segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

CURANDO AS EMOÇÕES ATRAVÉS DA AFETIVIDADE

Na época do inverno, sentimos desejo por algo que nos aqueça (na realidade, necessidade): um chá, uma sopa, um cobertor, roupas ou lugares quentes. Não devemos nos esquecer que o contato físico também aumenta o calor do nosso organismo. Os antigos chamavam de “aquecer a orelha”. Você já sentiu como é bom um abraço? Como é gostoso receber um beijo? Dar as mãos? Você também toca o coração quando fala uma palavra agradável.

Você se sente tocado quando ouve uma expressão afetuosa. O toque faz algo extraordinário: demonstra através do calor do contato o quanto amamos e o quanto somos correspondidos. O ser humano tem essa característica: precisa ser tocado e acariciado para se desenvolver emocionalmente saudável.

Segundo a Psicologia, a Afetividade, demonstrações de afeto é quem determina a atitude geral da pessoa diante de qualquer experiência vivencial. A afetividade compreende o estado de ânimo ou humor, os sentimentos, as emoções e as paixões e reflete sempre a capacidade de experimentar sentimentos e emoções. O médico e psicólogo Henri Wallon atribui à emoção que, como os sentimentos e desejos, são manifestações da vida afetiva um papel fundamental no processo de desenvolvimento e relacionamento humanos.

No âmbito da família, da mesma forma, também precisamos de demonstrações diárias de afeto para que o relacionamento cristão se desenvolva e seja cultivado de forma contínua e saudável no lar. Para isso existem várias maneiras de se demonstrar o quanto somos importantes uns para os outros; cada pessoa demonstra isso de uma forma pode ser uma flor, um toque no ombro, um carinho, uma palavra gentil e agradecida, uma palavra de arrependimento e perdão, um bilhete, um cartão, um e-mail, um telefonema, uma xícara de chá, só para nos lembrar o quanto amamos.

São pequenos gestos que aquecem a amizade de forma respeitosa e gentil, sem valor material algum, mas que nos fazem sentir especial. O relacionamento humano tem essa característica: precisamos saber (dar receber e sentir) que somos amados, e este conhecimento chega através de atitudes carinhosas. Não se trata apenas das coisas que fazemos, mas daquilo que transmitimos para o outro.

O que fazemos quando um bebê nasce e durante os primeiros meses de vida? Ou no início de um relacionamento? E porquê nossa tendência é abandonar estes cuidados e carinhos demonstrados nas atitudes gentis? O toque ensina, o toque demonstra que o relacionamento de pais e filhos, de marido e esposa, de irmãos em Cristo está saudável e em pleno desenvolvimento. O toque aquece o coração. Jesus também usou o toque para curar, para ensinar: Mat. 8:3/ Mat. 9:29 / Mat. 17:7 / Mat. 20:34 / Mar. 1:41 / Mar. 7:33 / Luc. 7:14 / Luc. 7:45 / Luc. 22:51.

O Apostolo Paulo nos orientou sobre o toque: Atos 20:10 / Atos 20:37 / Rm. 16:16 / I Cor. 16:20 / II Cor.13:12 / I Ts 5:26.

Pedro também menciona o toque: (I Ped. 5:14). Aproveite as oportunidades para, cultivar e desenvolver relacionamentos familiares através do afeto, do abraço, do toque, do carinho e de palavras gentis. Faça um gesto carinhoso sem que seu filho espere, sem que a pessoa peça. Não desista de sentir e de oferecer carinho basta que cada um tenha a sensibilidade para ouvir o outro, como se tivesse ouvindo a voz do próprio coração.

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