terça-feira, 25 de outubro de 2011

O DESERTO NOSSO DE CADA DIA

Assim como este brilhante texto edificou as nossas vidas, estamos compartilhando com cada pessoa que neste momento encontra-se em seu deserto particular. (MCJ)

“O deserto é a estação de tratamen­to da alma. É um lugar solitário, de poucos amigos, onde tudo é sob medida.”
“E te lembrarás de todo o cami­nho, pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quaren­ta anos, para te humilhar, e te pro­var, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não". (Dt 8.2)
Logo que cheguei ao deserto, fui tomado de confusão, frustração, medo, suspeita, solidão, falta de ânimo e raiva. Como vim parar aqui ?
Este não era o lugar do meu destino! No entan­to, eu vivia clamando a Deus, rasgando diante dele o meu cora­ção, pedindo-lhe que me purificasse dos pecados ocultos, que limpasse o vaso, removendo tudo que impedisse sua glória em minha vida. Desconhecia, no entanto, o processo que Deus usaria para que tudo isso acontecesse comigo. Cada pessoa tem um deserto diferente, sob circunstâncias também diferentes.
"Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo. Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita, e não o diviso" (Jó 23:8, 9).

Não é assim que você chora ? Você almeja ouvir a Deus e tudo o que consegue é ouvir apenas um grande silêncio! Você ora, e sua oração não passa do teto.
Completamente frustrado, você se lembra de quando, em completa frustração, apenas bal­buciava o nome de Deus, e sua presença imediatamente se mani­festava. Mas, agora, no deserto você grita: "Deus! Onde estás?" E, como Jó, olha para todos os lados procurando Deus e não o percebe. Você nem enxerga o que Deus tem feito a seu favor.

Bem-vindo ao deserto! Fique sabendo, no entanto, que você não está sozinho, mas em boa companhia.
A lista de viajantes do deserto é extensa, pois o deserto é o lugar por onde passa todo filho de Deus. Gostaríamos de evitá-lo; procuramos um atalho ou desvio, mas eles não exis­tem. A rota da terra prometida passa, inevitavelmente, pelo de­serto, e a terra não poderá ser conquistada se não o atravessar­mos. Se quisermos entrar na terra prometida, precisamos en­tender o tempo em que vivemos.
Conhecendo os Tempos
"Dos filhos de Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer..." (1 Cr 12:32).
Por conhecerem o tempo de Deus, os filhos de Issacar sabiam o que deviam fazer, o passo a seguir. Aqueles que en­tendem os tempos e as épocas do Espírito de Deus por certo conhecerão o que Deus quer fazer, e lhe obedecerão. Por outro lado, aqueles que desconhecem os tempos e as épocas de Deus, não saberão o que Deus está tentando realizar na vida deles e, consequentemente, não agirão corretamente. Jesus fala desse tema em(Lucas 12:54-56):
"Disse também às multidões: Quando vedes aparecer uma nuvem no poente, logo dizeis que vem chuva, e assim acontece; e, quando vedes soprar o vento sul, dizeis que haverá calor, e assim acontece. Hipócritas, sabeis inter­pretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto, não sabeis discernir esta época?" (Lucas 12:54-56).
Você sabe que o agricultor não colhe na época do plan­tio. É óbvio que ele tem de semear na época do plantio para poder colher na época da sega. O plantio na época certa é crucial para se obter uma boa colheita. Se o agricultor plantar antes ou depois do tempo, não terá uma boa colheita, pois as sementes lançadas na terra precisam adequar-se ao solo e ao clima para se desenvolverem. A humidade e o calor, a geada e o frio virão antes da época da colheita.

Para usufruir tudo o que o Criador coloca a seu dispor, o agricultor precisa entender os tempos e as épocas. Ele sabe a hora de semear, quando arar e o momento certo de colher. O mesmo acontece com a Igreja: estamos nos preparando para uma grande colheita, e para recebermos os benefícios dos cuidados de nosso Supremo Agricultor, Jesus, temos de conhecer os tempos e as épocas. Queremos colher, mas a época da sega não chegou; o agricultor ainda está lim­pando a terra e podando os ramos.

Jesus repreendeu os judeus por procurarem as coisas erradas na hora errada. O Deserto Não é Lugar de Punição e de Reprovação.

Neste momento, trataremos do que é e o que não é o deserto. Falaremos do propósito, benefícios e juízos que daí advêm. Oro a Deus a fim de que os exemplos, ilustrações e as palavras ins­trutivas que o Espírito Santo me levou a compartilhar com você o ajudem a caminhar sabiamente nesta terra, durante o tempo de deserto pelo qual você terá de passar.

Tomemos como exemplo a nosso Senhor Jesus, que enfrentou com sucesso os dias de seu treinamento no deserto.

Em (Lucas 3:22), o Espírito Santo desce sobre Jesus na forma visível de uma pomba, e ouve-se o Pai proclamando: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo". Ele não apenas proclamou para que todos soubessem que Jesus era seu Filho; Deus fez questão de anunciar que tinha prazer nele. Mesmo assim, em (Lucas 4:1), "Jesus, cheio do Es­pírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espíri­to, no deserto".

Só esse fato deveria lembrar-nos que a razão de sermos levados para o deserto não é porque fomos desaprova­dos ou porque estamos sendo punidos por Deus. Jesus foi apro­vado por Deus e levado ao deserto! Precisamos deixar isso bem claro logo no início deste texto. Esse é um assunto que precisa ser compreendido antes de prosseguirmos adiante!

Outro ponto que tem de ser entendido é que Deus não trouxe você para o deserto deixando-o sozinho e tornando-o alvo fácil para a ação de Satanás. A segunda geração dos filhos de Israel que viveu no deserto recebeu de Deus a seguinte promessa: "Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Se­nhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos..." (Dt 8:2)  

Entenda bem: o Senhor não para de agir em nossa vida só porque estamos no deserto. Ele nos conduz por ele, e sem ele nunca chegaríamos ao outro lado!
Além do mais, o deserto não é um lugar onde somos deixados, "como numa prateleira", até que ele volte a nos usar. Não é assim que Deus age conosco. Ao contrário, o deserto é um período de tempo no qual ele age em nós constantemente. Você conhece a expressão "não se vê a floresta através das árvores"? Da mesma forma se dá com o deserto: é difícil ver a mão de Deus agir em nós quando estamos nele.
O terceiro ponto que deve ficar bem claro é este: o deserto não é lugar de derrota, pelo menos para aqueles que obedecem a Deus! Jesus, fraco e faminto, sem ninguém a quem recorrer e sem ninguém que o encorajasse; sem nenhum con­forto ou manifestação sobrenatural, durante quarenta dias, foi atacado pelo diabo no deserto. Jesus derrotou o diabo usando a Palavra de Deus.
O deserto não é o lugar de onde os filhos de Deus saem derrotados; é lugar de vitória. Como diz a Escritura: "Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo..." (2 Co 2:14 ).
Enquanto peregrinava no deserto, o povo de Israel era constantemente hostilizado pelas nações ao redor. A ordem era: lutem! Os israelitas derrotaram os amorreus (Nm 21:21-25), os midianitas (Nm 31:1-11) e o povo de Basã (Nm 21:33-35).
Se o propósito de Deus para com eles fosse a derrota, não ordenaria que defendessem sua posição. No entanto, muitos não conseguiram entrar na terra prometida, morreram antes. Não era isso o que Deus pretendia; as mortes ocorreram por causa da desobediência do povo.
O que é o deserto?
Chegou a hora do aperfeiçoamento do caráter, e é no deserto que isso ocorre... No deserto, parece que Deus está a milhares de quilômetros de nós e que suas promessas são ina­tingíveis. Na realidade ele está ali, bem junto de nós, pois pro­meteu que jamais nos abandonaria (Hb 13:5).
O deserto é um período em que você tem a impressão de que está andando na direção contrária a tudo que sonhou, distanciando-se cada vez mais da promessa divina. É uma fase em que você percebe que não cresce nem amadurece. De fato, parece que você está retrocedendo. A presença de Deus parece diminuir. Sente que não é amado e acha que ninguém olha para você. Mas não é bem assim.
No deserto, você recebe o "pão de cada dia", e não a "abundância de riquezas". É um tempo em que nada lhe falta para o suprimento físico e material, mas você não ganha tudo o que quer. Deus sabe do que você precisa para o suprimento espiritual, e nem sempre ele dá o que você acha que precisa!
É no deserto que o fruto do Espírito é cultivado e irri­gado. O intenso desejo de conhecer o Senhor nos leva a cami­nhar seguindo os seus passos. Paulo não tinha como objetivo de vida edificar um grande ministério; tudo o que almejava era conhecer a Jesus de forma mais íntima e, acima de tudo, agradar-lhe!
O deserto é um lugar de secura. Pode ser secura espiri­tual, financeira, social ou física. É no deserto que recebemos de Deus o "pão de cada dia", não a "abundância de riquezas". Ele supre nossas necessidades, porém não nos dá aquilo que dese­jamos. Afinal, o objetivo do deserto é o nosso aperfeiçoamen­to.
Nosso alvo deve ser conhecer melhor o Senhor, e não ape­nas viver em busca de suas provisões. Assim, quando tivermos em abundância, reconheceremos que foi o Senhor quem nos deu. Ele nos concede abundância de sua graça, para confirmar a sua aliança. (Dt 8:12-18).

Extraído de Vitória no Deserto de John Bevere

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

RESILIÊNCIA - SUPORTANDO PRESSÕES PARA SER APROVADO

"Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.” (Pv 24. 10)

Esse texto de provérbios nos faz pensar que devemos buscar ser resiliente. Nunca ouviu essa expressão? Vamos a explicação! Resiliência é uma palavra que é muito usada na física e significa a capacidade que alguns materiais têm de sofrer fortes tensões e pressões e retornar ao seu estado original. Um exemplo é o elástico ou a mola, que podem ser submetidos a fortes tensões que, mesmo assim, voltam ao seu estado original.

A sabedoria dos provérbios nos ensina que é na hora da pressão, da tensão, que conhecemos a força das pessoas. “Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.” (Pv 24. 10).

É nessas horas que somos esticados como um elástico ou pressionados como uma mola. Se somos fracos rompemos e ficamos deformados. Se somos resilientes, sofremos a tensão e retornamos ao estado original.
Muitas pessoas têm abandonado a Deus ou abandonado pessoas e coisas em sua vida só porque estão sofrendo algum tipo de tensão ou pressão. Desistem e, por isso, ficam deformadas pelo resto de suas vidas, carregando dentro de si sentimentos de fracasso e de vazio que abrem grandes feridas na alma.

Deus nos chamou para sermos resilientes. Servos de Deus mostraram fortemente essa capacidade de permanecerem inabaláveis mesmo diante de muitas tensões. Cito como exemplo o apóstolo Paulo que foi duramente perseguido e maltratado, mas no final de sua vida declarou: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.” (2Tm 4. 7).

Ele foi “esticado” e “pressionado” pela vida e pela circunstâncias, mas nunca perdeu sua fé, sempre retornou ao seu estado original, pois tinha a característica da resiliência.
Seja também um elástico ou uma mola!

Busque a característica da resiliência para a sua vida, pois pressões e tensões virão sobre todos nós em nosso dia a dia!

“Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.” (Js 1. 9)

p/ André Sanches

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O AUTOCONHECIMENTO NOS APROXIMA DE DEUS

A.W.Tozer, considerado o profeta do século XX, escreveu que pouca coisa revela tão bem o medo e a incerteza dos homens quanto ao esforço que fazem para ocultar seu verdadeiro “eu” uns dos outros e até mesmo seus próprios olhos.

Quase todos os homens vivem desde a infância até a morte por trás de uma cortina semi-opaca, saindo dela apenas rapidamente quando forçados por algum choque emocional e depois voltando o mais rápido possível ao esconderijo. O resultado desta dissimulação constante é que as pessoas raramente conhecem seus próximos como realmente são e, pior ainda, o disfarce tem tanto êxito que elas nem sequer conhecem a si mesmas.

O autoconhecimento tem tal importância em nossa busca de Deus e de sua justiça, que nos encontramos sob a obrigação de fazer imediatamente aquilo que for necessário para remover o disfarce e permitir que o nosso “eu” real seja conhecido.

Umas das supremas tragédias em religião é o fato de nos termos em tão alta conta , enquanto a evidência aponta justamente o contrário; e nossa auto admiração bloqueia eficazmente qualquer esforço possível para descobrir uma cura para nossa condição . Só o individuo que sabe que está doente é que procura o médico.

Nosso verdadeiro estado moral e espiritual só pode ser revelado pelo Espírito e pela Palavra.

A Deus pertence o juízo final do coração. Existe um sentido em que não ousamos julgar-nos uns aos outros a palavra nos diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.”(Mt 7.1-5) e no qual não devemos sequer tentar julgar-nos em (1 Co 4.3) a palavra diz: “Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo.”

O julgamento final pertence àquele cujos olhos são chama de fogo e que vê por meio das obras e pensamentos dos homens. Agrada-me deixar com ele a última palavra.

Existe, porém, um lugar para auto-análise e uma necessidade real de que seja feita “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 11.31,32).

Embora nossa autodescoberta não seja provavelmente completa e nossa auto-análise contenha elementos preconceituosos e imperfeitos, existem, porém, boas razões para que trabalhemos ao lado do Espírito em seu esforço positivo para situar-nos espiritualmente, a fim de podermos fazer as correções exigidas pelas circunstâncias.

É certo que Deus já nos conhece totalmente "SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir" (Sl 139.1-6).

Resta-nos agora conhecer a nós mesmos o melhor possível e cultivar nossa vida interior seguindo algumas simples sugestões:
O Cultivo da Vida Interior

• Retire-se do mundo todo dia para um lugar privado, ainda que este lugar seja apenas o quarto.

• Permaneça aí até que os ruídos internos comecem a acabar no seu coração e o descanso da presença de Deus o envolva.

• Desligue os sons desagradáveis e saia do seu lugar privado, determinado a não ouvi-los.

• Ouça a voz interior do Espírito até aprender a reconhecê-la.

• Pare de tentar competir com os outros.

• Entregue-se a Deus e seja você mesmo.

• Reduza seus interesses a uns poucos.

• Não procure saber coisas que não lhe são úteis.

• Aprenda a orar interiormente a todo o momento. Após algum tempo, aprenderá a fazer isso enquanto trabalha.

• Pratique a sinceridade da criança e a humildade.

• Ore pedindo olhos simples.

• Leia menos, mas leia mais aquilo que é importante para sua vida interior.

• Jamais permita que sua mente fique dispersa por muito tempo.

• Chame para casa seus pensamentos errantes.

• Contemple Cristo com os olhos da alma.

• Exercite a concentração espiritual.

Que o Senhor Jesus possa a cada dia  te ajudar no processo de autoconhecimento e assim tratar todos os traumas e feridas, para que te tornes uma pessoa total e verdadeiramente liberto. (MCJ)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

FECHE AS PORTAS DA IMAGINAÇÃO

Jesus fala de duas coisas importantes aqui. A primeira que houve um período em que a humanidade provocou a Deus e Este veio com um juízo; a segunda é que, esta mesma provocação é vivida nos dias de hoje que precederá a vinda dEle para julgar os povos.

Vamos basear nosso estudo no verso que está em (Mateus 24.37), onde fala sobre um dos pecados mais devastadores de todos os pecados da Bíblia sagrada. Mateus nos diz no verso 37:

“E como foi nos dias de Noé, assim será também na vinda do Filho do Homem” (Mt 24.37)

Agora, precisamos viajar até o tempo de Noé para saber o que aconteceu de tão importante que chamou a atenção de Jesus para o fato. Vamos até o livro de Gênesis, capítulo 6 e capítulo 8. Estes textos nos falam do pecado mais devastador dos pecados que fez com que Deus destruísse o mundo daquela época salvando-se apenas oito pessoas. Deus acabou com o mundo por causa deste pecado.

É tão sério este pecado que Deus disse que não poderia mais suportar, mais tolerar, não mais poderá contender com o homem. Talvez você possa estar pensando que é sexo, ou mesmo pornografia, mas não é isso que abalou o mundo da época. Este pecado que estamos tratando leva o homem ao sexo ilícito e a pornografia. Mas, qual é este pecado, então?

Foram dois pecados evidentes, mas apenas um foi o responsável pela destruição do mundo de Noé. (Gênesis 6) diz:

“E aconteceu que, como os homens foram se multiplicando sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, e viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si mulheres formosas de todas que escolheram, então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne, porém os seus dias serão 120 anos. Havia naqueles dias gigantes na terra e também quando os filhos de Deus entraram nas filhas dos homens e delas geraram filhos, estes eram valentes, eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama. E viu o Senhor que a maldade do homem havia se multiplicado sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos do seu coração era só má continuamente”.

Diante destes versículos podemos qual o pecado devastador que Jesus disse que era semelhante ao de Noé, quando se casavam e davam-se em casamento, e que era também um sinal da Sua Vinda. O PECADO DA IMAGINAÇÃO!

“E o Senhor cheirou o suave cheiro E disse oSenhor em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, E nem tornarei mais a ferir todo vivente como fiz “.

O que está tentando nos dizer é que Ele estava vendo um pecado sério na vida do homem, tão sério que requereu uma atitude drástica de Deus. Não podemos pensar diferente de Deus. Achar que algo não é sério quando Deus diz que é. Portanto, Deus diz que o pecado mais devastador do coração do homem é o pecado da imaginação.

É importante saber que a palavra imaginação aparece na Bíblia muito mais vezes do que a palavra amor. Imaginação tem mais variantes do que a palavra amor tem variantes. A palavra AMOR possui aproximadamente 4 ou 5 variantes,mas para a palavra imaginação a Bíblia tem 11 variantes em suas línguas originais.

E a Bíblia tem uma riqueza de textos que nos exortam a termos cuidado com este pecado em nossas vidas, o pecado da imaginação. A sociedade que vivemos vive constantemente apelando para nossa imaginação. Estamos constantemente sendo bombardeados em nossa imaginação.

DEFININDO IMAGINAÇÃO

O Dicionário Aurélio define a palavra imaginação da seguinte maneira:

“Imaginação é a faculdade que tem o espírito de reapresentar imagens e fantasias”.

Agora vejam, a palavra “fantasia” é uma palavra grega e que tem a mesma raiz da palavra “fantasma”. Quando falamos de imaginação estamos falando de uma habilidade do espírito do homem, imagens e pensamentos abstratos que são reais e verdadeiros na mente da pessoa.

Imaginação é faculdade ou habilidade de evocar imagens de objetos que já foram percebidos no espírito do homem e realizar em sua mente. Veja bem, um prédio antes de existir, já existia na mente do arquiteto, suas formas, detalhes e formas. Ele já existe antes mesmo de passar para o papel. Então, a imaginação é a arte de tornar concreto na sua mente algo que não existia antes.

Isso quer dizer que a imaginação do homem é uma força poderosa que o homem tem dentro de si! Agora, Deus fez assim! Este não é o problema!

O problema é quando satanás consegue ganhar espaço na imaginação do homem e controlá-la. Se satanás conseguir controlar a mente de uma pessoa, ele consegue a pessoa inteira. Se você é uma pessoa dominada no campo da imaginação da mente, você é uma pessoa escravizada por completo por satanás.

(Provérbios 6.16-18) diz:

“Estas seis coisas aborrece ao Senhor, e a sétima sua alma abomina. Olhos altivos, língua mentirosa, viagem,mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina pensamentos viciosos, pés que se apressam a correr para o mal, e a testemunha falsa que profere mentiras, eo que semeia contendas entre os irmãos”.

Libertar um homem das drogas é a coisa mais fácil do mundo, o difícil é libertar este homem do vício da imaginação, pois o grande apelo das drogas é o mundo da fantasia, da “viagem”, um mundo “fantasma” que não existe na vida real. A pessoa se vicia naquele mundo irreal, de cores que ele nunca viu antes, pois aquele mundo não é real, é mentira.

É na imaginação do homem que fica a escravidão. É aí onde ele fica preso nas amarras do inimigo maior de nossa alma.

ALGUMAS ÁREAS PERIGOSAS DE ESCRAVIDÃO NA IMAGINAÇÃO

1 - Fantasias eróticas – Aí está o grande problema da masturbação. É onde nós, como cristãos, condenamos e dizemos que este é um ato errado. Porque a masturbação não é somente o ato físico de se masturbar, mas o fato é que ela não existe sem a utilização da imaginação.

Masturbação não existe sem um pensamento, sem uma fantasia, sem um concatenar de uma cena, e tirar daquela cena o eroticismo que ela precisa para se realizar. É por isso que a masturbação, quando praticada, deixa a pessoa exausta fisicamente. Porque a masturbação exige da mente um exercício sobre humano, a fim de trazer na mente uma cena, uma fantasia qualquer.

O grande problema da masturbação é que a pessoa cria, na sua mente, um mundo que não existe, uma “fantasia erótica” que ele jamais vai realizar aqui na terra ou no inferno, porque aquilo, simplesmente, não existe!

Quando a pessoa é casada vai levar pro seu casamento o fracasso, porque ele ou ela vai levar para o seu leito, sua fantasia e muitas vezes querer que seu cônjuge seja igual à sua imaginação, e esta fantasia nunca irá se completar e concretizar.

A coisa é muito séria, por isso Deus disse que era sério. Quando a pessoa perde o controle desta área satanás a leva para a lama cada vez mais densa.

2- Cinema  – Este é outro meio onde as pessoas são presas às fantasias. Os filmes atraem e magnetizam as pessoas e há uma luta interior porque as pessoas ficam impressionadas com o mundo de fantasias que os filmes trazem e depois ela tem que sair da sala do cinema para a dura realidade que ela tem que enfrentar.

O mundo do trabalho, do estudo, das provas, das responsabilidades em casa, da enfermidades, em contraponto com o mundo do cinema onde as pessoas passeavam com uma Ferrari, lindas mulheres, ilhas do Caribe, dinheiro à vontade, habilidades no Kung Fu, etc. A industria do cinema, no ano passado, faturou 10 bilhões de dólares de lucro. E a maior parte deste lucro veio de rapazes e moças com a idade entre 14 e 21 anos de idade, presos pela imaginação.

3 - Música – A indústria de música estava falindo, não estava mais batendo os recordes como antigamente. Mas, alguém com a mente perspicaz, imaginou o seguinte: CASAR A MÚSICA COM A IMAGEM! Aí, apareceram os “Vídeo Clipes”. O cantor Michael Jackson gravou um Vídeo Clipe cujo investimento está em torno de $ 7 milhões de dólares.

O Clipe de maior vendagem foi o “Triller”, quando o rapaz se transformava em monstro na luz cheia e toda a cidade se transformava em monstro. Ele chegou a ganhar $ 30 mil dólares por dia com este filme. Por que? Porque a música deixou de ser algo abstrato e agora ela era representada com algo cênico, com imagens gráficas.

Com a imaginação estava sendo conquistado mais um passo. A grande tragédia hoje é que as pessoas estão presas à imaginação do seu coração e não conseguem descer à realidade, ao verdadeiro e ao real. E é assim que nossa civilização está sendo destruída. As pessoas estão como que hipnotizadas. É exatamente isso que Jesus quis dizer em (Mateus 24.37).

“…as pessoas comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento. Até o dia em que Noé entrou na arca, e não perceberam”.

As pessoas estão embriagadas com sua própria imaginação, não percebem onde estão, o que precisa ser feito, suas responsabilidades, sua contribuição à humanidade.

Nossa civilização está vivendo como se estivesse anestesiada, sem perceber que estão caminhando, a passos largos, para a destruição. A imaginação é uma coisa horrível, porque não descem da fantasia para a realidade.

Quantas jovens estão se casando hoje, não com um homem, mas com uma fantasia de um “príncipe encantado” que ela imagina na sua cabeça. Existem jovens procurando entrar em áreas da vida seguindo uma fantasia e não uma realidade, a fantasia de um mundo fácil, de dinheiro rápido que corre em sua direção, do prazer, da alegria, de um mar de rosas.

As casas lotéricas estão enriquecendo por causa da imaginação daquele que já “idealizou em sua mente” o que vai fazer com tanto dinheiro e, por causa da sua imaginação, está fazendo sua aposta logo de manhã.

A Palavra de Deus diz que: “Tudo o que é puro, verdadeiro, tudo o que é justo, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há ou algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.
 
(trechos de grande valia para estudo extraido das reflexões do Pr. Ricardo Gondin)

Que o Senhor Jesus possa providenciar-te a cura e a libertação, através do seu imenso e verdadeiro amor, deste pecado que tanto fere e tem ferido primeiramente a face de Deus e por conseguinte a você querido e amado leitor. (M.C.J)