo . Falava para depois pensar. Quando Jesus declarou que seus discípulos iriam se dispersar, duvidar, Pedro foi logo dizendo que ainda que todos o abandonassem, ele jamais o faria. Estava pronto para ir para prisão ou até mesmo morrer por Ele.

Pedro julgou-se forte porém naquela mesma noite dormiu, quando Jesus pediu para ele vigiar abandonou a Jesus e juntou-se na roda dos escarnecedores negando-o. A máscara da auto confiança caiu quando Jesus olhou para ele. Então, Pedro caiu em si, se vergou e chorou.

3) a máscara do legalismo

Um legalista é crítico, inflexível mas magnânimo consigo, ele enxerga um cisco no olho do outro mas não tira a trave de do seu, vive de aparências, não se expõe. Os fariseus eram legalistas, fiscalizavam a vida alheia mas não cuidavam de sua intimidade com Deus.

Jesus os comparou com sepulcros caiados, limpos por fora, mas mofados por dentro, eram hipócritas, apenas representavam uma fé religiosa. A vida cristã é uma contínua remoção das máscaras. Como pessoas bem ajustadas, retirar as mascaras é um ato de coragem pela busca da coerência e transparência para vivermos libertos.

CONCLUSÃO

O espírito precisa ter liberdade em nosso ser para remover os entulhos, as pedras, os espinhos para sermos transformados de glória em glória até atingirmos a estatura de Cristo , o varão perfeito na eternidade.

Heloisa Mitke

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CUIDADO !!! A INSEGURANÇA PODE TE PARALISAR

A insegurança traz como características psicológicas, os mais variados tipos de medo, como o de amar, o da mudança, o de cometer erros, o da solidão, o de se pronunciar e o de se desobrigar. O inseguro não confia em seu valor pessoal, não acredita em suas habilidades e desconfia das suas possibilidades em enfrentar as ocorrências da vida, o que o leva a uma fatal tendência em se apoiar nos outros.

Por não compreender bem sua capacidade interior, apega-se na afeição do cônjuge, nos filhos, outros parentes e amigos e assim, acaba dependendo dessas pessoas para viver. Ao invés do amor, é exatamente a sua insegurança, a fonte principal que o une a outras pessoas, por isto, controla e vigia em razão das dúvidas que tem sobre si mesmo.

O inseguro por saber que não pode controlar os atos e atitudes das outras pessoas, cria então grandes dificuldades em seu relacionamento, gerando conseqüentemente maiores barreiras e cobranças entre eles.

A hesitação o torna uma pessoa incapaz de se sentir bastante firme para agir. Nunca possui certeza suficiente e quer sempre mais se certificar das coisas. É excessivamente cauteloso e vigilante, está em constante sobreaviso e desconfiança de tudo e de todos. Tem medo das conseqüências futuras que seus atos possam criar.

Ele desenvolve muitas vezes uma devoção mórbida em relação as causas e aos ideais, ou se associa a um parceiro forte e dinâmico para compensar a sua forte necessidade de apoio, consideração e segurança.

No primeiro caso, ele pode assumir diante do mundo a posição de crente exaltado, querendo convencer a todos de uma verdade que ele mesmo não acredita.

No segundo caso, busca alguém que corresponda ao modelo dos seus pais, para que novamente venha a ter a autoridade, decisão e firmeza que ele encontrava em seus pais quando criança.

Muitos ainda buscam refugio numa atividade intelectual e se colocam, por exemplo, na posição de autoridade literária, isto como uma estratégia emocional, a fim de estimular em torno de si, uma atmosfera de “bem informado” e portanto, grandiosos e seguros.

Angústias morais podem ser entendidas como a fragilidade em que se encontra a criatura insegura, a sensação de mal estar que ela sente por acreditar que está sempre sendo observada e julgada e também pela constante situação mental de ser vulnerável perante o mundo.

Os inseguros não se expressam de modo direto, claro e honesto. Escondem defesas aos seus direitos pessoais por medo e evitam encontros ou situações me que precisam expor suas crenças, sentimentos e idéias.

O título de “Senhor de si Mesmo” poderá definir bem a segurança e firmeza de Jesus Cristo. Suas palavras seja porém o vosso falar, "sim sim não não”, ainda hoje ressoam convidando a todas criaturas à autonomia espiritual. Realmente o comportamento do Mestre e a sua significativa liberdade de expressão revelavam: franqueza em dizer o que pensava, segurança de olhar, ouvir e convidar qualquer um, independência de exprimir seus sentimentos com absoluta transparência, liberdade de pedir o que quisesse, coragem de correr riscos para concretizar tudo aquilo em que acreditava.

Essas alegrias, o inseguro não sente. Seguindo porém os passos de Jesus, Nosso Salvador e Senhor, a humanidade alcançará a estabilidade e serenidade interior que busca a tantos séculos.

Comentando agora num breve resumo, diríamos que desejar o amor, a consideração ou mesmo procurar por segurança, é algo natural e válido. Para que possamos crescer temos que assumir erros, ter auto estima, assumir nossos atos e acima de tudo aceitar aos outros.

Nós não podemos ter insegurança ao ponto de nos precipitarmos por excesso de confiança, porque podemos avançar nos nossos limites. Cada um tem o seu limite. Há também o aspecto de que quando pessoas de nossa afeição buscam a outras afeições ou tomam outros rumos, temos que entender e não perdermos a nossa estabilidade, porque cada um tem sua vida, seus desejos e necessidades.

Existem pessoas que passam por situações até vexatórias porque abdicam de seus objetivos e vocações mais intimas e nutrem uma carência excessiva e aí deixa que a parte fragilizada fale mais alto.

Acontece muito que uma pessoa se entrega totalmente a outra mas com o passar do tempo fica desestimulada, incomodada com o relacionamento e ressentida com a outra porque nem tudo é da maneira como se pensava. Nem todos cedem totalmente ou renuncia seus direitos de liberdade e para o inseguro que depositou tudo em seu parceiro, isto é terrível.

A intensa motivação que invade as pessoas para serem amadas e queridas a qualquer preço, nasce sempre da dúvida intima sobre si mesmos, pois são pessoas que, raramente, podem se realizar na vida sem se pendurar no que chamam de um grande amor. A insegurança é tal que transforma a necessidade de amar em uma necessidade doentia de satisfação e que só se alcança através do amor possessivo.

Se o individuo não buscar em Cristo a liberdade de seus sentimentos, ele não encontrará a forma correta de amar. Será hipócrita inconscientemente, sem saber e em razão disto poderá usar uma “máscara de bonzinho” como meio de seduzir, conquistar ou conseguir disfarçar a enorme incerteza que carrega, mas de tempos em tempos ele mostra de modo claro a sua insatisfação interior quando explode numa raiva inesperada contra aquele a quem ele ama.

Tudo fica então limitado porque nunca se sabe o quanto a sua bondade vai suportar uma opinião contrária ou a algo que lhe desagrade.

SEGURANÇA EM CRISTO

Conta-se uma história de que certa vez os passageiros de um navio a vapor, navegando pelo rio St. Lawrence, ficaram muito zangados porque, apesar de uma pesada névoa estar cercando o barco, ele era mantido a plena velocidade.

Por fim, foram até o imediato e reclamaram com veemência.

“Oh ,não tenham medo!" respondeu sorridente o imediato.
“A névoa se encontra na parte baixa e o capitão está acima dela, vendo para onde estamos indo”.

" Você se sente tentado a reclamar do modo que o Grande Capitão está lhe conduzindo? Creia que Ele pode ver o fim do caminho. Declare, então: "Só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança."

Muitas vezes nos sentimos intranqüilos enquanto caminhamos pelas estradas deste mundo.
Damos um passo para a frente, outro para trás, e a névoa das incertezas não permite que nos sintamos seguros em nossa caminhada diária.

O temor de não conseguir chegar ao nosso trajeto final, não permite que sejamos ousados na busca de nossos sonhos e a frustração causada pelo desânimo de alguns fracassos amarguram nosso coração e impedem que sejamos plenamente felizes.

A melhor decisão a tomar para evitar que o nevoeiro do pessimismo nos envolva é embarcar no navio das bênçãos de Deus e descansar, confiando firmemente, que o Grande Capitão nos conduzirá em segurança até a vitória almejada.

Você já experimentou alguma sensação de medo em relação ao que poderá encontrar pela frente enquanto busca seus ideais?

Abra o coração para o Senhor Jesus Cristo, creia que Ele será um companheiro inseparável em todos os passos dados, e declare com a confiança dos vencedores: Senhor, contigo no barco de minha vida a segurança é total.

Certamente, você chegará em segurança AO SEU PORTO DESEJADO.
(Salmos 107:28-31)...Então clamam ao SENHOR na sua angústia; e ele os livra das suas dificuldades.
(V.29)...Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas.
(V.30)...Então se alegram, porque se aquietaram; assim os leva ao seu porto desejado.
(V.31)...Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens.
Que o Senhor Jesus te abençoe a cada dia e te proporcione total segurança e felicidade, pois longe de Seus caminhos a vida se torna completamente sem perspectivas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

NOSSAS MULETAS PRECISAM SER TIRADAS

“No dia seguinte um espírito maligno da parte de Deus se apoderou de Saul. Ele começou a profetizar em casa (que teve uma crise de raiva em casa – RA), enquanto Davi tocava a harpa como nos outros dias. Saul trazia na mão uma lança, e a atirou, dizendo para si mesmo: Encravarei a Davi na parede.” (1 Samuel 18:10,11)

Observem o que aconteceu com Saul, que era o rei de Israel. Um espírito maligno da parte de Deus, ou seja, sob a ordem de Deus, com a autorização de Deus (lembre-se de Jó), se apoderou de Saul e começou a profetizar pela casa.

Vejam como nada escapa do controle de Deus, até nos dias de hoje, vemos os videntes trazendo profecias que se cumprem, espantando até os crentes que não sabem como explicar. É o Senhor Deus soberano que libera a ação do diabo, nas vidas de pessoas que trazem as previsões para a condenação para si e para muitos, ou até mesmo, a salvação para alguns que com temor, buscam a Deus.

Neste caso de Saul, era a condenação dele próprio e o livramento de Davi daquele atentado contra a sua vida. Mas outro fato interessante sobre Saul, nos versos 7 a 9 que quero ressaltar, está na expressão do verso 8:
“Então Saul se indignou muito…”. a palavra “indignou”, no original hebraico é “charah”, que quer dizer literalmente “inflamou”. Neste sentido, o texto está dizendo que Saul se queimava por dentro, de tanta raiva, “pois estas palavras lhe desagradaram muito”.

À medida que o medo e a preocupação se intensificaram, Saul se tornou “paranóico”: “Na verdade o que lhe falta, senão o reino?”

Este estado de demência e ira, se intensificou, como vimos nos versos 10 e 11. Aqui temos um Saul, infeliz, possuído de um espírito maligno, mentalmente pessimista, um homem desconfiado, enfurecido e invejoso. Em conseqüência, ele voltou-se contra Davi, o servo mais honrado e digno de confiança do seu acampamento.

Pare um pouco e pense na situação de Davi, na pressão que se avolumava. É provável que poucos ou ninguém tenha ameaçado de morte, ou menos ainda, uma arma tenha sido usada contra você tentando matá-lo.

No entanto, no verso 12, diz que: “Saul temia a Davi…”. não é curioso? Que as mesmas pessoas que nos perseguem, são aquelas que nos temem?

Vs. 14 e 15: “Davi se saía muito bem em todas as suas expedições, porque o Senhor era com ele. Vendo, então, Saul que ele era sempre bem sucedido, tinha receio dele”.

Davi não cometera nenhum erro, ele era um modelo de humildade, confiabilidade e integridade. Agira corretamente, mas no momento tudo estava dando errado. A partir daí, Deus começa a tirar todas as muletas da vida de Davi. Mas que muletas são essas na
vida de Davi? Afinal Davi era um homem segundo o coração de Deus!

Realmente Davi era tudo isso, você ficaria surpreso se soubesse que se escreveu mais a respeito de Davi do que qualquer outro personagem bíblico! Não se pode incluir o Senhor Jesus, primeiro porque Ele não foi um personagem bíblico, porque Ele era e é a própria Bíblia, segundo, exatamente pela primeira razão, Jesus estava descrito desde o primeiro capítulo até o último capítulo nas Escrituras.

Cerca de (900) referências foram dedicados à vida de Davi, enquanto à Elias (96); Abraão (233); José (244); Jacó (353), e à Moisés (792).

Isso é significativo pelo seguinte: da descendência de Davi viria o Senhor Jesus, ele era um tipo de Cristo, pois era a figura do maior de todos os reis, cujo reino sobrepujará todo e qualquer reino que jamais existiu. O reinado de Davi, foi o melhor e mais próspero que se tem conhecimento na história.

No entanto, Davi não estava pronto, ele tinha que ser aperfeiçoado no seu caráter e no seu relacionamento com Deus, por isso ele passou pelas provas mais difíceis que qualquer homem poderia pensar.

Em (1 Samuel 19: 9,10), vemos que se repete o mesmo que no capítulo anterior, lido antes, mas agora um fato novo acontece: “… então Davi fugiu, e escapou naquela mesma noite”. Isso se torna um padrão na vida de Davi, um meio de sobrevivência.

O Senhor, então, começa a tratar com Davi, e lhe tira a sua primeira muleta:

UMA BOA POSIÇÃO DIANTE DE TODOS”, ele entrara no exército e provara ser um bom soldado, fiel e heróico. Mas agora, tudo isso desaparece ao sibilar de uma lança. Ele nunca mais servirá no exército do rei Saul.

Segunda muleta: A ESPÔSA DE DAVI. A filha prometida por Saul, para aquele que derrotasse os filisteus, 1 Sm. 18:20,21. Mas a intenção de Saul não era legítima e esperava que Davi fosse morto.

Depois de Davi ter fugido de Saul, voltou para a sua esposa: (1 Sm. 19:11,12). Davi é um fugitivo, tentando se livrar da morte, e Mical tenta enganar seu pai a fim de livrar Davi de ser morto. No vs. 17, vemos como Mical mente para Saul, para deliberadamente afastar-se de Davi. Nunca mais Mical e Davi se entenderam, nunca mais houve harmonia entre eles.

Terceira muleta: Davi perde o APOIO E A SEGURANÇA DO PROFETA SAMUEL. (1 Sm. 19:18; 20:1), aos poucos Davi vai perdendo todos os seus apoios: Sua posição na corte do rei e no exército; Sua esposa; e agora Samuel.

Davi então procura outro apoio: o seu amigo mais chegado, Jonatas, filho de Saul. (1 Sm. 20:1,2). Uma declaração de Davi é impressionante: (1 Sm. 20:3) – ele declara que está a um passo da morte. A morte o perseguia de perto.

Mas numa troca de palavras entre Davi e Jonatas, chegou-se ao momento da verdade: (1 Sm. 20:42) – nessa hora Davi perde a sua quarta muleta: SEU AMIGO JONATAS.

Por fim o golpe final, a quinta muleta: Davi perde SEU AMOR PRÓPRIO.

(1 Sm. 21:10), Davi foge para Gate. Mas o que tem Gate de especial? Gate era a cidade onde nasceu e viveu Golias, o defensor dos Filisteus e o grande inimigo que desprezou a Deus. Ali estava Davi, procurando ajuda do Rei dos Filisteus, com uma conduta de um homem desesperado. (1 Sm. 21:11-13).

Mas Davi também foi expulso do acampamento e não pôde sequer encontrar alívio ali. Quando cada uma das nossas muletas é tirada de nós, a nossa vida começa a balançar. As nossas muletas tem a função de nos afastar de Deus, é um substituto de Deus.

Porque enquanto estivermos nos apoiando em: nossa capacidade, nossa família, em nossas amizades, nosso emprego, nossa igreja, nosso pastor, e não estivermos nos apoiando unicamente em Deus Pai, irá parecer que tudo está bem, no entanto, quando menos esperamos poderemos ter uma triste surpresa: estaremos sós, e sem o apoio de ninguém.

Jamais devemos nos esquecer, que fora Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, tudo o mais: família, amigos, igreja, pastor, eu mesmo, tudo falha. Tudo é passível de erros, de falhas que só o arrependimento e o perdão poderão restaurar.

(Deuteronômio 33:27), diz: “O Deus eterno é a tua habitação, e teu apoio são os braços eternos. Ele expulsa o inimigo de diante de ti, e diz: Destrói-o”.

(Isaías 41:10), também diz: “Não temas, pois Eu sou contigo; não te assombres, pois Eu sou teu Deus. Eu te fortalecerei, e te ajudarei; eu te sustentarei com a destra da minha justiça.”

Finalmente Davi reconhece a sua total dependência do Senhor Deus, e como podemos ver no (capítulo 23 de 1 Samuel), ele passa a buscar à Deus para todas as coisas e esperar nEle o auxílio e o sustento.

Somente um homem experimentado e provado e que realmente conhece o seu Deus, e sobre Ele é capaz de depositar todas as suas expectativas e necessidades, é capaz também de escrever os Salmos mais lindos como por exemplo: (Salmo 23).


CONCLUSÃO

Que possamos compreender finalmente, que tudo o que trazemos de nossos conceitos, de nossa própria experiência, de nossa própria capacidade, de nosso próprio esforço, não passa de trapo de imundícia, e que tudo o que o Senhor quer para nós, é nos restaurar, é uma total novidade de vida.

É vivermos nossa vida aqui neste mundo ao sabor do vento de Deus, conscientes, que tudo o que Ele tem para nos oferecer, é infinitamente melhor do que qualquer coisa que nossa finita mente possa imaginar.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

QUEBRANDO LAÇOS DA ALMA

Laços de Alma são prisões em que nossa alma se estabelece com outras pessoas ou até mesmo objeto, ou ações. São uniões, que na maioria dos casos ocorre fora dos laços da Palavra de Deus.

Uniões são alianças, e alianças são conforme o Dic.: “s. f.

1. Ato ou efeito de aliar(-se).

2. Acordo, pacto (Ajuste, contrato, convenção entre duas ou mais pessoas).

3. União pelo casamento.”

Alianças representam pactos, que são associações mútuas, de perdas ou ganhos entre as partes envolvidas. Tudo o que é de alguém passa a ser de outrem. Tomemos como base (Gn 2:24) onde a palavra diz: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”

Somos como árvores plantadas pelo Senhor na terra crescemos e damos frutos – que são os resultados alcançados nas diversas áreas de nossa vida seja ela profissional, familiar, espiritual e ministerial. Uma árvore doente produz frutos deficientes. Alguns jovens já estão tão machucados!

São como árvores cujas folhas foram arrancadas pelas aves, aves estas (que simbolizam os demônios, que vem para atacar a vida sentimental das pessoas). Para que a pessoa se recupere e consiga de volta a saúde emocional necessária para poder se relacionar de forma santa e verdadeira, é preciso um posicionamento, destruindo assim todas as cadeias e mentiras que foram lançadas por satanás em sua mente no decorrer de sua vida.

Infelizmente satanás usa até as pessoas de quem gostamos ou a quem amamos para nos machucar. Muitas árvores tiveram o seu tronco completamente dilacerado pelas machadadas da rejeição, do abandono e da mágoa. Somente a água viva do Espírito Santo pode curar essas feridas, levando novamente essa árvore a dar bons frutos.

Não precisamos mais viver uma vida presa ao passado, pois o sangue de Jesus já nos lavou, e nEle somos novas criaturas. Ter essa revelação é a chave para a cura e a libertação de uma alma doente. E, uma vez curados, não devemos deixar que temores e medos venham e roubem a bênção de Deus para nossas vidas.

Ao sermos curados, devemos crer que fomos restaurados e que estamos prontos para viver o relacionamento que Deus preparou para nossas vidas. A Bíblia diz, em (I Tessalonicenses 5:23), que somos espírito, possuímos uma alma e habitamos num corpo.

Nosso espírito, ao nascermos de novo em Cristo Jesus, foi recriado; nosso corpo será glorificado futuramente; mas a nossa alma necessita ser transformada a cada dia. Essa verdade o próprio Deus nos ensina no (Salmo 19:7): onde diz: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma...”.

Deus planejou coisas maravilhosas para cada um dos Seus filhos, Ele quer que desfrutemos, cada um de nós, de casamentos cheios de amor, paz e da Sua presença, sem medos e receios. Mas, para que esse casamento dos sonhos de Deus para nós aconteça, é preciso que sejam lançadas fora da nossa vida as amarras de satanás que ligam nossa alma ao passado.

O diabo sempre vai querer nos acusar. Ele busca roubar o melhor de Deus para nós, nos lembrando do passado. E infelizmente nós mesmos deixamos brechas abertas para o inimigo agir em nossas vidas, ao criarmos os laços de alma, qual seja, vínculos fortes existentes entre duas ou mais pessoas, gerados a partir de um relacionamento sexual ou não.

A união entre homem e mulher é um mandamento de Deus. A Palavra de Deus, em (Gênesis 2:24) e (Efésios 5:31) diz a mesma coisa: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Como Igreja, um dia também estaremos nos unindo definitivamente com o Senhor.

Todavia, ao nos envolvermos emocional ou sexualmente com uma pessoa, ficamos presos a esse parceiro. Muitas pessoas, mesmo muito tempo após o término de um relacionamento, não conseguem esquecer o outro, e alimentam durante muito tempo uma relação que já não mais existe, mas que ficou marcada em sua alma.

Há casos de pessoas que, até mesmo após se casarem, continuam sendo atacadas na mente com pensamentos demoníacos sobre os relacionamentos passados com ex-namorados ou pessoas com quem tiveram algum envolvimento sexual. Esses pensamentos freqüentemente aparecem ligados a sentimentos saudosistas.

Em alguns momentos, esses ataques são tão agressivos, que geram crises no casamento, muitas vezes podendo levar até à separação do casal; o que obviamente não é a vontade de Deus. Cada vez que nos envolvemos com alguém, entregando o nosso coração ou o nosso corpo, ficamos presos àquela pessoa, deixando pedacinhos da nossa alma com ela e levando pedacinhos dela conosco.

Usando um exemplo que já foi dado em outras ocasiões, o casal pode ser comparado a duas folhas de papel coladas uma na outra. Ao puxarmos essas folhas, tentando despregá-las, elas sairão rasgadas, faltando pedaços. Ao nos relacionarmos sexualmente com alguém, abrimos nessa relação um grande canal para a transferência de demônios. Muitos vivem em seus casamentos uma vida de opressão e não sabem a causa, que quase sempre tem início em uma relação sexual fora do propósito de Deus.

Outra conseqüência terrível desses laços na alma das pessoas é a frigidez sexual no casamento. O mesmo demônio que atuava na hora da fornicação atuará posteriormente no casamento, mas desta vez retirando a atração e o prazer do cônjuge para com o seu parceiro.

Alguns sentem completo pavor da relação sexual com o cônjuge, devido a experiências terríveis vividas anteriormente, na fornicação. No livro de (Nm 33:51-53) a palavra diz:

“Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: ‘Quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã, lançareis fora todos os habitantes da terra de diante de vós, e destruireis todas as suas pedras em que há figuras; também destruireis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos; e tomareis a terra em possessão, e nela habitareis; porquanto a vós vos tenho dado esta terra para a possuirdes.’”

Hoje em dia, um grande número de pessoas tem sido alcançado pelo Evangelho do amor de Deus. Percebemos que muitos têm sido tirados do Egito, mas ainda assim vivem uma vida de deserto emocional, não chegaram a provar da Canaã emocional porque permanecem presos aos laços de alma do passado.

Para entrar na “Terra Prometida”, é preciso expulsar os antigos moradores do nosso coração. Essa foi uma ordem dada pelo próprio Deus aos israelitas quando foram tomar posse da terra de Canaã . Não há como misturar coisas novas em um espaço cheio de coisas velhas. Sua nova vida em Cristo requer um coração limpo, purificado.

Os “antigos moradores” têm que sair, bem como quaisquer objetos (cartas, presentes, fotos e outros) que estão ligados a eles. Tem que ser algo realmente radical! Não devemos perder o nosso tempo alimentando uma idéia romântica (mas errônea): “Estou orando para que a pessoa tal se converta... e então nós nos casaremos”.

Esse tipo de atitude, por mais linda que pareça, acaba sendo um laço do inimigo que nos levará ao pecado novamente. A Bíblia menciona no texto referente ídolos de metal e pedra. Estes ídolos apontam para algo fortificado, arraigado, que está na terra há muito tempo. E muitas vezes o jovem se converte, tem a vida transformada, mas traz ainda em seu coração pessoas que se tornaram objeto de idolatria: preferem estar com esses ídolos em seu coração do que agradar a Deus.

É imprescindível ter atenção para o que diz o (versículo 55 de Números 33), quando Deus alerta o povo sobre as conseqüências de não expulsarem os antigos moradores de Canaã: “Porém, se não desapossardes de diante de vós os moradores da terra, então, os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinhos nos vossos olhos e como aguilhões nas vossas ilhargas e vos perturbarão na terra em que habitardes.”

Por causa da negligência em terminar radicalmente os relacionamentos passados, e as fantasias e sonhos errôneos que os cercam, muitos não conseguem viver um casamento bem- sucedido e são constantemente atacados pelo passado. Estão casados, mas comparam os seus cônjuges com antigos parceiros e vivem com a alma aprisionada, com receio de serem traídos ou trocados.

Em (Mateus 18:23-35), temos a história do credor incompassivo - que pode ser chamada de “parábola do perdão”. Um senhor perdoa a dívida de seu servo, e este, saindo pela rua, encontra um conservo seu que lhe devia, e se exalta contra ele, não o perdoando. O fato chega ao conhecimento do seu senhor, que se indigna contra aquele a quem tinha perdoado, lançando-o aos algozes até que fosse paga a dívida.

A falta de perdão é uma das mais fortes cadeias que podem prender um homem ou uma mulher, impedindo-os de receber o melhor de Deus. Assim como não conseguíamos pagar a nossa dívida com Deus - e foi necessário que Jesus a pagasse por nós, também devemos tomar a decisão inquestionável de perdoar, sem esperar nada em troca, todos aqueles que um dia nos feriram, quebrando completamente as cadeias de alma criadas e fechando as brechas que o inimigo tem achado abertas para atuar em nossas vidas.

Somente assim entraremos e possuiremos a Canaã emocional que Deus tem para cada um de nós. Há uma parte prática querido que pode ser feita por você agora mesmo: ore e peça a Deus para lhe lembrar das pessoas que se tornaram laços de alma para você; principalmente as que o machucaram emocionalmente, que feriram a sua alma, independentemente de envolvimento sexual; ou mesmo ainda que tenha havido um envolvimento.

CONCLUSÃO

Por fim, ore reafirmando e refazendo sua aliança com Deus e seu propósito de viver o plano de Deus para sua vida emocional. Se houver qualquer dificuldade ou impedimento em tomar essa atitude, procure uma pessoa com maturidade em Deus na sua igreja, para ajudá-lo nessa tarefa. Não desista! Deus tem o melhor pra sua vida! Ele sonhou com um relacionamento emocional maravilhoso para você!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MEDO ESCONDE - AMOR REVELA

Existia um esforço constante de Jesus, em conduzir primeiro os discípulos e depois o povo a uma experiência interna e não externa. Por isso, Jesus alerta os discípulos dizendo: “Cuidado com o fermento dos fariseus”.

No Evangelho de (Lucas 11,37), podemos compreender melhor o porquê desta exortação tão dura de Jesus para com os discípulos, porque na Palavra de Deus não tem só palavras bonitas, mas também passagens duras que nos exortam. Toda religiosidade dos Judeus estava baseada em ritos externos e por isso aquele fariseu ficou admirado porque Jesus não lavou as mãos.
Não é que Jesus era mal educado, mas o assunto era mais profundo. É nesse contexto que Jesus vai anunciar a hipocrisia dos fariseus. Onde nós usamos o fermento? É no interior da massa que vai o fermento.

A hipocrisia para os gregos tinha o mesmo significado de um ator, e o artista era chamado de hipócrita, porque em uma encenação ele usava varias máscaras. E Jesus estava dizendo que os fariseus estavam se escondendo atrás das máscaras. O esforço de Jesus era conduzi-los para uma experiência interior.


Ele estava convidando os discípulos a fazerem uma experiência de dentro para fora, isso chama-se cura interior. É deixar que o fermento de Deus me faça crescer, porque o que nos faz crescer é o que está dentro. O Senhor quer conduzir os discípulos a uma experiência de cura interior, e este é o caminho: Tirar as máscaras, porque não só os gregos, mas também nós as colocamos. Este caminho de cura é exatamente de revelar quem está por detrás da máscara.

Qual é a função de uma máscara? É esconder quem fica por trás. Sabia que muitos palhaços só têm coragem de ser palhaços porque usam uma máscara? E muitos de nós, nos comportamos como verdadeiros palhaços no trabalho, em casa e nos nossos relacionamentos. Sabe quem foi a primeira pessoa que tentou se esconder atrás de uma máscara? Foi Adão e Eva. (Gênesis 3).
Adão e Eva com medo de Deus se esconderam atrás de uma árvore, e o próprio Senhor os conduz a um caminho de cura para mostrar a eles o que tinham feito. E aqui tem um segredo de cura. O processo deles se esconderem teve uma causa e não foi o pecado, pois mesmo eles pecando Deus vai ao encontro deles. O que eles tiveram foi medo, e por isso com medo se esconderam.

A raiz de todas as máscaras que usamos, muitas vezes, é o medo de ficarmos sozinhos, medo da solidão, morte, medo de que as pessoas não nos respeitem... Se você me disser o seu medo eu lhe direi que máscara você usa. Por isso o Senhor nos pergunta hoje, qual é o medo do nosso coração?

Cura interior é o processo de ir revelando os nossos medos, porque não há nada oculto que não venha a ser revelado. Este é o processo que eu e você devemos passar. Qual é o medo que você tem? São traumas que você traz na sua história que te fizeram criar máscaras? E como é que estes medos são revelados? Pelo fermento que todo cristão tem dentro de si que é o Espírito Santo que cada um recebeu.
Este é o selo que fala a primeira leitura, o fermento da vida de todo cristão. É preciso deixar que este fermento se misture com a nossa história e rompa com a dobradinha do medo e das máscaras que fomos criando para nós. Se não sabemos identificar o medo, não saberemos como começar o caminho de cura interior, que não é uma mágica, ou que eu fico na passiva e as pessoas vem e realizam o trabalho por mim.
O processo é ter coragem de entrar na canoa onde eu remo de um lado, e o outro remo é do Espírito Santo. É preciso força, a minha vontade, porque no outro remo está a graça de Deus.

Cura interior é um processo que só aceita quem é humilde e entende que é preciso tempo e espera, não é automático. Em cada situação é preciso ir remando um pouco mais, porque a cura interior não acontece na força do medo, mas na força do amor. Se o medo ensina esconder, o amor ensina revelar.
E da mesma maneira como o fermento age na massa do interior para o exterior, Deus atua em nossa vida, renovando o coração de dentro para fora.

Que o Senhor Jesus nos cure através da força do seu amor, tirando todas as máscaras do medo que existam em nós.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ACAUTELAI-VOS DO FERMENTO DA MANIPULAÇÃO

"Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens," Apóstolo Paulo - (Col. 02.08).

"Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores." Jesus Cristo – (Mat. 07.15).

O termo "manipular" sugere a ação de manusear alguma coisa ou algum objeto.
Manipular gente é tratar pessoas como "coisas" ou "objetos", com o propósito de dominá-las e explorá-las.


Manipular pessoas é o ato de levar alguém a tomar decisões sem deixar transparecer que essa decisão irá beneficiar a outrem.

Manipular é induzir, é iludir as pessoas para levar vantagem e obter lucro. É enganar. É ludibriar para tirar proveito da "boa-fé", da inocência da ingenuidade do outro. Manipular é dominar. Desde que os homens descobriram que o domínio sobre o seu semelhante é fonte de poder e de prestígio, muitos deles sempre buscaram, por qualquer via, colocar-se sobre os seus semelhantes.

A força sempre foi o principal instrumento de domínio. No entanto, o progresso da civilização contribuiu para que surgissem outros instrumentos. A política desenvolveu a popularidade como instrumento de poder. Quem é popular ou exerce liderança, quem possui títulos, quem é inteligente, ou quem está em evidência, normalmente tem poder e domina. O capitalismo contribuiu para que surgisse o domínio através do poder financeiro. Quem tem dinheiro também tem poder, e domina.

O manipulador busca o domínio sobre outros homens, basicamente, para possibilitar a realização desses dois intentos egocêntricos e individualistas, o "ser" e o "ter". Manipula-se o outro, basicamente, para "ser", ou para "ter".

A busca desenfreada por fama, honras, títulos, reconhecimento público e notoriedade é produzida pelo encantamento do querer "ser". Ser reconhecido, ser popular e famoso é sinal de domínio, prestígio e sucesso. Reconhecimento popular é poder.

A escada hierárquica das instituições religiosas favorece a esse encantamento. No entanto, a Bíblia deixa bem claro que, nem sempre, reconhecimento popular é sinônimo de aprovação divina. As páginas bíblicas revelam que sucesso neste mundo não está associado à aprovação do Senhor. Ao contrário, em muitas ocasiões da história, vimos ministérios aprovados por Deus, mas sem qualquer reconhecimento público.

Se pensarmos em ministério de sucesso segundo a ótica do mundo, popularidade e fama seríamos obrigados a considerar o ministério de Cristo um completo fracasso.
O outro intento humano que tem provocado manipulações vergonhosas nos púlpitos evangélicos é a busca insensata por riquezas. É o encantamento pelo "ter".

É um sentimento acirrado pelo sistema capitalista e pelo consumismo exagerado que tomou conta da nossa sociedade. Nesse ambiente, a pessoa vale pelo que possui, pelo que tem, pelo que ostenta e pelo que aparenta. Ser rico é sinônimo de sucesso. Igreja de sucesso é igreja rica. Homem de Deus é aquele que desfila em carro de luxo e com roupas de griffe. Daí o surgimento de barbarismos doutrinários e teológicos como a apologia desenfreada à prosperidade.

A ganância pelo "ter" posses e bens neste mundo, cada vez mais leva líderes cristãos a formas grotescas de manipulação para induzir os crentes a contribuir para a igreja-instituição. Isto produz o descrédito do que se prega nessas igrejas.
Para manipular é preciso modificar a realidade, falsificar conceitos, "maquiar" mentiras e esconder verdades.

O manipulador, normalmente, não mente, mas desvia a verdade para o lado que lhe interessa. Ele não fala à nossa inteligência, e nem nos deixa utilizar a nossa capacidade de raciocínio. Pelo contrário, ele não respeita a nossa liberdade de decidir e nos arrasta, sorrateiramente, para pontos estratégicos, levando-nos a crer na sua "verdade", levando-nos a sentir emoções que nos desnorteiam e a tomar decisões que favorecem aos seus propósitos.

O manipulador religioso utiliza a Bíblia. Mas, normalmente, ele torce o sentido de trechos bíblicos para o sentido que lhe convém. Outras vezes, supervaloriza os versículos que dão suporte aos seus intentos e "fecha os olhos" para outros.

A maior arma do manipulador religioso é o discurso emotivo, que produz desequilíbrio emocional nos ouvintes. Esse tipo discurso, incisivo, apelativo, raivoso, mexe com as emoções das pessoas, aflora sentimentos de culpa, de piedade, de medo, de vergonha. O terror psicológico faz exacerbar emoções e sentimentos que impedem o raciocínio lógico e destroem as barreiras que o intelecto, em condições normais, colocaria para se opor ao discurso.

O manipulador que utiliza o apelo emotivo primeiramente "afaga" as tendências naturais das pessoas, apresenta-se com as mesmas idéias, as mesmas tendências ideológicas, elogia os ouvintes, se "sensibiliza", chora, esbraveja, ri. Desperta sentimentos e emoções com o objetivo cativar.

Sentindo que o manipulador pensa como a si, sente emoções como a si, o ouvinte acredita ter encontrado um amigo digno de total confiança, e se abre a tudo o que ele prega. Outras formas para se bloquear o senso crítico é falar de forma rápida e eloqüente, citar chavões e criar comparações. Falando rapidamente, o manipulador não dá tempo suficiente para o ouvinte processar a informação, ponderar, raciocinar e buscar as idéias controversas do discurso. Assim, o ouvinte acaba aceitando meias verdades como verdade.

Os chavões dão a impressão de verdades inquestionáveis. São frases soltas e infundadas, slogans, popularmente tidos como "verdades". O bombardeio diário de sentenças pré-fabricadas produzem um efeito psicológico que levam as pessoas a interromperem o raciocínio lógico e a aceitarem como "verdades" incontestáveis, aquilo que se diz por chavões.

Uma mentira, ou uma meia verdade, repetida por milhares de pessoas, ou por um poderoso meio de comunicação, ou sobre tribunas eclesiásticas, transformam-se, com o passar dos anos, em dogmas incontestáveis. É o que se chama de "lavagem cerebral". As defesas psíquicas vão, pouco a pouco, sendo minadas, e, muitas mentiras, sorrateiramente empanadas nos chavões, são aceitas como verdades indiscutíveis.

As comparações levam as pessoas a acreditarem que se determinado fato, ou situação é assim deste lado, seguramente será do mesmo jeito do outro lado. Um dia ouvi um "pastor" comparar os crentes com cavalos. Para ele, aqueles crentes que não aceitam os rudimentos da instituição são como cavalos bravos e saltadores, que não aceitam ser montados. E basta "apertar os arreios" que ele sai escoiceando e saltando.

Depois de várias analogias irônicas e sarcásticas, o "pastor" levou quase todos os ouvintes a aceitarem a idéia de que eles deveriam se deixar colocar as rédeas, os arreios, se deixar serem montados e serem conduzidos sem resistência pelos líderes da igreja. Quase todos aceitam esse tipo de comparação passivamente. Poucos raciocinam sobre as diferenças: homens são racionais, inteligentes, pensam, são iguais, livres. Por outro lado, não se vê um cavalo cavalgar outro. Poucos percebem a intenção manipuladora de se "encabrestar" e "amansar o potro xucro".

As idéias manipulativas são construídas sobre argumentos falsos, mentirosos, tendenciosos e interesseiros, e principalmente, apelam aos sentimentos, medos, fobias e fraquezas dos ouvintes. O pior é que poucas pessoas percebem que estão diante de idéias manipulativas, ou que estão sendo induzidas a fazer aquilo que o manipulador quer.

Observe a tentativa de manipulação que o diabo tentou fazer com Jesus. Ele utilizou trechos da Palavra de Deus. O uso da Bíblia dá uma sensação de segurança ao ouvinte. No entanto, o diabo usou o texto bíblico desfocado do seu sentido verdadeiro e usou-o num contexto em que se contrariava o propósito divino.

Os manipuladores religiosos também utilizam a Palavra de Deus, mas lhe dão o sentido que lhes favorece. E poucos crentes percebem a astúcia. O cristianismo sempre foi, e ainda é, um terreno fertilíssimo para o desenvolvimento de manipuladores. Sempre surgiu entre os cristãos, homens e instituições que, ao invés de liderarem mostrando exemplos de amor ao próximo, desprendimento material e abnegação; procuram demonstrar autoridade fundamentando-se na coação, na astúcia, na ameaça, e mais recentemente, na capacidade de induzir e seduzir as massas.

A manipulação é o primeiro passo para a dominação. Dominação conduz ao autoritarismo e à exploração moral e financeira. Não é por acaso que a liderança autoritária sempre foi a maneira de governar mais facilmente encontrada pelos líderes cristãos.

A manipulação religiosa que mais comumente se observa entre os crentes se dá de quatro formas: por intimidação, por sedução, por provocação e por tentação.

1º Manipulação por intimidação: Intimidar é obrigar, é ameaçar através de promessas de castigo ou retaliação. É um procedimento antigo das religiões distorcidas da doutrina cristã.
Enquanto a mensagem de Cristo é "servir por servir, e não para ser servido", os líderes autoritários querem ser servidos e idolatrados. E, utilizando de uma pseudo-supremacia sobre os demais crentes, intimidam para alcançar a aquiescência desses.

A intimidação pode ser direta ou indireta.

A intimidação direta é aquela ameaça explícita: "Se você não fizer do jeito que eu estou mandando..."

A intimidação indireta é aquela que não é dita clara e explicitamente, mas é percebida nas entrelinhas dos discursos. É uma ameaça velada, mas que pode ser percebida nos castigos e nas retaliações que se dá a alguns para servir de exemplo aos outros. É como se indiretamente avisassem: "Se fizer como ele..."

As ameaças de exclusão também são intimidações. Os discursos realçando os terrores do inferno, o poder destruidor do diabo, as maldições, o peso da mão de Deus, também carregam fortes doses de intimidação psicológica.

2º Manipulação por sedução: Ocorre com muita freqüência nas igrejas quando querem tirar algum proveito financeiro, oferta, apoio, ou coisa assim, dos crentes. Bajulam os ouvintes com frases do tipo: "Este povo é especial...", "o povo de Deus é isto ou aquilo...", "você é um crente assim ou assado...", "esta igreja mora em meu coração...", para depois apresentar os requerimentos.

É a mesma estratégia do fofoqueiro que enche você de elogios antes de começar a "puxar a sua língua".
Toda a bajulação é uma forma de sedução com a finalidade de se obter alguma vantagem.

3º Manipulação por provocação: É o tipo de manipulação que o diabo usou para tentar enganar Jesus: "Se você é Filho de Deus, ordene que estas pedras se transformem em pão".

Muitos pregadores vivem fazendo os mesmos desafios aos crentes, e nós caímos direitinho: "Se você é crente em Jesus dá Glória a Deus...., se você é fiel levanta a mão, vem aqui na frente ... se você é crente fiel traga uma nota de cinqüenta... etc."

Outra faceta deste tipo de manipulação é dizer às pessoas que a igreja está promovendo uma grande campanha e precisa de homens valorosos, pessoas de fé, crentes verdadeiros para fazerem votos especiais de doação, etc. É o mesmo recurso que o diabo utilizou.

4º Manipulação por tentação: O diabo usou também deste tipo de manipulação ao abordar Jesus: "Te darei os reinos deste mundo e toda a sua glória, se..."

Este é o tipo de manipulação mais utilizado por aqueles que querem tirar por ganância lucro dos fiéis . Normalmente se diz: "Se você der cem reais para a obra, Deus vai abrir a porta de um emprego...,""Se você contribuir com tanto, Deus vai fazer isto pra você...."

Leia a Bíblia e observe qual foi a reação de Jesus quando foi tentado desta forma. Aparentemente é uma verdade: você contribui e Deus te retribui. Só que não podemos esperar galardão neste mundo. Jesus rejeitou a glória deste mundo. E mais, para Deus te abençoar, a contrapartida é muito pequena, basta você crer e dizer sim ao Senhor. Se você não receber desta forma, não existe outra.

Este tipo de manipulação, aliada à sedução, também ocorre com relação aos títulos eclesiásticos. Normalmente seduz-se os cristãos supervalorizando os títulos eclesiásticos, proclamando que é preciso "subir no ministério".

Para finalizar, convém-nos traçar algumas linhas que diferenciam a pregação genuína da palavra de Deus de uma manipulação interesseira.

Simples: a manipulação é aquele tipo de discurso em que a pessoa busca satisfazer seus próprios interesses. A verdadeira pregação, ao contrário, não objetiva glórias ou recompensa para o pregador. É um discurso que procura o bem-estar, a cura, o conforto, a bem-aventurança espiritual do ouvinte. A pregação genuína busca a salvação do outro sem pedir nada em troca.
O único a sair ganhando será aquele que crer. A verdadeira pregação não exige nada em troca, antes dá liberalmente, busca o bem do próximo, a salvação do próximo, a libertação e a vida eterna para aqueles que estão perdidos.

Na manipulação, o maior ganho é sempre do manipulador, que visa à fama, à popularidade, à glória humana e às riquezas deste mundo. No discurso manipulativo há uma falsa troca, você dá não a Deus, mas ao manipulador, para Deus te dar. Ou seja, o manipulador recebe "à vista", e você receberá, dependendo do "crédito" que tiver com Deus.

CONCLUSÃO

Espelhemo-nos no comportamento do apóstolo Paulo:

"Pois, nunca usamos de palavras lisonjeiras, como sabeis, nem agimos com intuitos gananciosos. Deus é testemunha, nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros."(I Tess. 02. 05 e 06).
Esse texto é fragmento, capitulo do livro 'O Fermento dos fariseus'
autor:José Peres Junior

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ESFERAS INVISÍVEIS DA NOSSA MENTE

Mesmo conhecendo a Palavra de Deus e as suas promessas, alguns cristãos dos nossos dias vivem uma vida de passividade e derrota. Muitos andam apenas à sombra da realização de outras pessoas, de outros ministérios e não assumem a posição que Jesus Cristo já lhes deu no Seu corpo, que é a Igreja.

Em decorrência disso, ficam apenas olhando o tempo passar, as esperanças escapando das suas mãos, a vida perdendo o sentido e a acomodação chegando. Ao contrário, o que se observa é que todas as pessoas vitoriosas foram aquelas que não desistiram facilmente.

A postura dessas pessoas nunca foi a de cruzar os braços, ficar mal-humoradas e nem a de olhar as coisas com ar de incredulidade. Elas compreenderam que o caminho para a vitória é PENSAR CLARAMENTE. Mas, afinal o que é isso?

Pensar claramente é ganhar a batalha da mente e manter cativos seus pensamentos corretos.
Toda a confrontação que determina a nossa vitória ou derrota começa na nossa mente.

Vejamos algumas expressões de derrota:

" Para que tentar de novo? "
" É melhor a gente desistir! "
" Não vai dar certo! "
" Isso não vai funcionar! "
" Ninguém conseguiu fazer isso antes ..."

Na verdade, nós nos tornamos aquilo que pensamos: as ações que vão saindo de dentro de nós são exatamente o resultado dos pensamentos que vão entrando.

" Porque como imaginou na sua alma, assim é ... " (Pv 23,7).

A mente é, sem dúvida, o alvo maior do ataque de satanás nestes dias. É o ponto central do seu ataque e de todas as suas estratégias.

" Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo". (Efésios 6,11).
A palavra "cilada" no grego corresponde a palavra "METHODIA", de onde vem a nossa palavra portuguesa "MÉTODO". Isso significa que satanás é dono de uma estratégia total, bem ordenada, eficaz, comprovada ao longo do tempo e que funciona como por encanto.

"Pois não temos que lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestiais" (Efésios 6,12).

Observe que a luta de que nos fala o apóstolo Paulo não é uma luta visível, mas MENTAL.
"E a quem perdoardes alguma coisa, também eu. E o que eu perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo, para que não sejamos vencidos por satanás, pois não ignoramos os seus ARDIS" (II Corintios 2,10-11).

A palavra "ardis" no grego é derivada de uma palavra cuja raiz significa: MENTE. Assim, parafraseando as palavras do apóstolo Paulo acima, podemos dizer o seguinte:

"Nosso desejo é que o inimigo não nos agarre, mediante a confusão dos nossos pensamentos, porque estamos bem conscientes de sua estratégia dirigida às nossas mentes".

"Mas se o nosso evangelho ainda está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (II Coríntios 4, 3-4).

Aqui vemos mais uma vez a clara operação do ataque de satanás na mente do homem, cegando o seu entendimento. Só o poder de Jesus Cristo pode nos trazer luz e nos libertar dos jogos mentais que satanás monta para nos impedir de sermos vitoriosos.

"Pois Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, é quem brilhou nos nossos corações, para a iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo" (II Coríntios 4, 6).

Apesar de termos sido transportados das trevas para a luz, não pense que o inimigo vai desistir de lutar pelo território que ele ocupou tanto tempo. Essa luta pode, até mesmo, continuar por muito tempo. Vamos compreender melhor isto meditando o texto bíblico abaixo:

"Pois embora andando na carne, não militamos segundo a carne. As armas da nossa guerra não são carnais, mas sim poderosas em Deus para a destruição das FORTALEZAS. Derrubamos todo o raciocínio e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo o PENSAMENTO à obediência de Cristo" (II Coríntios 10, 4-5).

Novamente o apóstolo Paulo nos esclarece que essa luta não é carnal: É uma guerra que acontece nas esferas invisíveis da nossa mente, com o objetivo de nos levar, ou até mesmo nos manter, em posição de derrota. Antigamente as cidades eram edificadas dentro de muralhas grossas e maciças para proteção contra os inimigos que vinham de longe.

A única forma do inimigo conquistar uma cidade era destruindo as suas fortalezas. Construíam-se algumas torres, em alguns pontos estratégicos dentro das muralhas, aonde ficavam, nos tempos de guerras, homens experientes e muito bem treinados na batalha. Por estarem numa posição elevada no alto dessas torres, eles podiam avistar melhor o inimigo que se aproximava e gritar as ordens e as estratégias que deveriam ser adotadas para vencer a ameaça.

Para tomar a cidade o inimigo teria que vencer 3 etapas básicas:

1. ESCALAR AS MURALHAS OU PENETRÁ-LAS.
2. INVADIR AS TORRES DE VIGIA.
3. PRENDER OU MATAR OS LÍDERES MILITARES.

Uma vez que isso tivesse sido conseguido, a conquista da população não seria uma coisa muito complicada. Esta era a estratégia de batalha no primeiro século.

Aproveite, agora, a ilustração de II Coríntios 10, 4-5, não vendo como um ataque a uma cidade, mas a nossa MENTE:

NOSSA MENTE, QUE ANTES FORA TERRITÓRIO OCUPADO PELO INIMIGO, DEPOIS QUE FOI ILUMINADA PELA LUZ DO EVANGELHO, DEIXOU DE SER CEGA. FOI ALGO SOBRENATURAL QUE DEUS FEZ POR NÓS. MAS, APESAR DO NOSSO INIMIGO ESTAR DERROTADO, ELE CONTINUA A EXERCER PRESSÃO COM O FIM DE TENTAR RECUPERAR "O DOMÍNIO" QUE ELE EXERCIA SOBRE NÓS, TENTANDO TRAZER DE VOLTA OS ANTIGOS HÁBITOS OU CONDUTAS DO NOSSO PASSADO. POR ESSA RAZÃO, QUANTO MAIS UM CRISTÃO AMADURECE, MAIS BATALHAS ELE VAI TRAVAR NO CAMPO DA MENTE.

Fortalezas e raciocínios (ou sofismas) representam os padrões de pensamentos e hábitos tradicionais que foram sendo incutidos em nós durante muitos e muitos anos.
O Senhor, porém, possui uma arma divina muito poderosa que é a Sua Palavra: ele invade as nossas fortalezas com a ajuda do Espírito Santo. Mas, tão logo as muralhas dos raciocínios (ou dos sofismas) são vencidas, encontramos a torre da ALTIVEZ.

Leiamos de novo o versículo 5a:

"Derrubamos raciocínios e toda a ALTIVEZ que se levante contra o conhecimento de Deus ... " (II Coríntios 10, 5a).

Altivez são os bloqueios mentais que levantamos contra os pontos de vista espirituais. Todas as vezes que estamos sendo fortemente pressionados, quando estamos sob ataque, passando por uma provação, perseguidos, caluniados, criticados ou prejudicados, a nossa tendência é tentar regredir aos hábitos carnais.
Nessa hora nós confiamos mais naqueles pensamentos que nos foram transmitidos pelos nossos pais, amigos ou colegas. E isso é ALTIVEZ. Veja algumas expressões como exemplo:

"Isso não é bem assim!""Precisamos ser mais práticos!""Essa não é a minha área!" "Isso não tem lógica!"

Deus quer que arrebentemos todas essas cadeias e nos livremos delas, porque nossa "altivez" cavou uma trincheira e precisa sair daí."É difícil quebrarmos velhos hábitos", mas precisamos parar de nos convencer de que: "não podemos fazer aquilo"... ... "não devemos nos arriscar"... ... "se insistirmos nisso vamos fracassar", etc...

ESSA SITUAÇÃO PRECISA MUDAR. A ALTIVEZ TEM QUE SER VENCIDA!!!
QUAL SERÁ O OBJETIVO FINAL DE DEUS COM TUDO ISSO ??? A resposta está na segunda parte do versículo 5:

"... e levamos cativo todo o pensamento à obediência de Cristo" (II Coríntios 10,5b).

O OBJETIVO FINAL DE DEUS É TRANSFORMAR OS NOSSOS VELHOS PENSAMENTOS, QUE NOS LEVAM A DERROTA, EM NOVOS PENSAMENTOS QUE VÃO NOS ENCORAJAR. ELE QUER COLOCAR UM NOVO PADRÃO NA NOSSA MANEIRA DE PENSAR, TIRANDO OS VELHOS HÁBITOS QUE SÃO DUROS DE SEREM QUEBRADOS.

VOCÊ PODE ENTENDER AGORA POR QUE AQUELAS REAÇÕES, QUE VOCÊ ALIMENTOU DURANTE ANOS, AINDA CONSTITUEM ÁREAS PROBLEMÁTICAS NA SUA VIDA???

ACREDITAMOS QUE AGORA FICOU MAIS FÁCIL DE ENTENDER A SUA LUTA CONTRA A INVEJA, O ORGULHO, O CIÚME, O PERFECCIONISMO, O ESPÍRITO NEGATIVO E CRÍTICO E ETC...LEMBRE-SE: "LEVE TODO O PENSAMENTO CATIVO À OBEDIÊNCIA DE CRISTO".
Não é difícil enunciar a pergunta essencial: COMO ??? Como posso eu, pessoa que absorveu tantos anos de pensamentos de derrota, transformar esses velhos pensamentos em novos pensamentos de encorajamento?
Se você estiver realmente empenhado em derrotar esses pensamentos, temos, então, três palavras para oferecer-lhe: memorizar, personalizar e analisar.

1. MEMORIZAR: Para que os antigos pensamentos derrotistas sejam invadidos, derrotados e substituídos por pensamentos novos, vitoriosos, é preciso um processo de reconstrução. A melhor forma para começar este processo é a disciplina de memorizar as Escrituras.

O deslocamento de pensamentos negativos exige ação agressiva. Que tal estabelecer uma estratégia forte de assalto, baseada em várias promessas de vitória ?

"O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do Senhor" (Provérbios 21,31).
"Posso todas as coisas n'Aquele que me fortalece" (Filipenses 4,13).

"Disse-vos estas coisas para que em Mim tenhais paz. No mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo! Eu venci o mundo" (João 16,33).

Tudo o que você tem que fazer é pegar uma Bíblia. Quando você encontrar um enunciado que se relaciona com algum problema que o aflige, ou com alguma necessidade de sua vida, gaste uma parte do seu dia guardando-o na sua mente.

Você se espantará diante da força que isso lhe dará.

2. PERSONALIZAR: Quando você estiver começando o processo de substituir pensamentos velhos, negativos, por pensamento novos, animadores, use os pronomes "EU", "ME", "MEU", "PARA MIM", sempre que você deparar com declarações significativas. Isso se chama personalizar as Escrituras.

Exemplo: "Não andeis ansiosos por coisa alguma; mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.

Quanto ao mais irmãos, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisto pensai." (Filipenses 4, 6-8).

Sugerimos que você personalize esse texto assim:"Não devo andar ansioso por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as minhas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará o meu coração e a minha mente em Cristo Jesus. Finalmente, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o meu pensamento".

Se você apegar-se a este processo, não demorará muito para que a velha "fortaleza" seja escalada, e as coisas altivas invadidas; e seus pensamentos começarão a transformar-se.

3. ANALISAR: Logo que você vir-se reagindo negativa ou defensivamente diante de uma situação, pense, analise a situação. Analise os seus pensamentos. Em seguida, faça a si mesmo as seguintes perguntas: "Por que estou com tanta raiva, e preocupado com isso ?" Ou "Existe alguma coisa de que eu tenha medo ?" Ou, talvez: "Estou reagindo negativamente porque tenho minhas razões, ou trata-se apenas dos maus hábitos que eu formei ?"

Quebrar hábitos mentais de longa duração não é fácil nem rápido, mas vale a pena tentar. Agindo assim você não permitirá que as circunstâncias da vida o empurrem para baixo, mantendo-o subjugado.


Que o Senhor Jesus os abençoe