terça-feira, 31 de agosto de 2010

UMA PRISÃO CHAMADA COBIÇA

Falarei aqui a respeito do décimo mandamento, que trata a respeito da cobiça: “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo”. (Êxodo 20:17).

O que é cobiçar? “É um desejo ávido, veemente, de possuir bens materiais; ambição desmedida de riquezas.” Paulo diz que a avareza é idolatria (Colossenses 3:5). Enquanto o segundo mandamento (que fala da idolatria) nos adverte a não tornar as coisas mais importantes do que Deus, o décimo diz que não devemos torná-las também mais importantes que as pessoas.

O que é mais importante para você? Pessoas ou coisas?

Uma manhã, na hora do “rush”, quando Maria ia de carro para o trabalho, estando muito perto do carro da frente, não conseguiu parar a tempo quando o motorista da frente pisou no freio, e bateu no para-choque.

Os dois carros pararam. Maria saiu, observou os prejuízos e começou a chorar. Ela sabia que a culpa era dela. Acontece que o seu carro era novinho em folha, comprado há apenas dois dias.Como é que ela iria encarar o marido? O outro motorista foi simpático, mas sugeriu que ambos anotassem a placa e o documento um do outro.

Maria então abriu o porta-luvas do carro para pegar o documento. Ao pegá-lo, viu um bilhete anexo, escrito com uma letra conhecida:
“Em caso de acidente, lembre-se, querida, é você que eu amo, não o carro”. Isso é bondade no momento certo, você concorda? Esse é o amor que valoriza pessoas, e não coisas.

Muitas pessoas pensam que o acúmulo de coisas trará a felicidade a elas: um carro novo, roupas novas, móveis novos, computador novo, etc. O problema é que o sistema capitalista sabe muito bem disso e criou uma estratégia de manter-nos “aprisionados” na compulsão pelas compras.

O que era para ser um carro novo já não é mais , eles criam um modelo mais novo no mesmo ano. O computador novo? Esse aí perde o valor bem mais rápido do que a gente imagina! E a chamada “moda”? Faz com que sobrecarreguemos nossos armários com roupas, enquanto milhares de pessoas não têm o que vestir.

Além do mais, hoje as coisas estão praticamente descartáveis, justamente para fazer comprar mais. Resultado: uma prisão chamada cobiça. Nessa era materialista, as pessoas têm vivido dois grandes dilemas: a ansiedade de ter e o tédio de possuir. Elas sonham desesperadamente em ter coisas; mas quando as possuem, pensam: “Puxa que chato.

Já consegui tudo o que queria. Como vou cuidar dessas coisas? Preciso de mais!”
. Percebeu como somos inconstantes nas “coisas materiais”? Não seria bom seguirmos o conselho de Jesus, de buscarmos acumular tesouros no banco dos Céus? (Mat. 6:20), pois “onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. (Mateus 6:21).

A raiz da cobiça encontra-se num coração que busca a satisfação do próprio ego. Esse ego encontra-se sempre vazio, insatisfeito, pois imagina que poderá ser preenchido com coisas. Ele não suporta ver o “sucesso” alheio; quer “ser” e “ter” as coisas do outro. A cobiça, então, procede de um amor excessivo ao eu e não ao próximo. Poderíamos chamar esse amor de “autolatria”, ou “egolatria”.

A Bíblia diz em (Lucas 12:15) “E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.”

“Um velho pregador, num culto de oração, orava da seguinte maneira:
- Senhor, ajuda-nos a confiar-Te nossos corpos.
- “Amém”, responderam todos com o mesmo calor de sempre.
- Senhor, ajuda-nos a confiar-Te nosso casamento.
- “Amém”, responderam mais fervorosamente os irmãos da igreja.
- Senhor, ajuda-nos a confiar-Te nosso dinheiro.
A esta petição, porém, o amém não saiu dos lábios de ninguém.”

Não é estranho ver que, quando a religião toca nos bolsos de algumas pessoas, esfria nelas o entusiasmo e faz emudecer os lábios? Deveríamos ter a mesma postura daquele homem que entrou no tanque batismal com a carteira no bolso. O pastor perguntou-lhe: “O irmão esqueceu de tirar a carteira do bolso?” “Não, pastor”, respondeu o batizando, “estou consagrando meu dinheiro a Deus também.

A cobiça e a ganância precisam ser sepultadas”. Esse homem conhecia o texto de (I Timóteo 6:10), que diz: “Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”

Quando John Rockefeller, um dos homens mais ricos da história, morreu, seu contador foi interrogado: “Quanto John deixou?” A resposta do contador: “Tudo”.

Salomão escreveu: “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará”. (Elesiastes 5:15).
Confundimos a qualidade das pessoas pelos bens que elas possuem. E talvez você seja assim. Mas quem você é não tem nada a ver com as roupas que você usa e o carro que você dirige. Deus não conhece você pelo terno que usa ou pelo vestido de marca. Ele conhece o seu coração.

Costumamos falar sobre a quebra de alguns mandamentos específicos, como o adultério, o assassinato. Mas pouca atenção é destinada a alguns mandamentos que são mais subjetivos, como por exemplo, o décimo.

“O maior pecado que há presentemente na igreja é a cobiça.” “O orgulho, o egoísmo e a cobiça… são pecados especialmente ofensivos a Deus.”

Sabe por que a cobiça é tremendamente ofensiva a Deus? Por que ela teve o seu início misterioso no coração de um anjo que cobiçou a posição de Jesus, o Filho de Deus. Ela teve a capacidade de transformar anjos em demônios.

A cobiça, tal como uma erva daninha, corrompe as entranhas da moral e modifica o caráter puro em um caráter degradado. Deus não suporta esse pecado porque ele não é, a princípio, materializado; mas é produzido nos recônditos do coração, quase imperceptível, onde nenhum ser humano consegue enxergar. Como o orgulho e a inveja, são desenvolvidos “debaixo dos panos” da alma.

Faça uma análise em seu coração, com a ajuda do Espírito Santo, e veja se existe alguma semente de cobiça ali. Talvez você esteja cobiçando posições, status, pessoas, dinheiro, coisas, bens, etc. Não sei… Mas Deus sabe. Por que você não pede para Deus queimar esse mal e destruir esse pecado que é tão ofensivo a Deus?

Encobrindo o pecado

A Bíblia diz em (Provérbios 28:13) “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.”

Esse texto nos faz lembrar a história de um homem que encobriu a sua cobiça. O nome dele era Acã. Ele pertencia à tribo de Judá e participou da vitória de Israel contra Jericó. Foi uma batalha memorável, na qual o nome de Deus foi exaltado. Mas junto com a vitória veio a advertência: “Tão somente guardai-vos das coisas condenadas, para que, tendo-as vós condenado, não as tomeis; e assim torneis maldito o arraial de Israel e o confundais”. (Josué 6:18).

Todos em Israel sabiam que não deveriam colocar a mão nos despojos da guerra. Ouro, prata, utensílios de bronze e ferro deveriam ser consagrados ao Senhor. Mas Acã deu um “jeitinho” de levar algumas riquezas para a sua tenda. Ele mesmo disse: “Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, por baixo.” (Josué 7: 21).

Que escolha trágica! Acã encobriu a transgressão e colheu os resultados disso. Trouxe maldição para todo o Israel, para a sua família e para sua própria vida. Ele e tudo quanto possuía tiveram que ser exterminados, a fim de trazer Israel novamente para uma base sólida de santidade e justiça (Jos. 7:25 e 26).

(Tiago 4:1-2) diz: “Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes…”

Dar ou receber?

O oposto da cobiça é dar. Em vez de olharmos para o próximo e cobiçarmos seus bens ou suas posses, por que não lhe oferecemos essas coisas? Por que não lhe damos o nosso tempo, nossos bens e nossa felicidade? Não é isso o que a Bíblia diz: “Mais bem-aventurado é dar que receber”? (Atos 20:35).

“Viver para si mesmo é perecer. A avareza, o desejo de beneficiar a si próprio, priva a alma da vida. É de Satanás o espírito de ganhar e atrair para si. De Cristo é o espírito de dar e sacrificar-se em benefício dos outros”.

Jesus é o melhor exemplo nesse aspecto. Ele não apenas morreu pela humanidade, mas viveu por ela. Viveu para servir e dar amor ao próximo. Paulo escreveu: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8).

Jesus se esvaziou e assumiu a forma de servo, a ponto de dar a própria vida numa cruz. Não existe maior exemplo de amor e serviço que este! Jesus preferiu morrer a passar a eternidade longe de nós. E se Ele foi capaz de fazer isso, por que não buscamos seguir uma vida de amor a Deus e ao próximo assim como Ele fez?

Ninguém nesse mundo cumpriu a Lei perfeitamente como Jesus. Somente Ele foi capaz de amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como ele merece. Se você quer seguir a honra, você precisa buscar um relacionamento pessoal com a Honra que é Jesus. Faça isso e você encontrará a real felicidade.


p/:Pr. Milton Andrade

terça-feira, 24 de agosto de 2010

APRENDENDO A SER COMO CRIANÇA

"Ninguém no universo machuca mais do que as próprias preocupações beliscando a alma”

Bebês são o maior barato. Com eles, visitamos os extremos da vida: num momento você pira, logo depois morre de rir. Minha filha adrenalizada acaba de guardar os 5 controles remotos no cesto de roupa-suja na lavanderia.
Pior é que ainda descobrimos 3 mamões-papaya na caixa plástica dos brinquedos e 4 havaianas dentro do balde na área de serviço. De onde esta maluquinha tirou a idéia de guardar tudo que é avulso em qualquer recipiente ao seu alcance? (Temo um dia pescar meu I-Phone no vaso sanitário!) E por que são assim? Sei lá! Bebês são o maior barato.

Outra coisa que me encanta e espanta é a absurda maturidade que eles têm para não guardar ressentimentos. Esquecem qualquer coisa com a mesma facilidade com que desviam a atenção pro outro lado. Nesta fase, de 12 a 15 meses, os especialistas em desenvolvimento infantil definem: “se não dá pra ver, não existe!” Isto é, só o que está ao alcance do olhar faz parte da sua vida já que a memória é incrivelmente volátil retendo poucos segundos do que acabou de ocorrer.

Por isso, as crianças nos obrigam reverenciá-los por privilégios assim. Um firme “não pode!” é imediatamente deletado do coração com um simples canudinho entregue nas mãos (minha filha é a maior fissurada por canudos no mundo!).

E nós? Com o cérebro mais desenvolvido, nosso HD de quase 80 tera-anos guarda um montão de coisas que, simplesmente, deveriam “não existir mais” porque “não dão pra ver mais”. Crianças dormem sonos de anjos, e nós nos corroemos com insônias envenenadas de mágoas.

Surgem rugas de preocupação com o futuro e costas corcundas pelo peso das decepções do passado. Como dizem por aí, “as lembranças, hoje em dia, são a única coisa que um cirurgião plástico não consegue remover com bisturi a laser”. Pura verdade! Tem muita gente na escravidão de sua própria senzala mental, e vira-e-mexe são açoitados por momentos de raiva ou

Nesta semana, ouvi algo interessante: na vanguarda de nossos dias, todos acabam entendendo um pouco de computador, e um dos cliques mais comuns para qualquer habitante do ciberworld é apertar “delete” jogando coisas indesejáveis na lixeira. Tudo que não serve vai pra lá: fotos feias, vídeos antigos, arquivos em desuso, textos sem graça , se é mega-inútil vai já pra lixeira!

O problema é que mesmo neste lixão virtual cada byte continua intacto ocupando o disco rígido indefinidamente. Sua área de trabalho se vê livre de ícones e arquivos, mas o computador permanece delegando espaço para trazê-los de volta a qualquer momento – é só “restaurar”, e pronto, tudo utilizável novamente.

Pra se ver livre do conteúdo de uma vez? Só acionando o comando “esvaziar lixeira” e, após confirmar outra vez a intenção, daí sim, HD esterilizado de mega-bobeiras para sempre (junto com uma “trilha musical” ridícula de papel amassando, já ouviu?).

Esvaziar a lixeira. Este é o problema! O supercomputador do nosso cérebro cisma em acumular gigas – e mais gigas-lembranças – intoxicadas de emoções nocivas e ressentimentos torturantes. A rotina do dia-dia, através do tempo, até joga na lixeira do passado, mas enquanto não sepultarmos no esquecimento, de repente, tudo pode voltar à tona delineando um presente infeliz.

Quer viver mais em paz? Esvazie a lixeira! Esqueça! Ou seja, deixe o que passou no passado e liberte-se do ontem cinzento. Não dá pra ter um estilo de vida com qualidade sendo manipulado pelo algoz cadavérico da memória emocional negativa.
Lembre-se da lua-de-mel na Disney, mas pra quê recordar a briga durante uma fila por lá? Não esqueça o elogio do chefe pavimentando a promoção sonhada, porém dá pra apagar a imagem dos olhos-tortos com seus cotovelos doídos? Por que minimizar a amizade de tantos anos maximizando um único momento de nervos aflorados? Deixe disso! Esvazie a lixeira.

Só agora, como pai-coruja, compreendo melhor o que o Mestre avisou de maneira enigmática: “e quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira alguma entrará nele” (Marcos 18:17).

Em seguida, os discípulos emudecidos deixaram uma creche inteira subir no colo dEle. Por que isso? Ora, o Rei queria escancarar de maneira prática o visto no passaporte para o desembarque no Seu Reino: esquecer, e ir adiante! Homens de sucesso adquirem, não facilmente, a habilidade de superar o passado e seguir em frente. Exatamente como minha filha, que acaba de se levantar do enésimo tombo, só hoje, e já está sorrindo distraída com um ímã de geladeira.

Enquanto saio pra correr de manhã, tenho lapidado meu inglês com um audiobook intitulado “The Hands-off Manager”, de Steve Chandler (algo como O Gerente de Mãos Desligadas). Recentemente, o autor me fez parar na pista, afirmando: “os outros não nos fazem mal, mas o que pensamos sobre o que os outros nos fazem, isto sim, é o que nos destrói”.

Enquanto eles seguem seus caminhos, nós ficamos devastados com interpretações tão corrosivas quanto eternas. Na grande maioria das vezes, chafurdamos ressentidos ao mesmo tempo em que agressores alheios tocam suas vidas em berço esplêndido. Eles com sorrisos, e nós com olheiras.

Quanto mais focarmos nas interpretações subjetivas, mais nutriremos uma auto-decepção, e maior força terá o passado sobre nós. É como um refém da areia movediça se esperneando na proporção do afundamento cada vez pior. Não tem super-herói no universo capaz de usar sabiamente seus super-poderes com uma mente auto-destrutiva – e o que dizer de nós, na categoria de pobres mortais?

O maior sábio do Antigo Testamento alertou: “porque como imaginas em tua alma assim és” (Provérbios 23:7). Bebês são o maior barato porque é nossa mente adulta que custa caro. A imaginação negativa acaba materializando assombrações inexistentes e fabricam-se atitudes contra ações que podem nem ter existido. Ou seja, as pessoas não são o problema, é o registro guardado a sete chaves da nossa análise unilateral do fato que atrapalha nossa paz. Não se desgaste à toa. Persistir incinerado por uma ofensa apenas consolidará o prejuízo sobre o único perdedor – você!

Há poucos dias fui um péssimo exemplo – levei uma rasteira de mim mesmo (é sempre patético tropeçar nos próprios pés). Alguém falou pra alguém que ouviu de alguém a observação de alguém sobre a crítica de alguém a meu respeito. TODOS estes “alguéns” não estavam nem aí pra sequer um fio de cabelo da minha costeleta enquanto eu, petrificado pela mágoa, ocupava um assento cativo na primeira fila do teatro de horror da autocomiseração.

E o que tudo isso custou pra mim? Perdi deliciosos momentos com minha esposa, desprezei incalculáveis travessuras com minha filha, agi feito zumbi também assombrando outros e, sem perceber, alistei-me na mesma categoria destes “alguéns” – desconfiando, interpretando e acusando.

Foi quando num salto libertei-me do pesadelo. “Quer saber? Isto não é assassinato, na verdade, é
suicídio emocional!”, pensei resignado. Ninguém no universo machuca mais do que as próprias preocupações beliscando a alma. E o pior? (Ou melhor?) Tempos depois descobri que a fumaceira não tinha fogo, sendo apenas uma neblina que já nos primeiros raios de sol desapareceu covardemente.

“Esquecendo-me das coisas que para traz ficam…” (Filipenses 3:13a) Quem sabe precisemos aprender na volta às fraldas! Caiu? “Olha o carrinho vermelho ali, filho!” Tropeçou? “Toma um Lego aqui, pra se distrair”.

Machucaram você? “Pega um canudinho, princesa!” E, acima de tudo, siga adiante. Sempre. “…Avançando para as que diante de mim estão” (Filipenses 3:13b). Não seja estátua de sal olhando cacos do que ficou para trás vá em frente! Fomos feitos para viver na plenitude da paz de espírito, alma (mente) e corpo. Creio na superação do presente sobre as cicatrizes de um passado sonâmbulo.

E o futuro fica logo ali – carregado de esperança.
Livre.

Que tal? Aja agora mesmo. Escolha o conteúdo. Clique sem duvidar. Delete. Confirme imediatamente. Esqueça pra valer.
E seja mais feliz.

Lixeira esvaziada.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

DISTORÇÕES DO EU

Querido e amado leitor...

O texto a seguir nos foi presenteado como colaboração por um querido irmão em Cristo Marcelo de Carvalho, que é Bacharel em Teologia e Bacharelando do Curso de Psicologia e acima de tudo Servo de Deus. Este estudo têm o intuito de trazer conhecimento, edificação e entendimento único e exclusivo para cura interior, texto esse de profunda reflexão.

Pedimos ao caro leitor que no momento da leitura peça ao Espirito Santo um entendimento claro e preciso desta que consideramos uma abordagem altamente esclarecedora e necessária para uma vida plena com Cristo.

(Ministério Carvalhos de Justiça)


Nos teatros da Grécia antiga e nas religiões tribais e animistas, houve-se falar muito em máscaras. Neste texto iremos parafrasear a enorme semelhança entre mascaras e religião. Para começar queremos enfatizar que o termo máscara, em algumas religiões como dizia o escritor francês Jean Delumeau, que a mascara tinha muito relação como o sentimento de medo.

Veja um trecho do seu livro: “ História do medo no Ocidente “ pág.21 -

“ ... sendo a máscara ao mesmo tempo tradução do medo, defesa contra o medo e meio de espalhar o medo.”

As máscaras eram meios para fugir e se defender de seus medos e inimigos, uma forma de querer ser invisível, de mostrar uma outra face, de se não revelar. Para fazer isso, quer dizer, fugir de seus medos e dos inimigos, era preciso se distorcer, formar uma vertigem subjetiva, para poder ocultar medos e fugir. As mascaras nascem dos temores, da descrença, das frustrações , do desconhecido, das derrotas....

Fazemos-nos de ilusionistas, para poder causar vertigens na reflexão de nossa imagem. Tem coisas em nós que nós odiamos, não gostamos, mas não conseguimos tirar ou extrair, ficamos assim encurralados, espremidos e isso causa em nós uma claustrofobia psicológica. Chega uma hora que ela pesa muito, e ficamos cansados, cansados da existência, de se fingir, somos violados pela depressão, pela falta de identidade, pela angústia de ser, existimos mas, não consistimos, fugimos ....

E você foge disso ou daquilo? Foge de que ? Interessante que ás vezes fugimos do desconhecido, ás vezes nem sabemos de que fugimos.
Temos medo de nós mesmos.

A máscara está pesando? Deus quer te libertar, através da pessoa de Jesus, quer trazer à tona o desconhecido e nos ajudar, como registrados em (Mateus 11:28)“ Vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos, que eu vos aliviarei...”

Cansados de existir e cansados da opressão, da claustrofobia psicológica do medo e das máscaras. O medo espreme.... nos reduz a escravos....

E você acredita que em muitos lugares ou igrejas ( algumas ) existi isso? Pessoas cansadas da religião humana? Onde todos os dias se sentem um lixo de gente? Pois não conseguem mais segurar as mascaras da religião, todos os dias tem que cumprir ordens, dogmas, RI de igreja, estão presos à rotina do culto de domingo, centralizam sua fé nisso, nas rotinas, e não vêem mudança interior, são todos os dias violados, violação de identidade, ou seja violentados, seqüestrados, enclausurados pelos dogmas humanos, são encarcerados..... por pessoas que não são esclarecidas por Deus.

Religiões humanas escravizam mais pessoas do que as barras de ferro das cadeias... como ratificado em (Mateus 23:4)“ Pois atam fardos dificeis de suportar, e os põem sobre os ombros dos homens; eles, porém nem com o dedo querem move-los.....”

Estar em Cristo é justamente ser livre, ser eu mesmo, usar minha individualidade pra servir a Deus. Não me amputar, como alguns lugares pregam por ai. Pessoas vazias de Deus e cheias de religião. É impossível expressar Deus em minha vida, sem expressar minha individualidade á Deus. Impossível ser usado por Deus, com medo dele. Espremido pela máscara da hipocrisia.

O que quero expressar neste capítulo é a liberdade em Jesus, a liberdade de ser, de existir como pessoa através de Jesus, Viver é Existir, espero que essa palavra vá de encontro com você ou que te inspire a ajudar alguém que passe por isso, tanto dentro da igreja como fora.

Pessoas não conseguem largar de seus medos, de seus temores, de seus monstros e inimigos. Isso não significa que estão endemoninhados ou vão para o inferno, depende muito, esse processo aqui é sobre o desenvolvimento do cristão. Todos os dias, tem alguém chamando você de imprestável, de lixo, de perdedor, o emprego que não dá certo, a dor da perca de alguém amado, o sentimento de fracasso, a dor assassina da rejeição e etc....

Algo lhe incomoda... as ruínas de um homem são feitas exatamente das mesmas coisas que são feitas as suas máscaras, as duas coisas são irmãs, nascem do medo, da frustração, da ignorância de si mesmo, da prepotência, da falta de sensibilidade, do ódio, da falta, .... algo incomoda... é preciso fugir, como não podemos fugir de nós mesmos, vamos se maquiar, se esconder nos labirintos da alma, vamos nos envenenar de ego e de ilusão.

Viver num mundo de fantasia, a essência da fantasia é a essência da anestesia, a mentira entorpece, e cada dia precisamos de uma dose do veneno. Pessoas fazem assim se distorcem, tem medo do espelho, Jesus quer um encontro com você exatamente no espelho, na dor , na ferida. As máscaras nossas são feitas de que ? As máscaras para alguns são esconderijos, mas esconderijos que oprimem, que alejam, que encarceram, que escravizam ... que enganam...

A palavra esconder está muito ligado a medo. Medo é Prisão. Não crescemos, não evoluímos como crentes em Deus.

(Estou falando aqui de medo psicopatológicos que nos incomodam, não dos medos naturais nossos de sobrevivência.)

Quando Adão pecou, ele se escondeu de Deus, veja a sua palavra, em (Gênesis 3:10)“ Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e me escondi.” Essa foi a resposta de Adão para Deus, sabe qual foi a pergunta de Deus anteriormente? Onde estás ?

Onde está você eu pergunto agora? Indago isso num plano psicológico e não físico. Deus quer te ver !!!! Deus quer te ajudar !!!!!!

Que o seu esconderijo não seja a máscara da religiosidade humana, ou outras mascaras por ai, mas que seja o Senhor Deus Altíssimo, como registrado no (Salmo 91:1) – “ Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente Descansará..” Se esconda aliiiiiiiiii.

Onde você está? Muitos se distorcem para sobreviver nesse mundo. Não existem, mas sobrevivem. Muitos não são mais elas mesmas. Jesus disse um dia que onde estiver o vosso coração ai estará o vosso tesouro, ou seja, onde você está ? Você está onde está vosso coração, e onde está o vosso coração? Está enraizado no vosso tesouro.

E o que é o vosso tesouro ? Tesouro aqui, neste versículo registrado em (Mateus 6:21), significa a centralidade da nossa existência, o que nos faz viver e sonhar, Tesouros são sonhos, determinam e caracterizam quem somos. Tesouros são nossos maiores valores ou maiores símbolos da nossa existência de ser.

Somos aquilo que sonhamos. Está na essência da alma.

Tem muita igreja por ai, que fazem da religião meios de fuga e de se esconder, não de procurar a Deus e adorá-lo. Jesus quase não é mencionado. Para podermos adorar a Deus, temos que aparecer e não se esconder. A instituição é mais venerada do que Jesus. Muitas religiões transformam as pessoas em outros seres diferentes, ou ate piores, é difícil escrever isso, mas ás vezes é verdade.

Onde moro tem muitas pessoas feridas de alma, por causa de algumas “igrejas” por ai. Igrejas que excluem a pessoa em vez de incluir, nos momentos mais difíceis da vida dela à rejeitam em vez de abraçar e ajudar.

Religiões humanas que reduzem o ser humano à capacho de Cristo, não a amigo de Jesus. Vão á igreja com medo do inferno, não pelo amor a Deus. Pessoas que falam muito de morar no céu e falam pouco de Jesus, precisam ver e rever seus conceitos, o céu não valerá nada sem Jesus.

ELE é o que mais vale pra nós. Ser transformado por Jesus, ter comunhão com ele, ser amado por Ele é isso que vale, o céu é uma conseqüência do amor de Deus, só uma conseqüência. Ser esmerado por Jesus é o que vale !!!! É o maior milagre, mas tem pessoas que mais amam o céu do que amam a Jesus.

Muitas religiões enclausuram cada vez mais o crente, fazendo dele, igual os fariseus ou ate pior. Nós somos quem Deus queria que fossemos, o que Deus queria que fossemos? Adoradores Dele ! Servos Dele ! Amigos Dele ! Não capachos ou religiosos, cheios de sacrifícios, de obras mortas.

Tem gente na igreja (infelizmente) que segue todas as regras possíveis, mas por dentro estão mortos, fedidos, vazios, pobres. Não perdoam, guardam rancores, invejas, mas cortam o cabelo, vestem saias, andam de gravata, nunca de shorts, e andam sempre com a bíblia debaixo do braço, de tanto andar com a bíblia debaixo do braço, e possível sentir seu cheiro na própria bíblia dele.

Não esquecem a bíblia para ir ao culto demonstrando sua aparência, mas, esquecem da bíblia na hora de perdoar e de amar o seu próximo, sempre dão os dízimos e as ofertas, terno passado e saia bonita, mas xingam as esposas ou esposos, falam mal de irmãos, maltratam seus filhos, mentem e etc.

O que Deus queria que fossemos? Adoradores Dele ! Não é isso? Como podemos ser adoradores, adorando com máscaras? Adoração é irmã da Liberdade. Não existe Adoração sem Liberdade. Deus não procura aspirantes á perfeição e sim quebrantados de Alma ! Sinceros consigos mesmos ! Liberdade é Humildade. Aceitar seus erros e lança-los aos pés de Jesus.

Como está registrado no Evangelho de (São João no capítulo 4:23)“ Mas a hora vem e agora é, em que os adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, por que o Pai procura a tais que assim o adorem. “

Seja sincero consigo mesmo e VERDADEIRO , lança seus temores ao Senhor, abra o porão do seu coração ao Senhor, o que está escondido, guardado, lacrado a sete chaves, aquilo que te aprisiona, que te bloqueia, que te sufoca. Lance ao Senhor......... Seja livre em Jesus.

Pessoas que adoram a Deus em espítiro e em verdade. A verdade liberta o ser humano. E a mentira o aprisiona.

Tem muito gente com medo de viver, medo de ser, distorcido pelas mascaras. Deus trabalha com a verdade, ser verdadeiro é ser Real para com Deus. Tem pessoas que não existem que não são reais. Deus trabalha nessa esfera de situação. Ser vivo pra com Ele é ser real para com Ele. Ser morto para com Deus é ser mentiroso para com Ele. Santidade é isso.... Espiritualidade é isso....

Outra coisa para finalizar .... falei anteriormente de que tem gente com medo de ser, medo de existir... No livro de João, Jesus fala que tereis Vida e tereis com abundância.. (Jo 10:10), seremos nós mesmos para com Deus e alcançaremos tanto intimidade com nós mesmos que o melhor de nós irá brilhar , a Vida aqui é a Vida de Existir, de Ser para com Deus em Jesus, o segredo são duas coisas.

O amor e a extração do melhor de nós em Jesus, uma é conseqüência da outra. Falamos de adoração e liberdade, sendo a liberdade a impulsão real da adoração, só que só vai existir isso se tivermos também algo chamado amor. O amor só existe na liberdade de ser. O amor é única coisa que desperta a naturalidade real do ser humano. O amor desarma a armadura. Deus é um gênio!! Um grande arquiteto !! Ele arquitetou isso.

Não consigo adorar a Deus com mascaras, então preciso ser eu mesmo para adora-lo, me desarmar, mas pra isso existir preciso do amor de Deus em mim.

Amor é a marca da igreja, como registrado no Evangelho de João ( João o apóstolo do amor 13:35)“ NISTO TODOS CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCIPULOS, SE VOS AMARDES UNS AOS OUTROS.” Essa é marca da igreja ! O amor de Deus derramado nos corações.

È diferente eu ir para a igreja para Adorá-lo por tudo aquilo que ele fez por mim, me sentir amado por Ele e amá-lo por isso, ir com um coração voluntário, pois isso expressa, a liberdade a voluntariedade nossa, impulsionado pelo amor. Do que ir para a igreja com medo do inferno. É diferente e muito.

Muitas igrejas e religiões humanas, ensinam seus membros a temer o inferno e ficar esperando o arrebatamento, que não deixa de estar certo, mas isso não pode ser maior do que nossa relação de Amor com Deus. Medo e Amor são diferentes e muito, onde um está o outro não está . Como registrado em (I Jo 4:18)“ Na caridade, não há temor; antes, a perfeita caridade lança fora o temor; por que o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em caridade......”

O avivamento não surgirá de línguas estranhas somente, curas e milagres, profecias e somente, mas o verdadeiro avivamento só poderá surgir do ventre do amor. Como muitos ensinam que a igreja avivada tem que ter isso, tem que ter mesmo, mas sem amor não adianta nada disso. (I Co 13).

Tem muitas pessoas sendo curadas de câncer e outras doenças em algumas igrejas por ai, mas será que o coração está limpo? Será que aprenderam a perdoar, a amar ?
Deus não quer pessoas distorcidas pela religião, mas que venham perante Ele, mesmo em pedaços, mas que estejam quebrantados, sinceros e verdadeiros. Deus quer extrair o melhor de nós. Tire a máscara e se encontre com Deus no espelho.

PALAVRA DO AUTOR

Caro leitor esse artigo é um livro incompleto, ele possui buracos, lacunas. As lacunas aqui nesse livro são da forma do seu coração, é você que irá completar esse livro. Esse livro só será completo, significativo e de utilidade quando tocar no seu coração, quando fizer diferença. Você é o complemento final deste artigo.

Autor : Diácono Marcelo de Carvalho Araujo
Bacharel em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo
Contato para Palestras: e-mail: mca.tiger@hotmail.com
Tel: (55) 11-7176-7951

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

RUÍDO, PRESSA E MULTIDÕES - TUMULTO DA ALMA

Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. (Salmos 46:10).

Richard Foster afirma que “na sociedade contemporânea nosso Adversário se especializa em três coisas: ruído, pressa e multidões”. O mundo moderno é muito barulhento e frenético, além de preocupar-se demais com as massas. Estamos vivendo na era do barulho.

O volume do som que invade o ambiente no circuito das cidades é descomunal. A emissão de som em exagero, tanto no espaço exterior como nos recintos fechados, é responsável pela perda gradativa da acuidade auditiva das pessoas. O mundo está ficando surdo e com isso a zoada aumenta ainda mais.

Além do barulho externo excessivo, há o tumulto da alma. O homem moderno tem sido estimulado emocionalmente mais do que qualquer outro da história humana, e em conseqüência disso, sua mente é muito agitada. A excitação constante do sistema nervoso tem produzido pessoas mais “ligadas” e inquietas, que gritam por dentro numa convulsão de sintomas que assinalam uma extraordinária ansiedade.

O zunzunzum do mundo e o brado da alma são substâncias que ateiam o calor íntimo das pessoas, bloqueando o repouso interior. Somos uma geração intranqüila que corre de um lado para o outro tentando achar um lugar de lazer, mas sem muito êxito. O ser humano não foi feito para esse agito.

O primeiro lar da raça adâmica foi um jardim sossegado, onde o deleite era a essência da comunhão com Deus. Ninguém precisava buscar lá fora o gozo, pois a vida com Deus preenchia o significado da existência. Hoje, se vive à caça do divertimento a qualquer custo e não há prazer que atenda ao rombo produzido pelo pecado.

Remo Cantoni disse que “a corrida frenética aos prazeres e aos divertimentos nasce de um desequilíbrio interior, do tédio, da intolerância do próprio estado e da necessidade de cobrir o déficit psicológico, lançando ao eu o maior número possível de estimulantes e reagentes”.

Essa busca externa de sentido é o atestado da falência interior. A grande necessidade da alma é o descanso. Jesus fez uma proposta aos seus discípulos que sugere férias no domínio dos sentimentos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. (Mateus 11:29).

O Pai fala de modo decisivo: aquietai-vos e sabei que eu sou Deus. Só na quietude podemos saber que Deus é realmente Deus. É preciso uma trégua na agenda cheia para poder conviver com o Pai. O alvoroço e a correria são obstáculos para a comunhão. Na academia de Jesus há duas matérias indispensáveis para o alívio da alma: mansidão e humildade.

A mansidão está ligada com o direito de posse. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. (Mateus 5:5). A humildade está relacionada à posição do ser. A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra. (Provérbios 29:23).

A mansidão mexe com as prioridades relacionadas com o ter, enquanto a humildade está ligada às preferências do ser. A pessoa mansa sabe administrar o seu tempo do ponto de vista do seu maior tesouro. Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6:33).

A ênfase da mansidão é a precedência daquilo que tem o maior valor. A humildade aponta para o nosso estado. O homem é húmus ou argila. Humano é o pó que ficou de pé. É o húmus vivificado que anda como gente. Humilde é o humano que se reconhece húmus. É o homem que depende inteiramente de Deus.

A humildade é pura honestidade, pois é simplesmente a percepção da completa nulidade humana e da sua dependência total de Deus. Sem mansidão e humildade não há lugar para Deus na agenda. O estardalhaço da alma não permite que Deus faça parte de sua pauta, por isso é imprescindível o aprendizado das disciplinas espirituais.

Sendo assim, é preciso, através da graça plena, fazer aquietar esse coração agitado. Volta, minha alma, ao teu sossego, pois o SENHOR tem sido generoso para contigo. (Salmos 116:7). Deus quer nos abençoar e nós precisamos ordenar a nossa alma a voltar depressa ao seu sossego.

Eu sei que não é fácil esse processo, tampouco a nossa alma o quer, mas é a única alternativa. Assim diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos. (Jeremias 6:16).

Jesus Cristo é o caminho do descanso e não podemos andar por ele sem comunhão. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. (1 Coríntios 1:9). Essa comunhão espiritual necessita de solitude, isto é: tempo a sós com a Trindade. A intimidade divina não é assunto para as multidões.

O Senhor mostrou aos discípulos a indispensabilidade de afastamento dos observadores, porque a confiança requer transparência e informalidade. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (Mateus 6:6).

Jesus sempre buscou lugares isolados para desenvolver a sua comunhão com o Pai. De quando em quando ele saia sozinho para manter um relacionamento mais estreito com o Pai. Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. (Marcos 1:35).

A solitude não é solidão. É um momento em nossa agenda em que nos separamos das pessoas, a fim de ampliar o nosso relacionamento com Deus. Apesar de nos encontramos sozinhos não estamos solitários. Nenhuma pessoa que esteja em comunhão com Deus pode encontrar-se desacompanhada.

Os momentos de retiro são ocasiões de quietude. A alma precisa ficar sossegada para poder ouvir a voz de Deus. O silêncio é um elemento fundamental para escutar o som suave da voz do Pai. Veja como Deus falou com o profeta Elias. Ele não falou no meio do tumulto, mas na suavidade.

Depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave. (1 Reis 19:12). O silêncio é imprescindível para poder ouvir Deus falar. Ele é espírito e a sua voz só será ouvida em nosso espírito. Para isso é preciso que estejamos calados e a nossa alma serena.

O SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra. (Habacuque 2:20). A pressa, a algazarra e as multidões são bloqueios na comunhão com Deus. O sossego, o silêncio e a solitude são indispensáveis para a comunicação espiritual. Não há atalhos nem caminhos mágicos.

Cale-se toda carne diante do SENHOR, porque ele se levantou da sua santa morada. (Zacarias 2:13). Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus. Primeiro a quietude, depois o co-nhecimento pessoal de Deus. Nossa maior necessidade é nos aquietar silentes diante do trono da graça e esperar a revelação de Pai.

Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio. (Lamentações 3:26). A solitude, o silêncio e a simplicidade são fundamentais nesse processo da quietação emocional. Se as multidões asfixiam a pessoa e a vozearia transtorna a calma, o corre-corre assanha a alma e extingue qualquer centelha de simplicidade.

A crise mais aguda da vida espiritual está relacionada com a presunção de exclusividade e importância. Há um grande risco na esperteza da mente. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim tam-bém seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. (2 Coríntios 11:3).

A simplicidade esvazia a ostentação e desestabiliza toda manifestação de esnobismo. Uma vida simples não quer dizer uma vida despojada dos recursos que Deus provê, mas expressa um viver contente na dependência do que Deus tem providenciado. “A simplicidade conhece o contentamento tanto na humilhação como na abundância”, por isso, numa mente satisfeita há uma celebração permanente.

Matthew Henry disse que “aquele que está sempre satisfeito, embora tenha tão pouco, é muito mais feliz do que aquele que está sempre a cobiçar, mesmo tendo muito”. A mansidão e a simplicidade são responsáveis pela estabilização da agenda de acordo com as prioridades de valor eterno.

Ainda quero ressaltar que a descomplicação é uma das características marcantes da simplicidade. Viver contente em qualquer ocasião e ser um facilitador das relações é um patrimônio social que não tem preço nesse mundo da afetação dos afetados. Hoje, mais do que nunca, precisamos gozar da quietude espiritual. Isso não é tão fácil assim, mas é imperioso que busquemos o caminho da vida intima com Deus. Como mostrou Victor Alfsen, “Deus pode fazer maravilhas com um coração quebrantado, se você lhe entregar todos os pedaços”.

A minha alma é muito inquieta e com excesso de ruído. Mas não há alternativa, é preciso aquietá-la sob o governo da graça, a única escola capaz de levar a cabo esse programa, sem violentar a personalidade. Veja como o salmista é enfático. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança amamentada se aquieta nos braços de sua mãe, assim como essa criança é a minha alma para comigo. (Salmos 131:2).

CONCLUSÃO:

Quero, porém, ressaltar que somente a graça de Deus é competente na aplicação dos métodos adequados para as disciplinas espirituais, e deste modo, que o Santo Espírito nos conduza aos exercícios graciosos que nos capacitem ao segredo da quietude. Aleluia!



P/: GLÊNIO FONSECA PARANAGUÁ

sábado, 7 de agosto de 2010

PRESERVANDO A ALMA DO IDOSO

"Todas as coisas viventes nascem, crescem, amadurecem, se repruduzem, envelhecem e morrem "(Ec 3:2).

Todos nós esperamos um dia também envelhecer. Mas será que um idoso pode ter uma vida feliz e frutífera, mesmo em meio ao cáos social e as injustiças sofridas por eles em todas as esferas da sociedade moderna?

O que a Bíblia diz sobre a velhice? Que promessas podemos observar para a terceira idade no (Sl 92:12-15)?

1º O QUE É A VELHICE OU A CHAMADA “TERCEIRA IDADE” ?

Segundo o dicionário Houaiss velhice significa “estado ou condição de velho” “idade avançada, que se segue à idade madura”, “ancianidade”.

A Terceira Idade é a idade da maturidade, conhecimento e experiência. Normalmente uma pessoa atinge a faixa da Terceira Idade entre os 60 e 70 anos. Porém, alguns médicos, pedagogos e psicólogos dizem que a velhice está na mente e não no corpo. Vejamos algumas frases de alguns homens célebres sobre essa fase:

a) “ A ancianidade é o outono da vida” (Cícero, escritor romano)

b)“ A velhice aumenta a sabedoria e dá conselhos mais amadurecidos” (Jerônimo, pensador cristão);

c)Respeita os cabelos brancos e presta ao velho sábio aquelas mesmas homenagens que tributas a teus pais” (Fócilides, poeta grego).

2º QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA TERCEIRA IDADE ?

Muitas dificuldades surgem quando a idade vai chegando. As causas dos problemas entre os idosos podem ter origem :

a) Física – à medida que envelhecemos, nosso corpo se deteriora. Aparecem os cabelos brancos e escassos, pele enrugada, diminuição da visão, audição, olfato, paladar e tato; muito embora tais mudanças se dêem de maneira gradual.

b) Mental – Há uma diminuição na memória, criatividade, capacidade intelectual ou aprendizado de coisas novas.

c) Econômica - a aposentadoria, na maioria dos casos, é pequena e invibializa a continuidade do padrão de vida que vivia antes, provocando enormes conflitos pessoais.

d) Interpessoal e Auto-estimaconceitos errados e preconceitos na sociedade atual, tais como “Você está ficando velho”, “Lugar de velho é no asilo”, “Velho não serve para nada”, “velho só dá despesa”, têm levado muitos que estão nessa fase a se sentirem inúteis no meio social e por consequência terem a alma completamente amargurada e dilacerada.

3º A BÍBLIA FALA SOBRE A VELHICE?

Sim, os antediluvianos tiveram vida longa. Adão, Matusalém e muitos outros foram além dos 500 anos (Gn 5:27). Mas com o efeito do pecado e seus males no corpo, alma e espírito, esta idade foi muito reduzida. Biblicamente, quando o homem alcança 70 ou 80 anos é considerado “Velho e farto de dias (Sl 90:10).
Mesmo nos tempos bíblicos, as pessoas velhas aparentemente enfrentavam a rejeição e frustrações. Embora fosse reconhecido que a sabedoria com freqüência crescia com a idade (Jó 12:12), é interessante notar que o salmista orou “ Não me desampares, ó Deus, até a minha velhice e às cãs”(Sl 71:18). Eclesiaste 12 talvez dê a descrição bíblica mais clara sobre a velhice, onde percebemos a descrição poética do autor ao mostrar a fragilidade do ser humano ao atingir essa idade, que tem como conseqüência a morte (Ec 12:6,7).
Mas que mesmo em meio à “vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade”(Ec 12:8), o idoso pode encontrar significado na vida quando “teme a Deus e guarda os seus mandamentos(Ec 12:13). A Bíblia ainda mostra que os idosos:

1.Devem ser honrados e respeitados por sua sabedoria e experiência (Lv 19:32; Pv 16:31; 20:29);

2.Devem ser temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor, na constância; ensinando o que é bom, não sendo caluniadores, nem se excedendo na bebida (Tt 2:2,3);

3.Devem ser honrados como pais, pois a obediência a esse mandamento, trará ao filho a benção da longevidade de vida (Ef 6:3).

4º É POSSÍVEL TER UMA VELHICE FELIZ E FRUTÍFERA?

Sim, e podemos ver isso evidenciado na vida dos seguintes servos de Deus:

1. Jó - (Característica: Sabedoria): “Com os idosos está a sabedoria, e na abundância de dias, o entendimento.” (Jó 12:12);

2. Jetro - (Característica: Capacidade para aconselhar): “O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus e leva tu as coisas a Deus” (Ex 18:17,19).

3. Zacarias - (Característica : Espiritualidade): “Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote, chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; o nome dela era Isabel. E eram ambos justos perante Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade.” ( Lc 1:5-7);

4. Ana - (Característica: Oração): “E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade, e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia.” (Lc 2:36-37);

5. Paulo – (Característica: Dedicação à Palavra): “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.”Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos." (2 Tm 4: 6-8,13).

Outros Exemplos:

6. Charles Finney – é considerado o apóstolo dos avivamentos. Ensinou e inspirou estudantes até a idade de 82 anos, já no final de sua vida.

7. João Wesley – ao completar 88 anos, escreveu:”Durante mais de 86 anos não experimentei qualquer debilidade de velhice. Os olhos nunca escureceram, nem perdi o vigor”. Aos 86 anos fez uma viagem à Irlanda, na qual, além de pregar seis vezes ao ar livre, pregou cem vezes em 60 cidades.

8. Jorge Muller – chamado o apóstolo da fé, aos 69 anos pregou centenas de vezes em 42 nações, e aos 90 ainda permanecia cheio de fé.

5º QUE PROMESSAS SÃO DIRIGIDAS AOS ANCIÃOS NO SALMO (92: 12-15)?

No (Sl 92:12-15) podemos observar algumas promessas de Deus para a Terceira Idade, são elas:

“O justo florecerá como a palmeira” - o justo florescerá como a palmeira saudável, que resiste a todas as enfermidades e elementos da natureza e floresce (Saúde e resistência) (v. 12);
•“Crescerá como o cedro do Líbano” - O cetro era uma árvore que se notabilizava por sua beleza e vigor. Ela atingia uma idade muito avançada e ficava prodigiosamente volumosa (Longevidade e produção de frutos) (v.12);
•“Plantados na casa do Senhor” – Estando no terreno do templo, essas árvores gozam seu crescimento vistas a florescer na presença de Deus ( Firmeza e perseverança) (v. 13);
•“Na velhice ainda darão frutos” – mesmo uma árvore velha, mas boa, continuará produzindo frutos (v.14; Jo 15:16);
•“Para anunciar que o Senhor é reto” - além da saúde, resistência, longevidade, produção de frutos, firmeza, perseverança, o ancião conta com a maior de todas as promessas: saber que o Senhor é a sua rocha (v. 15).

CONCLUSÃO:

Aprendemos que podemos obter uma velhice feliz e frutífera quando observamos os princípios da Palavra de Deus, no que concerne à saúde física, social, emocional e espiritual.

A Bíblia não só promete vitalidade, longevidade, firmeza, perseverança, como também prova através da vida de diversos personagens como “morreu velho e fardo de dias” (Jó 42:17);
Calebe “ (...) eis que já sou da idade de oitenta e cinco anos. E, ainda hoje, estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou” (Js 14:10,11);

Davi “tendo desfrutado vida longa, riqueza e glória”(1 Cr 29:27,28); que é possível ser idoso e viver uma vida feliz produzindo fruto, vivendo em paz, segurança e amor, mesmo em um mundo de guerras, insegurança e desamor e ter a alma presevada.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O DENTE E A ALMA

Muito e interessante e edificante este texto que nos mostra a relação de cura entre dente e alma.

O que Jesus falaria para os odontólogos ou para os seus clientes? Como apresentaria o seu projeto de vida abundante?

Um texto bíblico trouxe-me a resposta perfeita. Observe em (Mateus 13) que Jesus ensinava através de parábolas, isto é, " narração alegórica que encerra uma verdade importante ou um preceito moral".

Exemplo: quando falava para os pescadores, comparava os mistérios divinos com o que eles tinham na mão: "O reino dos céus é semelhante a uma rede..."

Hoje, no consultório ou na sala de aula dos odontólogos não tenho dúvidas, Ele diria: "a alma humana é semelhante ao dente".

Sim! Veja com atenção como existe uma grande semelhança entre a alma, os dentes e as propostas de Deus para a nossa vida.

A alma e o dente são semelhantes porque, quando estão com problemas, todo o corpo sofre.
Você já experimentou uma dor de dente e sabe do que eu estou falando. Você fica sem lugar. É uma das piores dores que enfrentamos.

A cárie, quando chega à dentina, produz sensibilidade. Alcançando o nervo, geralmente provoca dor intensa.

Como a alma também é assim. Quando ela esta com problemas, toda a vida,todas as áreas são perturbadas.

Toda a historia do ser humano vive as conseqüências de uma alma aflita, sem paz, de uma com "cárie" : família, vida profissional, etc (Gênesis 4:5 / Salmo 38).

Nós somos mais que sangue, músculo, ossos, cabelos... Nós temos uma alma e é essa parte importantíssima do nosso ser que precisamos descobrir e tratar, pois ele gerencia as demais funções do nosso viver.

A alma e o dente são semelhantes porque um simples tratamento com analgésico não resolve o problema. Seria fantástico se, quando o dente dói, não precisássemos daquela agulha furando a gengiva, o barulho incomodo do motor, a presença do boticão...

Pingar pinga, mastigar cibalena ou auto-sugestão não resolve. É preciso tratar: examinar, radiografar, chegar até a raiz...

Com a alma também é assim. Os paliativos não resolvem suas crises: viagens, compras, drogas, sexo, dinheiro, filosofia, festas, bebidas... nada é suficiente para acabar com a dor da alma. Ela precisa ser tratada.

O sábio Salomão afirmou que, durante um período de vida, tentou resolver o problema de alma das mais diferentes formas: bebidas, empreendimentos, mulheres...(Eclesiastes 2:1-11).

"... e eis que tudo era vaidade a correr atrás o vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol".
A alma e o dente são semelhantes porque todo tratamento objetiva " recuperar" e não "extrair".

Este foi um dos avanços da odontologia. Antigamente, quando o dente doía, a opção mais comum era de extrair e, quem podia, colocava um dente postiço. Descobriram que, por pior que seja a deformação, o melhor é fazer um canal ou colocar um aparelho até concertar. Com a alma também é assim.

Por pior que seja a crise ou a deformação interna, o segredo não é o suicídio ou a fuga nas mais variadas formas. O segredo é como conseguir recuperar, como refazer e concertar.

A família, a religião, todos nós, precisamos entender que a melhor opção é parar e tratar da alma principalmente quando se trata do próximo. Nada de extrações legalistas ou farisaicas como primeira opção. A prioridade dos investimentos tem que ser na restauração (Mateus 12:20).

A alma e o dente são semelhantes porque o melhor tratamento é sempre o preventivo.
Todos, durante toda vida, precisamos ter um cuidado diário com os dentes, escovar, passar o fio dental, visitar periodicamente o dentista, aplicar selantes...

Os restos alimentares não removidos, juntos com as bactérias da boca, formam a placa bacteriana depois o tártaro.

Com a alma também é assim. Um habito sistemático de " boa higiene" vai imuniza-la contra inúmeras crises, principalmente se este cuidado vem sendo observado desde os tempos da mamadeira, desde a infância.

É preciso investir na vida devocional: estudo bíblico, tempo de oração e comunhão com o povo de Deus. Foi assim que Timóteo desenvolveu uma bonita "arcada" histórica, sem " tártaros" comportamentais (2 Timóteo 3:15).

A alma e o dente são semelhantes porque os seus amigos são sutis.

Como aparece uma cárie? Imperceptível, sorrateira. Ela surge no meio daquilo de que todos gostamos em que ingerimos muitas vezes sem o cuidado necessário. Uma bala doce, tão inocente e pura, que pecado tem? Ou um chiclete... Esses são alguns dos vilões da saúde bucal.

Com a alma também é assim. A bíblia fala sobre o diabo e deixa claro que um dos seus maiores investimentos é provar que não é tão mau ou que não existe. Lê não aparece com garfo ou chifres, soltando fogo pela boca (2 Coríntios 11:14).

Ele vem perturbar a nossa alma, muitas vezes, nas situações mais doces e alegres, sempre lambuzando de mel as suas funestas ofertas para nos destruir. Cuidado!
A alma e o dente são semelhantes porque um especialista é sempre a melhor indicação para o tratamento.

Conhecida desde a antiguidade, a odontologia desenvolveu-se a partir de experiências realizadas por curiosos (muitas vezes artesão ou barbeiros). No Brasil, o curso foi considerado de nível superior em 1879 e somente a partir de 1934 extingui-se a atividade de dentista prático.

Com a alma também é assim. Você corre inúmeros riscos se confiar o tratamento dela a pessoa errada.

Muitos personagens históricos foram ótimos filósofos, cientistas... mas especialista em alma humana só existe um. O seu nome é Jesus Cristo. Ele é o único capaz de cura-la, preenchendo os vazios e endireitando as deformações (João 14:6). Confiar na pessoa errada pode ser fatal.
A alma e o dente são semelhantes porque exigem um tratamento urgente.

Os resultados das pesquisas recentes revelaram que as doenças periodontais (de gengiva) podem ser um perigo muito mais serio para a saúde geral do que antes se pensava, podendo levar até a morte súbita. Principalmente se você já esta sentindo dores, não adie o tratamento. Procure logo um dentista.

Com a alma também é assim. Acertar sua vida com Deus também é uma decisão para agora. É urgente. Não protele mais. Amanhã pode ser muito tarde.

Você já tomou essa decisão? Se ainda não, gostaria de saber agora sobre a saúde de sua alma? Agora, ai mesmo onde você está entregue o seu coração a Jesus, convide-o, humildemente, para ser o senhor da sua historia. Você será uma nova criatura. (II Corintios 5:17).

A alma e o dente são semelhantes porque medo e falta de informação são as principais causas do precário estado de muitos.

Por não ter acesso a informações tão simples como essas sobre por que e como tratar dos dentes, muitos brasileiros tem uma péssima saúde bucal. Outros não tratam porque tem medo. Principalmente aqueles que tiveram traumas no passado com um dentista medieval, bruto e sem recursos.

Com a alma também é assim. Muitos ainda não sabem da necessidade, de como e porque precisam de um envolvimento mais sério com Jesus. Muitos se limitam apenas a ter uma fé teórica. Nada pratico. Tem apenas um simples rotulo, uma religião.

Outros fogem de Jesus porque carregam traumas enormes por causa de decepções com movimentos e pessoas que vivem um cristianismo inquisidor, medieval, obsoleto, medíocre e sem sentido. Uma proposta legalista e sem graça os encheu de medo.

A alma e o dente são semelhantes quanto ao preço do tratamento.

Considerando a política econômica (a condição financeira do povo) e todos os gastos mensuráveis em dinheiro para a formação e o exercício da profissão, um dentista tem que cobrar um preço acima do poder aquisitivo de grande parte de nosso povo. Muitos não conseguem pagar.

Com a alma também é assim, mas, paradoxalmente, com uma enorme diferença: a conta já foi paga. Jesus suportou injustamente a morte de cruz em nosso lugar. Agora, todos temos acesso gratuitamente a Deus por esse novo e vivo caminho.

Pobres e ricos, cultos e analfabetos, brancos e negros, homens e mulheres, o mais vil pecador...todos, arrependidos, podemos chegar a Deus através de Jesus e gozarmos de uma indescritível paz ( João 3:16 ).
Para encerrar...

Se uma pessoa, sabendo de tudo isso sobre os dentes e tendo oportunidade para cuidar-se, resolve não fazer higiene bucal visitar o dentista, etc. De quem será a culpa se os dentes apodreceram?

Se uma pessoa, sabendo de tudo isso sobre a alma e tendo oportunidade para entregar-se a Jesus e servi-lo, resolve não envolver-se, não ler a bíblia, não ter vida de oração, fazer o que quer e quando quer, sem limites...e, a alma apodrece, estraga afetando inclusive a família, vida profissional...De quem é a culpa: de Deus ou da própria pessoa?

Creio que a resposta para ambos os casos é a mesma.
Que Deus abençoe!

Que você tenha um sorriso lindo, com a alma em paz e os dentes saudáveis.





p/: Dr. Camilo de Souza Cruz