quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O AUTOCONHECIMENTO NOS APROXIMA DE DEUS

A.W.Tozer, considerado o profeta do século XX, escreveu que pouca coisa revela tão bem o medo e a incerteza dos homens quanto ao esforço que fazem para ocultar seu verdadeiro “eu” uns dos outros e até mesmo seus próprios olhos.

Quase todos os homens vivem desde a infância até a morte por trás de uma cortina semi-opaca, saindo dela apenas rapidamente quando forçados por algum choque emocional e depois voltando o mais rápido possível ao esconderijo. O resultado desta dissimulação constante é que as pessoas raramente conhecem seus próximos como realmente são e, pior ainda, o disfarce tem tanto êxito que elas nem sequer conhecem a si mesmas.

O autoconhecimento tem tal importância em nossa busca de Deus e de sua justiça, que nos encontramos sob a obrigação de fazer imediatamente aquilo que for necessário para remover o disfarce e permitir que o nosso “eu” real seja conhecido.

Umas das supremas tragédias em religião é o fato de nos termos em tão alta conta , enquanto a evidência aponta justamente o contrário; e nossa auto admiração bloqueia eficazmente qualquer esforço possível para descobrir uma cura para nossa condição . Só o individuo que sabe que está doente é que procura o médico.

Nosso verdadeiro estado moral e espiritual só pode ser revelado pelo Espírito e pela Palavra.

A Deus pertence o juízo final do coração. Existe um sentido em que não ousamos julgar-nos uns aos outros a palavra nos diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.”(Mt 7.1-5) e no qual não devemos sequer tentar julgar-nos em (1 Co 4.3) a palavra diz: “Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo.”

O julgamento final pertence àquele cujos olhos são chama de fogo e que vê por meio das obras e pensamentos dos homens. Agrada-me deixar com ele a última palavra.

Existe, porém, um lugar para auto-análise e uma necessidade real de que seja feita “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 11.31,32).

Embora nossa autodescoberta não seja provavelmente completa e nossa auto-análise contenha elementos preconceituosos e imperfeitos, existem, porém, boas razões para que trabalhemos ao lado do Espírito em seu esforço positivo para situar-nos espiritualmente, a fim de podermos fazer as correções exigidas pelas circunstâncias.

É certo que Deus já nos conhece totalmente "SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir" (Sl 139.1-6).

Resta-nos agora conhecer a nós mesmos o melhor possível e cultivar nossa vida interior seguindo algumas simples sugestões:
O Cultivo da Vida Interior

• Retire-se do mundo todo dia para um lugar privado, ainda que este lugar seja apenas o quarto.

• Permaneça aí até que os ruídos internos comecem a acabar no seu coração e o descanso da presença de Deus o envolva.

• Desligue os sons desagradáveis e saia do seu lugar privado, determinado a não ouvi-los.

• Ouça a voz interior do Espírito até aprender a reconhecê-la.

• Pare de tentar competir com os outros.

• Entregue-se a Deus e seja você mesmo.

• Reduza seus interesses a uns poucos.

• Não procure saber coisas que não lhe são úteis.

• Aprenda a orar interiormente a todo o momento. Após algum tempo, aprenderá a fazer isso enquanto trabalha.

• Pratique a sinceridade da criança e a humildade.

• Ore pedindo olhos simples.

• Leia menos, mas leia mais aquilo que é importante para sua vida interior.

• Jamais permita que sua mente fique dispersa por muito tempo.

• Chame para casa seus pensamentos errantes.

• Contemple Cristo com os olhos da alma.

• Exercite a concentração espiritual.

Que o Senhor Jesus possa a cada dia  te ajudar no processo de autoconhecimento e assim tratar todos os traumas e feridas, para que te tornes uma pessoa total e verdadeiramente liberto. (MCJ)

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