Você já recebeu apelidos? Já “zoaram” com você? Já foi vítima de fofocas, humilhação? E você, já apelidou alguém?
É! Caros irmãos, provavelmente já foram vítimas de Bullying e também vitimaram alguém.
Vejamos o texto a seguir: “Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais..., odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente... seus irmãos, pois, o invejavam... tiraram dele sua túnica... e lançaram-no na cova... e o venderam...”, (Gn 37).
Sim, estou falando do jovem José, em sua amarga vivênca, e esta, tipifica um grande exemplo de bullying na Bíblia, pois, por meio da inveja e ódio de seus irmãos, o violentaram psicologicamente, através da humilhação, roubando dele muitos direitos. Bem! Mas neste caso ele conseguiu suplantar os efeitos do bullying, pois estava na presença de Deus, e sua história virou sucesso!
Bullying é um termo inglês com várias conotações, entre elas: atormentar, apelidar, perseguir, humilhar, fofocar, desprezar..., ou seja, é um conjunto de comportamentos “agressivos” intencionais e repetitivos que ridiculariza o outro, causando-lhe sofrimento de dor e feridas profundas na alma gerando assim traumas diversos.
Descrito por atos de violência física e/ou psicológica, realizados por um ou mais bully (agressor/valentão). Estes atos podem ocorrer em qualquer lugar (inclusive pela net, chamado: Cyber Bullying – ex: comunidades falando mal de alguém), e ultimamente tem sido muito divulgado na mídia, devido seus episódios em escolas, demonstrando as trágicas conseqüências, como os danos psíquicos nas vítimas, especialmente em adolescentes.
E quando tais traumas não ficam bem resolvidos, poderá repercutir em uma vida angustiada, estressada, com baixa auto-estima, de auto-flagelo, podendo desencadear uma severa depressão, e até um suicídio. É muito sério!
Infelizmente as “igrejas” estão repletas de bully’s, que vivem fazendo brincadeiras sem graça, maldosas, desrespeitosas, que tem deixado irmãos tristes; e sem falar nas fofocas, no apontar de dedos, trazendo constrangimentos.
Até podemos citar em (João 8) o caso da mulher adúltera, em que os escribas e fariseus humilharam-na, “apontado o dedo”, querendo apedreja-la; mas como sabemos, Jesus desaprovou a atitude desses bully’s. E é certo que Ele abomina qualquer comportamento que leve seus filhos ao ridículo, que os deixe tristes, pois somos a “meninas de olhos de Deus”.
O cristão precisa aprender que alguns comportamentos devem estar enterrados com o “velho homem”, deixando aflorar o “santo” da nova criatura (II Co 5:17). Por isso tomemos cuidado com o excesso de “brincadeiras”, sempre prestando atenção se não estamos magoando nosso próximo com tais.
É preciso também ensinar as crianças/adolescentes desde cedo a respeitar os demais, suas diferenças, gostos. Pois o que se vê, muitas vezes no meio cristão, são filhos (até os bem pequeninos) reproduzindo “bricadeirinhas do mal” dirigidas a irmãos, como: “hum, parece uma gazelinha”, “olha o orelhudo”, e aí vai... gordo, magrelo, dentuço, careca...
Tudo vira motivo de gozação e, em resposta, risos e piadinhas, ou seja, o “ponto fraco” da pessoa é ressaltado na frente de todos; e isso é considerado bullying. “Ensina o teu filho no caminho em que deve andar e quando crescer não se desviará dele”, (Pv 22:6).
O bullying, o desprezo, a indiferença, a fofoca, a exclusão, a ridicularização, o preconceito, a humilhação, as piadinhas... tenha o nome que for, nada mais é que a ausência de amor.
Por isso, ao compreender um pouco sobre essa “violência”, possamos fazer como Jesus fez na história da mulher adúltera. Defender quem sofre desse mal, indo contra todos que o praticam, e deixar os Princípios de Deus reinar em nossas vidas, como bons despenseiros de Sua Palavra (I Co 4:1; I / Pe 4:10), que carregam em seus lábios palavras que edificam, (Ef 4:29-32).
p/: Marcos Luiz Gilioti