quinta-feira, 25 de novembro de 2010

RETIRAR AS MÁSCARAS É UM ATO DE CORAGEM

A maldade do homem procede de muitas maneiras mas sempre esta contida através de seus sentidos e no falar o elemento de ligação e o mais perverso. Os olhos , os ouvidos , o tato , a escuta , o cheiro são os elementos sensoriais de ligação do homem com o mundo . Somos através dos sentidos , como o exercemos e como os captamos . (Provérbios 6; 12 a 19)

Qualquer distorção destes elementos pode gerar grandes dificuldades de avaliação do próximo e do mundo que nos rodeia. Porque todos recebem informações neurais e psicológicas internamente segundo o histórico de vida de cada um e estes são projetados, lançados fora, para o mundo.

Tudo acontece de dentro para fora num ciclo constante – dentro – fora- dentro. Por isto cada indivíduo capta uma situação, um sentimento, um objeto, um episódio, de acordo com a sua percepção sensorial, levada ao cérebro através das conexões neurais elaborando o pensamento, para o bem ou para o mal. Um mesmo fenômeno pode ser apreendido de diferentes maneiras e interpretado segundo os pensamentos que simultaneamente constroem a personalidade do indivíduo.

Se há maldade no interior, suas reações serão vistas pelo proceder do indivíduo, entretanto se há um desejo consciente de demonstrar ” boas intenções”, a máscara entra em ação.

Porque de boas intenções o mundo esta cheio. Vivemos num mundo em que as pessoas estão mascarados que tentam se mostrar Generosos, piedosos, moralistas, simpáticos, amáveis, mas seu coração esta cheio de malícia, oportunismo, complexos de inferioridade, manipulação, são os enganadores natos.

Usam capas, disfarces, escapes que sempre estão encobertando a verdade. Portanto a máscara quase sempre esconde a mentira , a identidade verdadeira da pessoa, o fato ou a circunstância que a envolve.

Dificilmente estes mecanismos são inconscientes, somente se há grande comprometimento mental ou em crianças cujo raciocínio lógico ainda não emergiu. “ seis coisas o senhor aborrece , e a sétima a sua alma abomina :olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal,testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre os irmãos.”

Podemos afirmar que nenhum homem deixou de usar algumas máscaras ao longo de sua vida. Por medo, insegurança, orgulho, sejam quais forem os motivos elas garantem uma certa estabilidade. Não fomos preparados para sermos transparentes em função deste mundo tão ameaçador, o homem tenta se proteger através delas.

O perigo maior é fazer delas uso comum e constante tornando-as mecanismos neuróticos de sobrevivência.

É preciso visão profunda da alma humana, percepção apurada para sentir imediatamente quando alguém esta tentando se equilibrar nelas e muitas vezes trocando de contínuo para não ser pego. Diante de um profissional experimentado ou de pessoas que tenham sensibilidade no espirito, logo elas caem, as vezes nas horas mais inesperadas deixando o sujeito totalmente constrangido e desnudo.

Neste caso preferem ficar em silêncio o que também é uma máscara, no mutismo escondem o real sentido do que pensam. Outras vezes, simplesmente desmontam.

A máscara proclama a mentira ou esconde a verdade !

Algumas máscara são usadas ainda hoje e são vistas ao longo das escrituras, por isto mesmo são comuns desde o princípio da humanidade.

1) a máscara da piedade

O apóstolo Paulo, ensinando sobre a doutrina da nova aliança , diz que devemos ser ousados em vez de agir como moisés que pôs um véu sobre a face para que as pessoas não atentassem para a glória desvanecia em seu rosto. Quando moisés subiu o monte sinai para receber as tábuas da lei, ao regressar , seu rosto brilhava.

As pessoas não podiam olhar para ele. Então, ele colocou um véu em sua face para que as pessoas pudessem se aproximar e falar com ele. Mas houve um momento em que moisés percebeu que a glória estava acabando.

Ele não precisava mais usar aquele véu, porém não o tirou. Talvez tentando impressionar pessoas com seu privilégio, com a honra que o senhor lhe propiciou. Muitos cristãos tentam apresentar uma espiritualidade que não possuem. Querem se mostrar mais piedosos do que são em realidade.

2) a máscara da autoconfiança

O apóstolo Pedro era um homem impulsivo . Falava para depois pensar. Quando Jesus declarou que seus discípulos iriam se dispersar, duvidar, Pedro foi logo dizendo que ainda que todos o abandonassem, ele jamais o faria. Estava pronto para ir para prisão ou até mesmo morrer por Ele.

Pedro julgou-se forte porém naquela mesma noite dormiu, quando Jesus pediu para ele vigiar abandonou a Jesus e juntou-se na roda dos escarnecedores negando-o. A máscara da auto confiança caiu quando Jesus olhou para ele. Então, Pedro caiu em si, se vergou e chorou.

3) a máscara do legalismo

Um legalista é crítico, inflexível mas magnânimo consigo, ele enxerga um cisco no olho do outro mas não tira a trave de do seu, vive de aparências, não se expõe. Os fariseus eram legalistas, fiscalizavam a vida alheia mas não cuidavam de sua intimidade com Deus.

Jesus os comparou com sepulcros caiados, limpos por fora, mas mofados por dentro, eram hipócritas, apenas representavam uma fé religiosa. A vida cristã é uma contínua remoção das máscaras. Como pessoas bem ajustadas, retirar as mascaras é um ato de coragem pela busca da coerência e transparência para vivermos libertos.

CONCLUSÃO

O espírito precisa ter liberdade em nosso ser para remover os entulhos, as pedras, os espinhos para sermos transformados de glória em glória até atingirmos a estatura de Cristo , o varão perfeito na eternidade.

Heloisa Mitke

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CUIDADO !!! A INSEGURANÇA PODE TE PARALISAR

A insegurança traz como características psicológicas, os mais variados tipos de medo, como o de amar, o da mudança, o de cometer erros, o da solidão, o de se pronunciar e o de se desobrigar. O inseguro não confia em seu valor pessoal, não acredita em suas habilidades e desconfia das suas possibilidades em enfrentar as ocorrências da vida, o que o leva a uma fatal tendência em se apoiar nos outros.

Por não compreender bem sua capacidade interior, apega-se na afeição do cônjuge, nos filhos, outros parentes e amigos e assim, acaba dependendo dessas pessoas para viver. Ao invés do amor, é exatamente a sua insegurança, a fonte principal que o une a outras pessoas, por isto, controla e vigia em razão das dúvidas que tem sobre si mesmo.

O inseguro por saber que não pode controlar os atos e atitudes das outras pessoas, cria então grandes dificuldades em seu relacionamento, gerando conseqüentemente maiores barreiras e cobranças entre eles.

A hesitação o torna uma pessoa incapaz de se sentir bastante firme para agir. Nunca possui certeza suficiente e quer sempre mais se certificar das coisas. É excessivamente cauteloso e vigilante, está em constante sobreaviso e desconfiança de tudo e de todos. Tem medo das conseqüências futuras que seus atos possam criar.

Ele desenvolve muitas vezes uma devoção mórbida em relação as causas e aos ideais, ou se associa a um parceiro forte e dinâmico para compensar a sua forte necessidade de apoio, consideração e segurança.

No primeiro caso, ele pode assumir diante do mundo a posição de crente exaltado, querendo convencer a todos de uma verdade que ele mesmo não acredita.

No segundo caso, busca alguém que corresponda ao modelo dos seus pais, para que novamente venha a ter a autoridade, decisão e firmeza que ele encontrava em seus pais quando criança.

Muitos ainda buscam refugio numa atividade intelectual e se colocam, por exemplo, na posição de autoridade literária, isto como uma estratégia emocional, a fim de estimular em torno de si, uma atmosfera de “bem informado” e portanto, grandiosos e seguros.

Angústias morais podem ser entendidas como a fragilidade em que se encontra a criatura insegura, a sensação de mal estar que ela sente por acreditar que está sempre sendo observada e julgada e também pela constante situação mental de ser vulnerável perante o mundo.

Os inseguros não se expressam de modo direto, claro e honesto. Escondem defesas aos seus direitos pessoais por medo e evitam encontros ou situações me que precisam expor suas crenças, sentimentos e idéias.

O título de “Senhor de si Mesmo” poderá definir bem a segurança e firmeza de Jesus Cristo. Suas palavras seja porém o vosso falar, "sim sim não não”, ainda hoje ressoam convidando a todas criaturas à autonomia espiritual. Realmente o comportamento do Mestre e a sua significativa liberdade de expressão revelavam: franqueza em dizer o que pensava, segurança de olhar, ouvir e convidar qualquer um, independência de exprimir seus sentimentos com absoluta transparência, liberdade de pedir o que quisesse, coragem de correr riscos para concretizar tudo aquilo em que acreditava.

Essas alegrias, o inseguro não sente. Seguindo porém os passos de Jesus, Nosso Salvador e Senhor, a humanidade alcançará a estabilidade e serenidade interior que busca a tantos séculos.

Comentando agora num breve resumo, diríamos que desejar o amor, a consideração ou mesmo procurar por segurança, é algo natural e válido. Para que possamos crescer temos que assumir erros, ter auto estima, assumir nossos atos e acima de tudo aceitar aos outros.

Nós não podemos ter insegurança ao ponto de nos precipitarmos por excesso de confiança, porque podemos avançar nos nossos limites. Cada um tem o seu limite. Há também o aspecto de que quando pessoas de nossa afeição buscam a outras afeições ou tomam outros rumos, temos que entender e não perdermos a nossa estabilidade, porque cada um tem sua vida, seus desejos e necessidades.

Existem pessoas que passam por situações até vexatórias porque abdicam de seus objetivos e vocações mais intimas e nutrem uma carência excessiva e aí deixa que a parte fragilizada fale mais alto.

Acontece muito que uma pessoa se entrega totalmente a outra mas com o passar do tempo fica desestimulada, incomodada com o relacionamento e ressentida com a outra porque nem tudo é da maneira como se pensava. Nem todos cedem totalmente ou renuncia seus direitos de liberdade e para o inseguro que depositou tudo em seu parceiro, isto é terrível.

A intensa motivação que invade as pessoas para serem amadas e queridas a qualquer preço, nasce sempre da dúvida intima sobre si mesmos, pois são pessoas que, raramente, podem se realizar na vida sem se pendurar no que chamam de um grande amor. A insegurança é tal que transforma a necessidade de amar em uma necessidade doentia de satisfação e que só se alcança através do amor possessivo.

Se o individuo não buscar em Cristo a liberdade de seus sentimentos, ele não encontrará a forma correta de amar. Será hipócrita inconscientemente, sem saber e em razão disto poderá usar uma “máscara de bonzinho” como meio de seduzir, conquistar ou conseguir disfarçar a enorme incerteza que carrega, mas de tempos em tempos ele mostra de modo claro a sua insatisfação interior quando explode numa raiva inesperada contra aquele a quem ele ama.

Tudo fica então limitado porque nunca se sabe o quanto a sua bondade vai suportar uma opinião contrária ou a algo que lhe desagrade.

SEGURANÇA EM CRISTO

Conta-se uma história de que certa vez os passageiros de um navio a vapor, navegando pelo rio St. Lawrence, ficaram muito zangados porque, apesar de uma pesada névoa estar cercando o barco, ele era mantido a plena velocidade.

Por fim, foram até o imediato e reclamaram com veemência.

“Oh ,não tenham medo!" respondeu sorridente o imediato.
“A névoa se encontra na parte baixa e o capitão está acima dela, vendo para onde estamos indo”.

" Você se sente tentado a reclamar do modo que o Grande Capitão está lhe conduzindo? Creia que Ele pode ver o fim do caminho. Declare, então: "Só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança."

Muitas vezes nos sentimos intranqüilos enquanto caminhamos pelas estradas deste mundo.
Damos um passo para a frente, outro para trás, e a névoa das incertezas não permite que nos sintamos seguros em nossa caminhada diária.

O temor de não conseguir chegar ao nosso trajeto final, não permite que sejamos ousados na busca de nossos sonhos e a frustração causada pelo desânimo de alguns fracassos amarguram nosso coração e impedem que sejamos plenamente felizes.

A melhor decisão a tomar para evitar que o nevoeiro do pessimismo nos envolva é embarcar no navio das bênçãos de Deus e descansar, confiando firmemente, que o Grande Capitão nos conduzirá em segurança até a vitória almejada.

Você já experimentou alguma sensação de medo em relação ao que poderá encontrar pela frente enquanto busca seus ideais?

Abra o coração para o Senhor Jesus Cristo, creia que Ele será um companheiro inseparável em todos os passos dados, e declare com a confiança dos vencedores: Senhor, contigo no barco de minha vida a segurança é total.

Certamente, você chegará em segurança AO SEU PORTO DESEJADO.
(Salmos 107:28-31)...Então clamam ao SENHOR na sua angústia; e ele os livra das suas dificuldades.
(V.29)...Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas.
(V.30)...Então se alegram, porque se aquietaram; assim os leva ao seu porto desejado.
(V.31)...Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens.
Que o Senhor Jesus te abençoe a cada dia e te proporcione total segurança e felicidade, pois longe de Seus caminhos a vida se torna completamente sem perspectivas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

NOSSAS MULETAS PRECISAM SER TIRADAS

“No dia seguinte um espírito maligno da parte de Deus se apoderou de Saul. Ele começou a profetizar em casa (que teve uma crise de raiva em casa – RA), enquanto Davi tocava a harpa como nos outros dias. Saul trazia na mão uma lança, e a atirou, dizendo para si mesmo: Encravarei a Davi na parede.” (1 Samuel 18:10,11)

Observem o que aconteceu com Saul, que era o rei de Israel. Um espírito maligno da parte de Deus, ou seja, sob a ordem de Deus, com a autorização de Deus (lembre-se de Jó), se apoderou de Saul e começou a profetizar pela casa.

Vejam como nada escapa do controle de Deus, até nos dias de hoje, vemos os videntes trazendo profecias que se cumprem, espantando até os crentes que não sabem como explicar. É o Senhor Deus soberano que libera a ação do diabo, nas vidas de pessoas que trazem as previsões para a condenação para si e para muitos, ou até mesmo, a salvação para alguns que com temor, buscam a Deus.

Neste caso de Saul, era a condenação dele próprio e o livramento de Davi daquele atentado contra a sua vida. Mas outro fato interessante sobre Saul, nos versos 7 a 9 que quero ressaltar, está na expressão do verso 8:
“Então Saul se indignou muito…”. a palavra “indignou”, no original hebraico é “charah”, que quer dizer literalmente “inflamou”. Neste sentido, o texto está dizendo que Saul se queimava por dentro, de tanta raiva, “pois estas palavras lhe desagradaram muito”.

À medida que o medo e a preocupação se intensificaram, Saul se tornou “paranóico”: “Na verdade o que lhe falta, senão o reino?”

Este estado de demência e ira, se intensificou, como vimos nos versos 10 e 11. Aqui temos um Saul, infeliz, possuído de um espírito maligno, mentalmente pessimista, um homem desconfiado, enfurecido e invejoso. Em conseqüência, ele voltou-se contra Davi, o servo mais honrado e digno de confiança do seu acampamento.

Pare um pouco e pense na situação de Davi, na pressão que se avolumava. É provável que poucos ou ninguém tenha ameaçado de morte, ou menos ainda, uma arma tenha sido usada contra você tentando matá-lo.

No entanto, no verso 12, diz que: “Saul temia a Davi…”. não é curioso? Que as mesmas pessoas que nos perseguem, são aquelas que nos temem?

Vs. 14 e 15: “Davi se saía muito bem em todas as suas expedições, porque o Senhor era com ele. Vendo, então, Saul que ele era sempre bem sucedido, tinha receio dele”.

Davi não cometera nenhum erro, ele era um modelo de humildade, confiabilidade e integridade. Agira corretamente, mas no momento tudo estava dando errado. A partir daí, Deus começa a tirar todas as muletas da vida de Davi. Mas que muletas são essas na
vida de Davi? Afinal Davi era um homem segundo o coração de Deus!

Realmente Davi era tudo isso, você ficaria surpreso se soubesse que se escreveu mais a respeito de Davi do que qualquer outro personagem bíblico! Não se pode incluir o Senhor Jesus, primeiro porque Ele não foi um personagem bíblico, porque Ele era e é a própria Bíblia, segundo, exatamente pela primeira razão, Jesus estava descrito desde o primeiro capítulo até o último capítulo nas Escrituras.

Cerca de (900) referências foram dedicados à vida de Davi, enquanto à Elias (96); Abraão (233); José (244); Jacó (353), e à Moisés (792).

Isso é significativo pelo seguinte: da descendência de Davi viria o Senhor Jesus, ele era um tipo de Cristo, pois era a figura do maior de todos os reis, cujo reino sobrepujará todo e qualquer reino que jamais existiu. O reinado de Davi, foi o melhor e mais próspero que se tem conhecimento na história.

No entanto, Davi não estava pronto, ele tinha que ser aperfeiçoado no seu caráter e no seu relacionamento com Deus, por isso ele passou pelas provas mais difíceis que qualquer homem poderia pensar.

Em (1 Samuel 19: 9,10), vemos que se repete o mesmo que no capítulo anterior, lido antes, mas agora um fato novo acontece: “… então Davi fugiu, e escapou naquela mesma noite”. Isso se torna um padrão na vida de Davi, um meio de sobrevivência.

O Senhor, então, começa a tratar com Davi, e lhe tira a sua primeira muleta:

UMA BOA POSIÇÃO DIANTE DE TODOS”, ele entrara no exército e provara ser um bom soldado, fiel e heróico. Mas agora, tudo isso desaparece ao sibilar de uma lança. Ele nunca mais servirá no exército do rei Saul.

Segunda muleta: A ESPÔSA DE DAVI. A filha prometida por Saul, para aquele que derrotasse os filisteus, 1 Sm. 18:20,21. Mas a intenção de Saul não era legítima e esperava que Davi fosse morto.

Depois de Davi ter fugido de Saul, voltou para a sua esposa: (1 Sm. 19:11,12). Davi é um fugitivo, tentando se livrar da morte, e Mical tenta enganar seu pai a fim de livrar Davi de ser morto. No vs. 17, vemos como Mical mente para Saul, para deliberadamente afastar-se de Davi. Nunca mais Mical e Davi se entenderam, nunca mais houve harmonia entre eles.

Terceira muleta: Davi perde o APOIO E A SEGURANÇA DO PROFETA SAMUEL. (1 Sm. 19:18; 20:1), aos poucos Davi vai perdendo todos os seus apoios: Sua posição na corte do rei e no exército; Sua esposa; e agora Samuel.

Davi então procura outro apoio: o seu amigo mais chegado, Jonatas, filho de Saul. (1 Sm. 20:1,2). Uma declaração de Davi é impressionante: (1 Sm. 20:3) – ele declara que está a um passo da morte. A morte o perseguia de perto.

Mas numa troca de palavras entre Davi e Jonatas, chegou-se ao momento da verdade: (1 Sm. 20:42) – nessa hora Davi perde a sua quarta muleta: SEU AMIGO JONATAS.

Por fim o golpe final, a quinta muleta: Davi perde SEU AMOR PRÓPRIO.

(1 Sm. 21:10), Davi foge para Gate. Mas o que tem Gate de especial? Gate era a cidade onde nasceu e viveu Golias, o defensor dos Filisteus e o grande inimigo que desprezou a Deus. Ali estava Davi, procurando ajuda do Rei dos Filisteus, com uma conduta de um homem desesperado. (1 Sm. 21:11-13).

Mas Davi também foi expulso do acampamento e não pôde sequer encontrar alívio ali. Quando cada uma das nossas muletas é tirada de nós, a nossa vida começa a balançar. As nossas muletas tem a função de nos afastar de Deus, é um substituto de Deus.

Porque enquanto estivermos nos apoiando em: nossa capacidade, nossa família, em nossas amizades, nosso emprego, nossa igreja, nosso pastor, e não estivermos nos apoiando unicamente em Deus Pai, irá parecer que tudo está bem, no entanto, quando menos esperamos poderemos ter uma triste surpresa: estaremos sós, e sem o apoio de ninguém.

Jamais devemos nos esquecer, que fora Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, tudo o mais: família, amigos, igreja, pastor, eu mesmo, tudo falha. Tudo é passível de erros, de falhas que só o arrependimento e o perdão poderão restaurar.

(Deuteronômio 33:27), diz: “O Deus eterno é a tua habitação, e teu apoio são os braços eternos. Ele expulsa o inimigo de diante de ti, e diz: Destrói-o”.

(Isaías 41:10), também diz: “Não temas, pois Eu sou contigo; não te assombres, pois Eu sou teu Deus. Eu te fortalecerei, e te ajudarei; eu te sustentarei com a destra da minha justiça.”

Finalmente Davi reconhece a sua total dependência do Senhor Deus, e como podemos ver no (capítulo 23 de 1 Samuel), ele passa a buscar à Deus para todas as coisas e esperar nEle o auxílio e o sustento.

Somente um homem experimentado e provado e que realmente conhece o seu Deus, e sobre Ele é capaz de depositar todas as suas expectativas e necessidades, é capaz também de escrever os Salmos mais lindos como por exemplo: (Salmo 23).


CONCLUSÃO

Que possamos compreender finalmente, que tudo o que trazemos de nossos conceitos, de nossa própria experiência, de nossa própria capacidade, de nosso próprio esforço, não passa de trapo de imundícia, e que tudo o que o Senhor quer para nós, é nos restaurar, é uma total novidade de vida.

É vivermos nossa vida aqui neste mundo ao sabor do vento de Deus, conscientes, que tudo o que Ele tem para nos oferecer, é infinitamente melhor do que qualquer coisa que nossa finita mente possa imaginar.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

QUEBRANDO LAÇOS DA ALMA

Laços de Alma são prisões em que nossa alma se estabelece com outras pessoas ou até mesmo objeto, ou ações. São uniões, que na maioria dos casos ocorre fora dos laços da Palavra de Deus.

Uniões são alianças, e alianças são conforme o Dic.: “s. f.

1. Ato ou efeito de aliar(-se).

2. Acordo, pacto (Ajuste, contrato, convenção entre duas ou mais pessoas).

3. União pelo casamento.”

Alianças representam pactos, que são associações mútuas, de perdas ou ganhos entre as partes envolvidas. Tudo o que é de alguém passa a ser de outrem. Tomemos como base (Gn 2:24) onde a palavra diz: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”

Somos como árvores plantadas pelo Senhor na terra crescemos e damos frutos – que são os resultados alcançados nas diversas áreas de nossa vida seja ela profissional, familiar, espiritual e ministerial. Uma árvore doente produz frutos deficientes. Alguns jovens já estão tão machucados!

São como árvores cujas folhas foram arrancadas pelas aves, aves estas (que simbolizam os demônios, que vem para atacar a vida sentimental das pessoas). Para que a pessoa se recupere e consiga de volta a saúde emocional necessária para poder se relacionar de forma santa e verdadeira, é preciso um posicionamento, destruindo assim todas as cadeias e mentiras que foram lançadas por satanás em sua mente no decorrer de sua vida.

Infelizmente satanás usa até as pessoas de quem gostamos ou a quem amamos para nos machucar. Muitas árvores tiveram o seu tronco completamente dilacerado pelas machadadas da rejeição, do abandono e da mágoa. Somente a água viva do Espírito Santo pode curar essas feridas, levando novamente essa árvore a dar bons frutos.

Não precisamos mais viver uma vida presa ao passado, pois o sangue de Jesus já nos lavou, e nEle somos novas criaturas. Ter essa revelação é a chave para a cura e a libertação de uma alma doente. E, uma vez curados, não devemos deixar que temores e medos venham e roubem a bênção de Deus para nossas vidas.

Ao sermos curados, devemos crer que fomos restaurados e que estamos prontos para viver o relacionamento que Deus preparou para nossas vidas. A Bíblia diz, em (I Tessalonicenses 5:23), que somos espírito, possuímos uma alma e habitamos num corpo.

Nosso espírito, ao nascermos de novo em Cristo Jesus, foi recriado; nosso corpo será glorificado futuramente; mas a nossa alma necessita ser transformada a cada dia. Essa verdade o próprio Deus nos ensina no (Salmo 19:7): onde diz: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma...”.

Deus planejou coisas maravilhosas para cada um dos Seus filhos, Ele quer que desfrutemos, cada um de nós, de casamentos cheios de amor, paz e da Sua presença, sem medos e receios. Mas, para que esse casamento dos sonhos de Deus para nós aconteça, é preciso que sejam lançadas fora da nossa vida as amarras de satanás que ligam nossa alma ao passado.

O diabo sempre vai querer nos acusar. Ele busca roubar o melhor de Deus para nós, nos lembrando do passado. E infelizmente nós mesmos deixamos brechas abertas para o inimigo agir em nossas vidas, ao criarmos os laços de alma, qual seja, vínculos fortes existentes entre duas ou mais pessoas, gerados a partir de um relacionamento sexual ou não.

A união entre homem e mulher é um mandamento de Deus. A Palavra de Deus, em (Gênesis 2:24) e (Efésios 5:31) diz a mesma coisa: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Como Igreja, um dia também estaremos nos unindo definitivamente com o Senhor.

Todavia, ao nos envolvermos emocional ou sexualmente com uma pessoa, ficamos presos a esse parceiro. Muitas pessoas, mesmo muito tempo após o término de um relacionamento, não conseguem esquecer o outro, e alimentam durante muito tempo uma relação que já não mais existe, mas que ficou marcada em sua alma.

Há casos de pessoas que, até mesmo após se casarem, continuam sendo atacadas na mente com pensamentos demoníacos sobre os relacionamentos passados com ex-namorados ou pessoas com quem tiveram algum envolvimento sexual. Esses pensamentos freqüentemente aparecem ligados a sentimentos saudosistas.

Em alguns momentos, esses ataques são tão agressivos, que geram crises no casamento, muitas vezes podendo levar até à separação do casal; o que obviamente não é a vontade de Deus. Cada vez que nos envolvemos com alguém, entregando o nosso coração ou o nosso corpo, ficamos presos àquela pessoa, deixando pedacinhos da nossa alma com ela e levando pedacinhos dela conosco.

Usando um exemplo que já foi dado em outras ocasiões, o casal pode ser comparado a duas folhas de papel coladas uma na outra. Ao puxarmos essas folhas, tentando despregá-las, elas sairão rasgadas, faltando pedaços. Ao nos relacionarmos sexualmente com alguém, abrimos nessa relação um grande canal para a transferência de demônios. Muitos vivem em seus casamentos uma vida de opressão e não sabem a causa, que quase sempre tem início em uma relação sexual fora do propósito de Deus.

Outra conseqüência terrível desses laços na alma das pessoas é a frigidez sexual no casamento. O mesmo demônio que atuava na hora da fornicação atuará posteriormente no casamento, mas desta vez retirando a atração e o prazer do cônjuge para com o seu parceiro.

Alguns sentem completo pavor da relação sexual com o cônjuge, devido a experiências terríveis vividas anteriormente, na fornicação. No livro de (Nm 33:51-53) a palavra diz:

“Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: ‘Quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã, lançareis fora todos os habitantes da terra de diante de vós, e destruireis todas as suas pedras em que há figuras; também destruireis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos; e tomareis a terra em possessão, e nela habitareis; porquanto a vós vos tenho dado esta terra para a possuirdes.’”

Hoje em dia, um grande número de pessoas tem sido alcançado pelo Evangelho do amor de Deus. Percebemos que muitos têm sido tirados do Egito, mas ainda assim vivem uma vida de deserto emocional, não chegaram a provar da Canaã emocional porque permanecem presos aos laços de alma do passado.

Para entrar na “Terra Prometida”, é preciso expulsar os antigos moradores do nosso coração. Essa foi uma ordem dada pelo próprio Deus aos israelitas quando foram tomar posse da terra de Canaã . Não há como misturar coisas novas em um espaço cheio de coisas velhas. Sua nova vida em Cristo requer um coração limpo, purificado.

Os “antigos moradores” têm que sair, bem como quaisquer objetos (cartas, presentes, fotos e outros) que estão ligados a eles. Tem que ser algo realmente radical! Não devemos perder o nosso tempo alimentando uma idéia romântica (mas errônea): “Estou orando para que a pessoa tal se converta... e então nós nos casaremos”.

Esse tipo de atitude, por mais linda que pareça, acaba sendo um laço do inimigo que nos levará ao pecado novamente. A Bíblia menciona no texto referente ídolos de metal e pedra. Estes ídolos apontam para algo fortificado, arraigado, que está na terra há muito tempo. E muitas vezes o jovem se converte, tem a vida transformada, mas traz ainda em seu coração pessoas que se tornaram objeto de idolatria: preferem estar com esses ídolos em seu coração do que agradar a Deus.

É imprescindível ter atenção para o que diz o (versículo 55 de Números 33), quando Deus alerta o povo sobre as conseqüências de não expulsarem os antigos moradores de Canaã: “Porém, se não desapossardes de diante de vós os moradores da terra, então, os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinhos nos vossos olhos e como aguilhões nas vossas ilhargas e vos perturbarão na terra em que habitardes.”

Por causa da negligência em terminar radicalmente os relacionamentos passados, e as fantasias e sonhos errôneos que os cercam, muitos não conseguem viver um casamento bem- sucedido e são constantemente atacados pelo passado. Estão casados, mas comparam os seus cônjuges com antigos parceiros e vivem com a alma aprisionada, com receio de serem traídos ou trocados.

Em (Mateus 18:23-35), temos a história do credor incompassivo - que pode ser chamada de “parábola do perdão”. Um senhor perdoa a dívida de seu servo, e este, saindo pela rua, encontra um conservo seu que lhe devia, e se exalta contra ele, não o perdoando. O fato chega ao conhecimento do seu senhor, que se indigna contra aquele a quem tinha perdoado, lançando-o aos algozes até que fosse paga a dívida.

A falta de perdão é uma das mais fortes cadeias que podem prender um homem ou uma mulher, impedindo-os de receber o melhor de Deus. Assim como não conseguíamos pagar a nossa dívida com Deus - e foi necessário que Jesus a pagasse por nós, também devemos tomar a decisão inquestionável de perdoar, sem esperar nada em troca, todos aqueles que um dia nos feriram, quebrando completamente as cadeias de alma criadas e fechando as brechas que o inimigo tem achado abertas para atuar em nossas vidas.

Somente assim entraremos e possuiremos a Canaã emocional que Deus tem para cada um de nós. Há uma parte prática querido que pode ser feita por você agora mesmo: ore e peça a Deus para lhe lembrar das pessoas que se tornaram laços de alma para você; principalmente as que o machucaram emocionalmente, que feriram a sua alma, independentemente de envolvimento sexual; ou mesmo ainda que tenha havido um envolvimento.

CONCLUSÃO

Por fim, ore reafirmando e refazendo sua aliança com Deus e seu propósito de viver o plano de Deus para sua vida emocional. Se houver qualquer dificuldade ou impedimento em tomar essa atitude, procure uma pessoa com maturidade em Deus na sua igreja, para ajudá-lo nessa tarefa. Não desista! Deus tem o melhor pra sua vida! Ele sonhou com um relacionamento emocional maravilhoso para você!