O capitalismo impede que pensemos nos verdadeiros valores
da vida, tornando-nos verdadeiras máquinas de fabricar dinheiro para comprar
tudo o que for possível. Será esta a nossa missão?
As pessoas vivem, dias após dias, numa sucessão de
“intermináveis” dias. Quando somos crianças, a impressão é de que nunca chegará
ao fim, mas à medida em que ficamos mais velhos, essa idéia vai perdendo força.
Qual é a graça de viver? Talvez o segredo esteja nesta
palavra: GRAÇA. Podemos definir graça como o favor que se dispensa ou recebe,
ou ainda, um dom sobrenatural. Coisa que veio na hora certa e não parecia tão
provável. Portanto, algo muito bom que recebemos e nem temos a certeza de que
somos merecedores. “Foi uma graça!”
A humanidade trabalha mais do que o necessário com o
intuito de conquistar mais e mais, e por fim tem-se tanto que falta tempo para
desfrutar prazerosamente desses resultados. A falta de tempo pode afetar a
educação dos filhos, desprovendo-os de bons princípios, aqueles esperados por
você e pela sociedade. Quando morremos deixamos muitos bens para os herdeiros,
que nem sempre conseguem mantê-los. A educação, bem que não seria possível
desperdiçar, nem sempre temos tempo para repassar. A boa educação passa por
ensinar a cuidar de quem precisa de ajuda, a respeitar o que é dos outros, a
trabalhar honestamente, a respeitar a natureza para dar direito às gerações
futuras de desfrutar do que conhecemos e a cuidar e valorizar os mais velhos.
Qual foi a última vez que você caminhou com as pessoas que
você ama num bosque, na rua ou no jardim da sua casa, só para curtir o momento?
Alguma vez você já interrompeu o trabalho para olhar os seus colaboradores e
trocar algumas palavras sem pensar que são minutos de perda da produção? Como você
gostaria de ser lembrado depois de convidado a se despedir desta vida: somente
pelo acúmulo de dinheiro ou por fazer algo desinteressado, apenas para melhorar
o mundo? Você já parou para pensar que talvez viva somente mais 20 ou 30 anos e
que este tempo passa rapidamente? Tenho certeza que sim, mas normalmente logo
retornamos ao mundo “real”, esquecemo-nos de tudo e voltamos às mesmas
“loucuras” diárias.
Lembre-se que a vida terrestre é muito mais do que
simplesmente acumular riquezas financeiras. Precisamos habituar-nos a refletir
mais, a questionar antes de simplesmente fazer, a curtir a vida ao lado
daqueles que amamos e nos valorizam. Obviamente não defendo a ideia de parar de
trabalhar ou deixar de fazer reservas para conquistar a segurança financeira,
mas não acredito que este seja o ponto principal da nossa vida. Invista tempo
para estudar, mesmo se já passou dos 40 anos, e para contemplar a beleza do
mundo que Alguém fez para nós. Isto não tem preço!
Qual é a sua missão? O que você gostaria de fazer e que
não há dinheiro que pague? O que você ainda não conseguiu conquistar e que está
muito além do valor financeiro? Por que não investe mais tempo neste projeto?
Fonte: Contábeis – O
Portal da Profissão Contábil – Contador: Gilmar Duarte