terça-feira, 29 de junho de 2010

ADVERSIDADES - DISCIPLINA DE DEUS

“O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento.” (Prov. 15:32).

Quando o fogo cai sobre a madeira, a destrói; quando cai sobre o ouro, o purifica. O fogo é símbolo da disciplina divina, das provações e adversidades que aparecem na vida. Precisamos entender que a disciplina divina não é como o castigo humano. Nada que traz dor, lágrimas e tristeza nasce na mente divina. Deus só é o autor de coisas boas.


Se eu rejeitar a disciplina, coloco-me numa estrada perigosa. “Menospreza a sua alma”, adverte Salomão. Nada acontece neste mundo sem a permissão divina e, se Ele permite que a adversidade bata à porta do coração, é porque deseja que escrevamos capítulos mais brilhantes de nossa própria história. Teologicamente, a adversidade chega na vida do filho de Deus porque o Senhor quer despertá-lo para o perigo que se aproxima.

O verbo hebraico ma’as que Salomão usa, e que é traduzido como “rejeita”, em português, significa literalmente sentir-se revoltado, incomodado, não estar de acordo. Não é assim que nos sentimos cada vez que as coisas não saem como queremos? E, no entanto, essa aparente adversidade é o instrumento que Deus usa para livrar-nos de tragédias maiores.

Se aceitamos a prosperidade e a alegria, dons preciosos de Deus para fazer-nos felizes, não deveríamos também aceitar que o Senhor nos acorde para a realidade, quando a nossa humanidade nos leva a adormecer no volante das circunstâncias favoráveis?

Nenhuma dor é permanente. Nenhuma adversidade dura para sempre. Não para os filhos de Deus. Porque o objetivo não é destruir, e sim educar e edificar. A dor que você vive neste momento é passageira. Amanhã será um novo dia. O sol brilhará de novo e você terá crescido na sua maneira de ver a vida. Atenda à repreensão com humildade.

Por isso, hoje, mesmo que as coisas não estejam todas cor-de-rosa, mesmo que no céu haja nuvens ameaçadoras, vale a pena lembrar-se do conselho divino: “O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento.”

Em nosso viver sempre enfrentamos situações aflitivas e nessas circunstâncias esperamos uma ajuda, uma bênção divina. Quase sempre a esperamos na forma de um milagre, algo estrondoso, algo maravilhoso, nunca visto. No entanto, precisamos estar de coração aberto, pois Deus pode nos abençoar de muitas maneiras e usando pessoas. Quantas vezes quando a adversidade parece-nos uma tragédia, no meio do nosso sofrimento Deus usa alguém para nos mostrar o seu amor.

Deus pode usar para nos abençoar pessoas às quais nunca demos atenção e que, orgulhosamente, julgávamos insignificantes, sem cultura, sem nada para nos oferecer como ajuda.

A Bíblia narra um acontecimento assim

Naamã, general comandante do exército da Síria, muito respeitado pelo rei porque havia vencido uma guerra muito importante, ficou leproso. Àquela época essa doença não tinha cura, pois não havia remédio para ela e era cercada de preconceitos. A doença veio de repente e se abateu sobre Naamã e sua família como uma tragédia. Um homem de ação estava com uma doença que aos poucos iria impondo-lhe muitos limites.

Na casa do general Naamã vivia uma menina israelita, que havia sido levada como escrava quando o exército comandando pelo general invadira Israel. A menina estava servindo a esposa de Naamã. Ao saber que o seu senhor (dono) estava doente não pensou que ele estava pagando todo o mal que fizera a ela e a seu povo. Quanto sofrimento aquela menina deve ter enfrentando longe da sua família e do seu povo...

A menina escrava havia experimentado a dor e a aflição e se mostra sensível ao sofrimento do general. Não pensa em vingança, mas oferece aquilo que tem: seu conhecimento. Ninguém pedira coisa alguma à menina-escrava, pois ela era tão insignificante diante do general e do seu gravíssimo problema. Mas, movida por compaixão, ela tem uma atitude amiga: ela diz à sua senhora que na terra de Israel, naquela época, havia um profeta de Deus, que podia curar o general.

Naamã não pensou duas vezes. Ao saber dessa possibilidade foi imediatamente ao rei que lhe deu uma carta para o rei de Israel e lhe deu um rico presente para o rei e para o profeta de Deus.
A carta do rei da Síria era atrevida, pois se dirigia a um rei vassalo e exigia que ele curasse o general. O rei de Israel foi tomado de pavor, pois sabia que não podia curar o general, então supôs que isso fosse uma estratégia para a Síria invadir o seu país e destroná-lo.

A notícia do pavor do rei se espalhou pelo país e chegou até Eliseu, o profeta de Deus, que mandou um recado ao rei dizendo para mandar o general ao seu encontro.
O general chegou à casa de Eliseu com muitos homens a cavalo e ele numa bela carruagem. Eliseu nem foi lá recebê-lo. Mandou um mensageiro dizer ao general o que ele deveria fazer para ficar curado.

O profeta Eliseu não mandou o general fazer nada de complicado nem difícil. Mandou-o mergulhar sete vezes no rio Jordão. Diante da audácia do profeta, o general ficou indignado, pois afinal ele era um homem muito importante e devia ser recebido pessoalmente pelo profeta, que por certo, esperava ele, passaria a mão sobre os lugares onde a doença já se manifestava, invocaria a Deus e aí o milagre aconteceria.
No entanto, o profeta não aparecera e lhe mandara fazer uma coisa boba. Era fácil de mais. Os soldados que acompanhavam o general lhe disseram que se o profeta houvesse mandado fazer algo difícil, o general faria, então o que custava fazer aquilo que era tão fácil. Quando Naamã fez o que lhe fora mandado, ficou curado.

CONCLUSÃO
Muitas vezes as bênçãos de Deus vêm a nós através de coisas simples, e que não reconhecemos porque queremos as difíceis e complicadas. Nem sempre Deus tem a bênção da cura para as nossas doenças e para as doenças dos nossos queridos, mas ele sempre tem uma bênção para nós.
Ele tem a bênção da paciência. Ele tem a bênção da comunhão com ele. A bênção do cuidado dos parentes e amigos. A bênção da oração. A bênção do consolo que só ele pode dar.
É certo que Deus não nos desampara na adversidade, mas precisamos ser sensíveis para receber a bênção que ele quer nos dar, pelos canais que ele quiser usar.


sexta-feira, 25 de junho de 2010

VINDE A MIM E EU VOS ALIVIAREI

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mt. 11.28,29)

Tiago nos faz uma pergunta deveras interessante: “De onde veem as guerras e conflitos entre vós? Porventura não veem disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes; sois invejosos, e cobiçosos, e não podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedís. Pedís, e não recebeis, porque pedís mal, para o gastardes em vossos deleites”, (Tg. 4.1-3).

A pergunta de Tiago apresenta um contraste com a proposta do Senhor Jesus. Jesus faz um convite e uma promessa: “Vinde a mim.... eu vos aliviarei... e encontrareis descanso para as vossas almas.” Por outro lado Tiago identifica a raiz dos problemas, discussões, das guerras internas e externas quando diz que os conflitos e as guerras procedem “dos vossos deleites, que os vossos membros guerreiam... Pedís e não recebeis porque pedís mal, para o gastardes em vossos deleites.”

O objetivo deste texto é ajudar a identificar a fonte de todo o stresse, abatimento, fadiga e os mais variados problemas causados pelas “janelas da alma” que contaminam todo o curso da vida do ser humano com a finalidade de destruí-lo completamente.

O Senhor Jesus hoje te chama para assentar no Seu divã, confiar nEle e receber a cura para a sua alma. O médico cuida do corpo, o psicólogo cuida da alma (sentimentos) e Jesus, O médico dos médicos, cuida tanto do corpo, alimenta o espírito e dá a cura para a alma.

O Senhor Jesus te convida a descansar em Seus braços, a vir a Ele, receber o Seu diagnóstico e a terapia divina em vossas almas.


Veja como se inicia o tratamento com o Dr. Jesus:


1. Tomar o Jugo de Jesus – “tomai sobre vós o meu jugo...”

Significa andar com Jesus diariamente, significa estar ligado, conectado em Jesus, anular a sua vontade e viver debaixo do seu senhorio, estar ligado ao Senhor Jesus assim como o galho de árvore está ligado ao tronco. (Jo. 15.1-5).


2. Aprender de Jesus – “...e aprendei de mim...”

A primeira escola da vida é o nosso lar, onde aprendemos com os nossos pais (coisas boas ou ruins), depois aprendemos por meio do ensino escolar. Em terceiro lugar aprendemos com o mundo, no dia a dia que vivemos na sociedade, todas as etapas de ensino mencionadas são importantes para nós, no entanto o verdadeiro ensino de nível superior onde devemos ser aprovados de fato é aos pés do Senhor Jesus.

Aprendemos com Jesus sobre: Obediência, servir, humildade, simplicidade, honestidade, preceitos e princípios, sobre compaixão, amor a Deus, amor ao próximo, vida familiar, devocional, disciplina, relacionamento, perdão, e muitas outras coisas que lemos na Bíblia, (Jo. 5.39).

Há pessoas que aprendem somente na dureza, através das muitas dificuldades e outros, como o filho pródigo que aprendeu até com os porcos. Porém Jesus disse para quem quer ter uma alma refrigerada: “Aprendei de mim!”

3. Ser Manso (de alma) – “...que sou manso...”

Mansidão significa brandura de gênio ou índole, sossegado, ser manso é ser tratado, sossegado, tranquilo, ser manso é algo que se aprende por meio de abnegação e entrega total do "ego" ao Senhor Jesus. Ser manso é estar disposto a obedecer e andar por meio dos princípios divinos, ser manso é receber a orientação de Deus e executá-la.

4. Ser Humilde (de coração) – “... e humilde de coração;”

Uma das grandes virtudes de uma pessoa chama-se humildade. Uma pessoa humilde sempre será honrada, pois Salomão disse que “Diante da honra, vai a humildade.” a honra é a chave para todo o tipo de promoção.

Uma marca que deve existir em todo o líder é a humildade. Jesus nos deu o exemplo supremo. Ele nasceu de uma mulher humilde (camponesa), nasceu em um país humilde, num humilde lugar e viveu uma vida de humildade. Humildade é a qualidade de humilde e ser humilde é ser simples, modesto, respeitador, acatador, submisso.

Ser humilde é reconhecer nossa condição e posição diante de situações e pessoas que estão acima de nós e a quem devemos respeitar e submeter. É honrar princípios e não quebrá-los.

Diagnóstico Final do Dr. Jesus

5. Descansar a Alma – “... e encontrareis descanso para as vossas almas.”

Alma está relacionada com nossos sentimentos e com as nossas emoções, descansar a alma é ficar livre de todo desgosto, peso exorbitante, esgotamento, fadiga.

Descansar é ter as emoções trabalhadas, tratadas e curadas. Daví disse: “Por que estás abatida óh minh’alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na sua presença”, (Sl. 42.5); e: “Bendize óh minh’alma ao Senhor e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome”, (Sl. 103.1).

Por melhor que seja um psicanalista, somente Jesus tem a solução para a cura da nossa alma a fim de fazê-la descansar pelo poder do Espírito Santo. Quando andarmos com Jesus, Ele nos ensinará a sermos mansos e humildes de coração, para encontrarmos descanso (refrigério) para as nossas almas. Ele disse que o seu jugo é suave e seu fardo é leve, (Mt. 11.30).

CONCLUSÃO

O Senhor Jesus hoje faz um convite para todos aqueles que estão cansados e oprimidos: “Vinde a mim e eu vos aliviarei...” Desta forma você poderá experimentar uma paz que excede todo o entendimento humano e que lhe fará além de descansar, ser uma pessoa de alma tranqüila. Portanto, Entregue o seu caminho ao Senhor, confia nEle e tudo Ele fará.

Somente a presença de Jesus pode te proporcionar tempos de refrigério, (At. 3.19).

terça-feira, 22 de junho de 2010

NOSSAS FRAQUEZAS NA PERSPECTIVA DE DEUS

A Bíblia está cheia de relatos extraordinários que foram realizados por pessoas simples e comuns. Pessoas que não tinham nada de extraordinário, mas que foram instrumentos para realizarem feitos que nunca havia acontecido.

A pergunta que surge é: Por que Deus age desta forma? A resposta é simples e direta: Deus realmente gosta de usar pessoas improváveis, que da perspectiva natural aparentam extremamente fracas. Na verdade todo mundo tem fraquezas, pois neste mundo não existe ninguém perfeito.

Todos nós temos debilidades em nossa vida, seja ela de ordem física, emocional, intelectual ou mesmo espiritual. Normalmente, negamos nossas fraquezas, as defendemos, damos desculpas, escondemos, não queremos que ninguém saiba, pois, achamos que o fato dos outros saberem isso nos deixará muito vulneráveis e não seremos bem aceitos na sociedade e nem mesmo na igreja. Todavia,
Deus tem uma perspectiva totalmente diferente de nossa fraqueza.

Enquanto imaginamos que Deus quer usar somente nossos pontos fortes, ignoramos que Ele quer usar também nossos pontos fracos para a Sua glória. Suas fraquezas não são um acidente, foi Deus quem permitiu, a fim de demonstrar o Seu poder através de você. Aliás, Deus nunca fica impressionado com a força e auto-suficiência, pelo contrario, Ele é atraído por pessoas que são fracas e que admitem isso.

1. Personagens improváveis de Deus

Moisés (Ex 3:10-11): A primeira fraqueza de Moisés era seu complexo de inferioridade, pois, dizia “quem sou para tirar o povo do Egito?”. A outra fraqueza de Moisés era o seu temperamento. Mas depois Deus tratou desta fraqueza e ele foi usado tremendamente como um grande líder.

Gideão (Jz 6:11-16): As fraquezas de Gideão eram a baixa auto-estima e sua profunda insegurança, mas Deus o transformou em um poderoso homem de valor. E o resultado é conhecido de todos, apesar de uma batalha desigual, Deus deu a vitória para o seu povo. Isso é uma prova de como Deus usa pessoas imperfeitas, e ordinárias para realizar coisas extraordinárias apesar de todas as suas debilidades.

Davi (I Sm 16:6-7): Este texto deixa claro que a ótica de Deus não é a nossa, Deus vê de uma forma completamente diferente de nós. Deus imputa valor onde o homem não vê valor. Deus valoriza o que o homem vê como comum. O Missionário Hudson Taylor disse: “Todos os gigantes de Deus são pessoas fracas”.

Os discípulos: Jesus também tinha seus discípulos, eles foram “chamados dentre os meninos reprovados no vestibular”. Cuidavam dos negócios da família, como Pedro, André, Tiago e João, que eram pescadores, ou se dedicavam a outras atividades, como Mateus, que era cobrador de impostos. Aparentemente também eram improváveis, mas Deus os usou para propagarem o seu Evangelho até nós.

Pedro: A fraqueza de Pedro era a sua impulsividade e a sua inconstância, mas Deus o transformou num homem firme como uma pedra, que chegou a se tornar um Mártir da fé pela sua firmeza.

João: Um dos arrogantes “Filhos do trovão” que queria mandar fogo do céu para consumir os samaritanos. Deus o transformou no apóstolo do amor. E o capacitou para escrever o livro da consumação dos séculos.

Abraão: A fraqueza de Abraão era seu medo. Duas vezes ele afirmou que sua esposa era sua irmã para poder se proteger. Mas Deus o transformou em Pai de todos os que crêem.

Deus é especialista em transformar fraqueza em força. Ele quer pegar suas fraquezas e transformá-las para que seu poder possa fluir.

2. Como Deus pode me usar com todas as minhas fraquezas?

1° Admita as suas fraquezas: Precisamos ser honestos conosco admitindo nossas fraquezas, em vez de ficarmos dando desculpas e nos recusando a aceitar.

2° Alegre-se na sua fraqueza (II Co 12:10-11): Parece uma coisa sem sentido se alegrar com as fraquezas, mas Paulo nos dá algumas razões: nossas fraquezas nos fazem depender mais de Deus; nossas fraquezas nos fazem mais humildes; nossas fraquezas nos fazem buscar comunhão com os irmãos.

3° Compartilhe suas fraquezas (Tg 5:17): O ministério bem sucedido começa com a vulnerabilidade. Quanto mais você conta as suas lutas, mais Deus poderá usá-lo para servir os outros.

CONCLUSÃO

“Porque quando sou fraco, ai é que sou forte”. Deus quer te usar independente de suas fraquezas e limitações. Deixe o Senhor que é especialista em transformar caráter, curar sua alma ferida. O Senhor gosta se usar os fracos para que a Glória seja dele. Se você se sente pequeno e improvável, com certeza o Senhor está “de olho” em você. Permita-se ser usado pelo Senhor!!

sábado, 19 de junho de 2010

MOISÉS - TEMPERAMENTO DE UM GRANDE LIDER

Moisés – O Melancólico

O melancólico Moisés nos fornece excelente material para um estado analítico do temperamento porque as Escrituras nos dão muitas informações a seu respeito. O melancólico líder de Israel ilustra claramente a diferença que o poder de Deus faz na vida de um homem.

Depois de educado aprimoradamente durante quarenta anos na sede da cultura egípcia, este brilhante melancólico passou 40 anos cuidando de animais num deserto distante. Com 80 ouviu o chamado de Deus da sarça ardente, e durante os 40 anos seguintes foi um dos maiores líderes do mundo. Como qualquer cristão dos dias de hoje, Moisés só foi produtivo para Deus quando controlado pelo Espírito Santo.

Características do Moisés Melancólico

Talentoso – em (At 7:22), Estevão, 1º mártir do cristianismo, nos informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro da civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios sem se deixar dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três milhões de pessoas através do deserto; como juiz, profeta reflete sua natureza excepcionalmente bem dotada.

Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades em desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam sacrifício. Na vida de Moisés isto é visto claramente em (Hb 11:23-27), seu exemplo de abnegação e renúncia é prova de que homem algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.

A lealdade de Moisés – um dos traços mais admiráveis do melancólico é a sua lealdade e fidelidade. Embora não seja fácil fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire. Esta característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira especial devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante os 40 anos no deserto.

Quando os problemas surgiram, buscava direção divina e como líder deu várias provas de sua fidelidade ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés era perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando que era muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.

Complexo de inferioridade – os talentos de Moisés são negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-Poderoso quando conversaram junto à sarça ardente são um exemplo clássico da depreciação que os melancólicos fazem de si mesmos:

1. Não tenho talento“quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”
(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades pessoais e recuava diante da idéia de colocar seus talentos à disposição do Senhor. A resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos: “Certamente Eu serei contigo” (Ex 3:12) Do que mais Moisés precisava?

2. Ninguém acredita em mim“Mas eis que não crerão nem acudirão à minha voz” (Ex 4:1). O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de inferioridade do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais cedo for reconhecido como pecado, mais depressa experimentaremos o poder transformador de Deus em nossas vidas.

3. Não sei falar em público“Nunca fui eloqüente...pois sou pesado de boca e pesado de língua” (Ex 4:10). A resposta de Deus a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez a boca do homem?... Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Ex 4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem nada a ver com eloqüência e sim com obediência. A resposta do Senhor a Moisés esclarece que o êxito espiritual é alcançado pelo poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos talentos.

4. A ira de Moisés – além do medo, a ira reprimida freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na terra prometida (Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente desagrada a Deus e leva a graves pecados.

Nenhuma pessoa compreensiva criticaria Moisés por se irritar com aquele povo ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor lhe tinha oferecido toda orientação e poder necessário.

5. A depressão de Moisés – Moisés é um dos três grandes servos de Deus que ficaram deprimidos a ponto de se desesperar e pedir a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram Elias (1 Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior problema das pessoas melancólicas é a depressão.

O relato da depressão de Moisés é dado em (Nm 11:1-15). Deus jamais pediu a Moisés que suportasse a todo aquele peso de responsabilidade, os quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a auto-piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de uma vez, eu Te peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”.

CONCLUSÃO

Lembre-se de que a reação de Moisés, face aos acontecimentos, foi o que causou a sua depressão, e não as circunstâncias em si mesmas. Apesar de grande lider, Moisés como qualquer um de nós tinha vulnerabilidades em sua alma. Deus através de sua onisciência o conhecia profundamente e sabia de suas qualidades e limitações. O deserto foi para Moisés lugar de tratamento e auto-conhecimento de sua real capacidade e total dependência de Deus.

Se suas características forem semelhantes a de Moisés e se o deserto em sua vida for necessário para a cura, não desista e nem tampouco retroceda. Deixe Deus trabalhar e grandes coisas Ele fará.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

ALIANÇA NO ESPÍRITO, ALMA E CORPO

Já é bem comum entre nós ter consciência da importância em organizar nossas prioridades. Os princípios determinam nossos valores, os valores nossas prioridades e as prioridades nossas práticas. Infelizmente muitos ainda não entenderam o que significa colocar as prioridades em ordem. Usam a justificativa da prioridade para fugir de outras responsabilidades. Por exemplo, dizem que precisam priorizar sua família e negligenciam o reino. Tornam-se individualistas!

Os princípios estão revelados na palavra de Deus. Eles determinam o que tem valor para nós.


Todo aquele que considera os princípios, que são as direções divinas para que vivamos, tem valores diferenciados daqueles que não temem a Deus , “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”.

Esses valores determinam as prioridades numa ordem, porém, nunca com a ênfase numa em detrimento da outra. Todas as prioridades são importantes, apenas cumprem uma escala de importância, pois uma não pode ser vivida sem a outra.

Por exemplo, a minha segunda prioridade é tão importante quanto a primeira, mas não pode ser colocada em prática se eu não viver a primeira; a terceira não pode ser vivida sem o pré-requisito da segunda, e assim por diante. O propósito final de tudo o que vivemos é a glória de Deus, o estabelecimento do Seu reino.

Não podemos esperar certas mudanças em nossas vidas se não considerarmos as prioridades.

Um casal não pode experimentar harmonia em seu relacionamento se cada um, individualmente, não andar no temor do Senhor e não viver os valores do reino. Muitos são iludidos pensando que certas estratégias, terapias, aconselhamento, vão resolver seus problemas. Temos que, definitivamente, parar de enganar a nós mesmos e encarar o fato de que tudo começa no relacionamento pessoal com Deus.

“O princípio da sabedoria é o temor do Senhor”. O que significa isso? Para que um relacionamento seja bem sucedido, precisamos ser saudáveis individualmente. Quando individualmente somos curados, o relacionamento é curado. Muito do que se faz aos casais não surte efeito pelo fato de não obedecerem a Deus no nível pessoal.

Aliança é uma ligação, uma entrega voluntária de duas partes. Se sabemos que casamento é aliança no espírito, alma e corpo, então tudo começa na área espiritual. É inútil tentarmos resolver os problemas na superfície.

O ESPÍRITO

A primeira prioridade individual está ligada ao espírito; é o relacionamento com Deus. No reino de Deus tudo acontece de dentro para fora.

É do espírito que flui a vida, passando pela alma, atingindo o corpo e alcançando outros.

Se eu quero ter um casamento no espírito, preciso considerar como primeira e absoluta prioridade minha aliança com Deus e me relacionar com Ele. A oração se torna a prática mais importante da minha vida!

Existem casais que estão querendo resolver seus problemas de relacionamento sem oração. Isso não é possível! Receber ministração sem oração é colocar esparadrapo em cima de ferida.

A conversão é o primeiro passo para um relacionamento abençoado. É na presença dEle que recebemos todo o suprimento e sabedoria para lidar com os problemas. É completamente incoerente que alguém tenha relacionamento íntimo com Deus e trate seu cônjuge com aspereza, sem amor, sem compreensão. No altar de Deus somos ministrados pelo Espírito Santo.

Receber apenas conceitos só piora a situação. Paulo diz: “... A letra mata, mas o Espírito vivifica” (II Co.3:6). A palavra apenas denuncia, assim como a lei, que denunciava o pecado.

Freqüentemente encontramos casais que depois de ouvirem a palavra pioraram o relacionamento. Por quê? Porque a palavra denunciou o pecado, e um passou a julgar o outro em vez de, pelo Espírito de Deus, considerar o seu próprio pecado! Quando o Espírito entra, então a palavra cumpre seu papel, pois leva ao arrependimento e cura.

A ALMA

A segunda área do casamento é a alma. É na alma que se instalam as feridas, e as fortalezas. Também é onde estão os pensamentos, emoções e sentimentos. Quando entramos na intimidade com o Espírito Santo e pela oração somos ensinados por Ele, nossa alma começa a ser curada e liberta.

Ele é o nosso terapeuta! Jesus disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt.26:41). O espírito está pronto, mas a alma está incompleta, doente escrava, e precisa da ação do Espírito Santo.

Raízes de amargura são arrancadas pelo poder do Espírito Santo. Só Ele pode nos ministrar e inclinar ao perdão.

A alma é a segunda prioridade porque cura e libertação vem depois de uma experiência no espírito. Muitos seguem anos sem tocar nas áreas da alma que precisam ser curadas, então seu relacionamento conjugal é o primeiro a ser afetado. É preciso querer ser curado. O orgulho, a mágoa e a falta de perdão, impedem que busquemos ajuda ou mesmo que reconheçamos precisar de libertação na alma.
Nossa mente é transformada quando passamos a ter convicções firmes, andar por fé. Isso nos faz ver as coisas do ponto de vista de Deus e compreender nosso cônjuge colocando-se no lugar dele. Pessoas curadas se expressam, se declaram, têm liberdade, não possuem comportamentos limitadores. Somos transformados pela renovação da alma (Rm.12:1,2).
Nenhum relacionamento pode perdurar se não houver mudanças de comportamento, se não houver transformação. Alguns dizem: “ele (a) casou comigo assim”, então acham que não precisam mudar, e que o cônjuge tem a obrigação de aceitá-lo (a) eternamente com suas esquisitices e defeitos. Isto é, no mínimo, egoísmo!

O CORPO

Casamento no corpo é resultado de renovação da mente (alma). Quando a mente é renovada, o corpo pode ser depositado no altar como sacrifício vivo. O corpo segue os comandos da alma. Todo estímulo, iniciativa ou compromisso que envolve o uso do corpo é resultado do que acontece no interior, nesta ordem: espírito e depois alma.
O corpo está disposto para o trabalho quando a alma está saudável. Saúde física está diretamente ligada à saúde do espírito e da alma. Quando estamos bem espiritualmente e saudáveis emocionalmente, produzimos mais, fazemos tudo com mais ânimo e alegria.

A área ministerial

Um casal do ponto de vista de Deus sabe que seu casamento cumpre um propósito divino. O ministério é conseqüência de um relacionamento bem sucedido. Se não há harmonia, o casal perde a autoridade. Satanás lança acusações sobre os que não vivem bem em seus casamentos. Ele sabe muito bem como tirar o ânimo, a alegria e a unção de um ministério, é atingindo o relacionamento conjugal e familiar.
Mas, se temos essas prioridades em dia, nessa ordem, não precisamos temer. Nosso ministério será bem sucedido e a unção vai fluir. Não seremos hipócritas e daremos fruto a cem por um!

A área sexual

Alma doente prejudica a área sexual. Sexo é assunto espiritual! Existem maridos que querem fazer sexo sem dar a mínima para o relacionamento, e nem se dão conta de que isso para suas esposas, causam feridas e traumas enormes na alma.

Por sua vez um homem tem dificuldades sexuais quando a esposa é rixosa, amargurada e vive fazendo cobranças. O “espírito de Jezabel” tanto estimula para o sexo como também o inibe. O ato sexual deve ser o resultado de um romantismo que se cultiva no relacionamento.

Têm muitas esposas que reclamam do marido quando não as procura. Ele, porém, não é estimulado porque ela, muitas vezes, com suas atitudes de querer assumir controle de tudo e exigir o tempo todo, o deixa acuado. O homem foi criado para ser responsável e lider da família e a mulher por conseguinte, sua ajudadora. Mas por causa do liberalismo feminino que tem permeado nossa sociedade, o homem têm ficado passivo, inclusive na área sexual. É preciso buscar cura e libertação, tanto por parte do homem como da mulher.

Por outro lado alguns homens reclamam que suas esposas não gostam de sexo, não são descontraídas, não mostram interesse. Mas é porque não são supridas emocionalmente. A mulher precisa se sentir segura, amada e protegida; e isso espiritualmente, emocionalmente e materialmente! Se os dois nem mesmo se comunicam, que qualidade de relacionamento sexual podem esperar?

Uma só carne é muito mais do que fazer sexo; é viver o todo de um relacionamento: espírito, alma e corpo; é andar em parceria, em equipe, um complementando o outro em tudo.

CONCLUSÃO

Deus quer cumprir o Seu propósito a partir do casamento. É nas famílias que Ele idealizou o altar do avivamento. Famílias abençoadas e bem estruturadas podem ser uma bênção. Mas tem uma seqüência no cumprimento das prioridades: espírito, alma e corpo.

Não podemos esperar lares bem sucedidos sem considerar essa seqüência. Nosso padrão não é o do mundo. Pensar que podemos ter um bom casamento sem viver essa ordem de prioridade é pura ilusão. É tempo de pararmos de pensar que existem receitas miraculosas.

Só quem faz milagres é Deus, hoje, conosco, na pessoa do Espírito Santo. Ele pode e quer fazer um milagre em seu casamento. Mas considere, também, aquilo que só você pode fazer. Amém!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

PARA OUVIR É PRECISO CALAR

Silenciando Para Ouvir a Deus, o Próximo e o Coração.

Existe o lado bom e o ruim do silêncio. O lado ruim pode ser patológico ou pecaminoso: Silenciar por causa da timidez, baixa auto-estima ou medo incontrolável são exemplos de quadros doentios que necessitam de cura interior. Sempre que o silêncio for praticado como uma atitude de desprezo ou indiferença, orgulho e isolamento social premeditado será visto como pecado.

Silenciar para o próximo omitindo ajuda ou silenciar para Deus não confessando o pecado praticado são atitudes de corações endurecidos e refletem o lado ruim do silêncio. Felizmente existe o lado positivo do silêncio que pode trazer grandes benefícios. O silêncio pode ser uma terapia.

Silenciar para aguardar; Silenciar para evitar confronto; Silenciar para dar oportunidade aos outros; Silenciar para se submeter; Silenciar para não se envolver; Silenciar para se humilhar; Silenciar para fazer diferença; Silenciar para não revidar; Silenciar para sossegar; Silenciar para dormir; Silenciar para aquietar-se; Silenciar para se acalmar;

Silenciar para refletir e meditar; Silenciar para gerar expectativa; Silenciar para guardar segredo; Silenciar para descansar a voz; Silenciar para exercer o domínio próprio; Silenciar para melhor observar; Silenciar para aprender com os que falam; Silenciar para compreender melhor; Silenciar para dar atenção; Silenciar para respeitar; Silecniar para ouvir o próximo; Silenciar para ouvir o coração; Silenciar para ouvir Deus.

A terapia do silêncio acontece quando cultivamos o hábito de praticá-lo diante de situações específicas que mais nos provocam: A precipitação em dar uma resposta sem refletir, por exemplo, pode ser mudada se introduzirmos um breve silêncio entre a pergunta e a resposta, servindo de lembrete ao cérebro de que esta pausa significa pensar antes de responder. Quando silenciamos a percepção torna-se mais aguçada e consequentemente nossa capacidade de compreensão dos fatos e idéias.

O silêncio ajuda no entendimento. Falar sem conhecimento é um desastre. O silenciar diante de pequenas ofensas deve ser praticado como forma de exercício do domínio sobre estímulos e impulsos. Podemos e devemos treinar o silêncio em diversas situações para gerarmos o hábito do domínio próprio, da melhor reflexão e da saúde emocional.

Há três tipos de silêncio quer devem ser praticados pelos cristãos:

O contemplativo, a Deus; O atencioso, ao próximo; O terapêutico, a nós mesmos.

1- O Silêncio Diante de Deus – Contemplativo o Silenciar como atitude de: Respeito – Reverência – Temor. (Apocalipse 8.1) Quando abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu, quase por meia hora. (Habacuque 2.20) Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra. (Zacarias 2.13) Cale-se, toda a carne, diante do Senhor; porque ele se levantou da sua santa morada.

Silenciar como atitude de fé: (Salmos 62.5) Ó minha alma, espera silenciosa somente em Deus, porque dele vem a minha esperança. (Lamentações 3.26) Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. Um tempo de contemplação. Um tempo de meditação. Um tempo para ouvir Deus. Um tempo de aprendizagem.

(LC 2:19) "Mas Maria guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração". Para ouvir é preciso calar. Sem a presença do silêncio não podemos ouvir, as palavras ficam imperceptíveis, confusas ou perdem o sentido. Silenciamos nossas opiniões e idéias. Calamos o ego para ouvir a Deus.

2 – O Silêncio Diante dos Homens - Praticando o silêncio atencioso. Há pelo menos cinco vantagens na prática do silêncio atencioso: Evitamos falar coisas infrutíferas; Criamos a oportunidade para que outros expressem seus pensamentos e emoções; Aprendemos com os conselhos, experiências e opiniões do próximo; Desenvolvemos um interesse maior pelas pessoas; Criamos vínculos de amizade com as pessoas. As palavras em demasia mais afastam do que aproximam. (Provérbios 10:19) "Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio". (Provérbios 17.28) Até o tolo, estando calado, é tido por sábio; e o que cerra os seus lábios, por entendido.

O sábio é aquele que também sabe silenciar e conhece a hora certa de calar. Nem tudo na vida tem de ser contado, nem todas as opiniões precisam ser compartilhadas. O silêncio pode ser proposital e estratégico, despertanto atenção, reflexão e mudança de comportamento nas pessoas. (Mateus 26.63) Jesus, porém, guardava silêncio. Quando cultivamos o silêncio atencioso, além de evitarmos falar muitas coisas infantis e improdutivas, permitimos que outros expressem seus pensamentos e emoções.

O falar com elegância fascina os ouvidos nobres, mas às vezes, o silêncio é quem enobrece o diálogo. Um silêncio vivido junto com o nosso próximo produzirá muito fruto de amizade e sinceridade. O silêncio atencioso consegue levar o coração e a mente para um interesse maior pelo nosso próximo do que a simples troca de informações. Ele desperta nossos sentimentos em direção ao próximo. O silêncio atencioso aumenta o conhecimento. Silenciar para ouvir um conselho, uma orientação, uma experiência.

3- O Silêncio a Si Mesmo - Terapêutico. O silêncio a si mesmo tem duas aplicações importantíssimas: Silenciar para ouvir o coração; Refletir e ponderar sobre nossos próprios pensamentos, feitos, sonhos e sentimentos. "Examine-se, pois, o homem a si mesmo..." (I Co 11:28). Trata-se de uma introspecção, auto-análise, um mergulho no mais recôndito de nosso ser, reavaliando nossa motivação, propósitos, sensibilidade e comportamento. Como estamos? Somos os mesmos? Em que mudamos?

A prática do silêncio em períodos programados. Um tempo de silêncio. O silêncio da fala, da voz, da opinião, do barulho. Silêncio para o corpo: Silenciar para sossegar, descansar e dormir. Silêncio para a alma: Um momento de paz, de tranqüilidade no coração. É calmante, anti-estressante, amigo da quietude, serenidade, do domínio próprio e da longanimidade.

O silêncio terapêutico é balsâmico: alivia as tensões e sereniza a alma. Silêncio para calar todas as vozes e esperar em Deus. Ele aguça nossa percepção espiritual e o discernimento da vontade do Senhor.

CONCLUSÃO

O silêncio é valioso, sobretudo quando estamos em uma situação difícil, quando é preciso mais ouvir do que falar, mais pensar do que agir, mais meditar do que correr. Tanto a palavra quanto o silêncio revelam o nosso ser, a nossa alma, aquilo que vai dentro de nós. Jesus disse que “a boca fala daquilo que está cheio o coração” (Lc 6,45).

Basta conversar por alguns minutos com uma pessoa que podemos conhecer o seu interior revelado em suas palavras; daí a importância de saber ouvir o outro com paciência para poder conhecer de verdade a sua alma. Sem isso, corremos o risco de rotular rapidamente a pessoa com adjetivos negativos.

Sabemos que as palavras são mais poderosas que os canhões; elas provocam revoluções, conversões e muitas outras mudanças. A Bíblia, muitas vezes, chama a nossa atenção para a força das nossas palavras. “Quem é atento à palavra encontra a felicidade” (Ecl 16,20). “O coração do sábio faz sua boca sensata, e seus lábios ricos em experiência” (Ecl 16, 23). “O homem pervertido semeia discórdias, e o difamador divide os amigos” (Ecl 16,28).

“A alegria de um homem está na resposta de sua boca, que bom é uma resposta oportuna!” (Pr 15,23).

Fale com sinceridade, reaja com bom senso e sem exaltação e sem raiva e expresse sua opinião com cautela, depois que entender bem o que está em discussão. Muitas vezes, nos debates, estamos cansados de ver tanta gente falando e poucos dispostos a ouvir.

Os grandes homens são aqueles que abrem a boca quando os outros já não têm mais o que dizer. Mas, para isso, é preciso muito exercício de vontade; é preciso da graça de Deus porque a nossa natureza sozinha não se contém.

Deus nos fala no silêncio, quando a agitação da alma cessou; quando a brisa suave substitui a tempestade; quando a Sua palavra cala fundo na nossa alma; porque ela é “eficaz e capaz de discernir os pensamentos de nosso coração” (Hb 4,12).

sábado, 12 de junho de 2010

NAMORAR OU FICAR QUAL A SUA DECISÃO?

O homem um ser social

O ser humano foi criado para viver em comunhão: primeiro, com o seu Criador (relação vertical); e, depois, com os seus semelhantes (relação horizontal). Na verdade, esse é o plano divino para nossas vidas. Foi o próprio Senhor Deus quem declarou: “Não é bom que o homem esteja só…” (Gn. 2: 18).

Lemos, ainda, na Sua Palavra que “Melhor é serem dois do que um…” (Ec 4:9). Portanto, a solidão se opõe ao plano divino, e, por isso mesmo, resulta em várias feridas na alma, tais como: sentimento de desconforto, de inutilidade; auto-estima baixa; depressão; ausência de laços afetivos; prostração; e, até mesmo, saudade.

Para vencer a solidão, precisamos de amizade, simpatia, empatia, cooperação, namoro, casamento. Sentimos necessidade de amizade verdadeira, de alguém que chegue quando todos saem, isto é, alguém que permaneça ao nosso lado quando mais ninguém está. Mas, por outro lado, a solidão não pode levar a pessoa a aceitar qualquer tipo de relacionamento.

Quantas vezes já se ouviu: “Ruim com ele (ela), pior sem ele (ela)…” ? Obviamente tal afirmativa não pode expressar uma verdade, não é mesmo?

O namoro cristão é uma preparação. Um período extremamente importante na vida de dois jovens cristãos e de muitas responsabilidades. Representa um período de transição entre dois jovens ou adultos, um homem e uma mulher, crentes no Senhor Jesus Cristo, sendo que ambos devem ter um bom nível de maturidade. Ambos mantém um bom ritmo de comunicação, sendo através deste relacionamento orientados e preparados por Deus para um futuro casamento.

Namoro cristão deve sempre visar o casamento. Um namoro que não tem como alvo um futuro casamento, sequer deve ser iniciado. Este é um período de conhecimento mútuo, conhecimento da alma, do coração, nunca do físico um do outro. O aspecto físico está destinado para depois do casamento.

Portanto, exige disciplina própria, vigilância constante. É um tempo onde se obtém oportunidade de duas personalidades diferentes se harmonizarem, conhecerem um ao outro. Comunhão espiritual é fator primordial. Lembre-se que quanto mais próximo cada um estiver de Deus, mais próximo estarão um do outro. Este período também serve para confirmar a perfeita vontade de Deus para a vida de ambos.

O padrão de Deus para um namoro bem sucedido é este:

1) Espiritual – forte. Deus em primeiro lugar, nunca seu namorado (a).

2) Vontade, emoções e mente dentro do plano de Deus.

3) Corpo (físico) – sob controle.

Quando um namoro está fora do padrão de Deus, o que acontece é justamente o contrário:

1) Espiritual – fraco. A sensibilidade espiritual está cauterizada.
2) Emoções, vontade e mente – descontrolada.
3) Físico – sensual.

Portanto, fora do padrão de Deus ocorre que o lado espiritual fica cauterizado; a mente, a vontade e as emoções raciocinam de forma sensual e o físico fica corrupto.
Uma pergunta séria a se pensar: A vontade de Deus é mais importante que o seu namoro? O que é ficar ?

Atualmente, a palavra “namoro” está fora de moda…para alguns. Agora, a maioria adolescentes e jovens “ficam”. O que é há de diferente?

Já vimos que o namoro é um momento muito importante na vida da pessoa. ficar, segundo o que os jovens definem é “passar tempo com alguém, sem qualquer compromisso. Pode, ou não, incluir intimidades, tais como: beijos, abraços e mesmo, relações sexuais.”

Portanto, o ficar nada tem a ver com o namorar. Infelizmente, quando um jovem fala sobre “namoro”, no sentido sério da palavra, torna-se, muitas vezes, alvo de piada e gozação, por parte dos colegas. Isso é um resultado (da distorção dos valores morais que vem sendo feita, principalmente pelos meios de comunicação).

Nossos jovens sofrem a influência da mídia que apregoa a sensualidade e a liberação dos impulsos, sem censuras como forma de atuação prazerosa e mais autêntica, mais satisfatória. Tal comportamento leva à promiscuidade sexual, com suas tristes conseqüências.

Na década de 60 (no Brasil, a partir de 70/80), começou uma revolução sexual na Europa, enfatizando que homens e mulheres podiam desfrutar de direitos iguais, inclusive no “sexo livre”. O que importava era a satisfação pessoal; a sensação do momento, sem a necessidade de qualquer ligação de sentimentos entre os parceiros. A queda, de lá para cá, foi vertiginosa e, assim, o namoro foi sendo deixado de lado e houve grande adesão ao ficar. Os jovens são pressionados a abandonar hábitos conservadores e a adotar as práticas pecaminosas ditadas pela cultura social.

Embora, aparentemente, haja muitas vantagens no “ficar”, as desvantagens, especialmente para a mulher, são inúmeras também. Entre elas, podemos mencionar o fato de que ela vai ficar mal vista, mal falada, vai estar sujeita a uma gravidez indesejada, enfim muitas são as tristezas.

É importante que você, mulher, se lembre de que não é um objeto descartável: usado agora, jogado fora depois. Infelizmente, os jovens evangélicos são alvo da mesma pressão e da mesma gozação. Por isso, apenas uma minoria discorda dos padrões e das práticas pecaminosas ditadas pela cultura secular. Os jovens -homens e mulheres -principalmente os que querem levar Deus a sério em suas vidas, precisam observar, cuidadosamente, o que Ele diz em Sua Palavra, antes de envolver-se com alguém. É óbvio que o “ficar” não deve ser uma prática para esses jovens.

E o transar ?

Este é um tema que tem sido alvo de muitos debates e discussões. Parece que agora, é muito “careta” quem não transa, não é mesmo? Por isso, as pessoas que ainda querem ser sérias nos seus relacionamentos, acabam passando por situações bem desagradáveis. São objeto de gargalhadas de ironias, de dúvida por parte de colegas, de escola ou de trabalho – de pessoas mais velhas e – pasmem! – de ”irmãos e irmãs” da igreja.

Além disso, as jovens ficam com medo de “perder” aquele rapaz “lindo e maravilhoso” e cedem à tentação, quando ele diz: “Querida, prove que me ama realmente e transe comigo… “Este é o golpe mais velho e mais baixo que existe! Ele, na verdade, não a ama, não está nem um pouco preocupado com ela nem com as conseqüências que ela – apenas ela – vai enfrentar!

Ele só quer se divertir com o corpo dela! A única resposta para esse convite é a mesma de sempre: “Se você realmente me ama, poderá esperar pelo casamento.” Muitos jovens cristãos acabam cedendo às pressões da mídia , dos colegas, dos amigos e começam a achar que o que todo mundo faz é que está certo e que eles não podem se apresentar como seres alienígenas.

Passam a viver “uma vida dupla: na igreja, são os ‘certinhos’; fora dela, agem conforme seus desejos mandarem.” Mas a Palavra de Deus condena o “transar”, pois afirma que a relação sexual é um privilégio do casamento. Na verdade, ela é a terceira etapa, e não a primeira.

“Em Gn. 2:24, lemos: ‘Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.’ Desde Adão e Eva, o próprio Deus ordenou que houvesse uma formalização do compromisso matrimonial, através do ‘deixar pai e mãe’, com a bênção destes que são autoridades, sobre nós, enquanto solteiros. Além destas autoridades, devemos obediência às leis do nosso país.

Num segundo passo, o homem ’se une à sua mulher’. A referência é àquela mulher com quem vai se casar, e não a qualquer mulher que se olhar na rua. Assim, numa terceira etapa, os dois serão ‘uma só carne’. Só após as duas primeiras terem sido cumpridas, é que vem a hora da relação sexual, e não antes. Esta idéia existe tanto no Velho como no Novo Testamento, pois este versículo é citado por Jesus (Mt. 19:5) e por Paulo (I Co. 6: 16).”

Deus não estimula, de jeito algum, a “transa”. Muito pelo contrário. Várias passagens bíblicas, condenam o relacionamento sexual fora do casamento: (At. 15:29; 21 :25; I Co. 6: 13-18; II Co. 12:21; I Ts. 4:3- 5). Entretanto, (Hb. 13:4), Deus valoriza o casamento. Lemos ali: “Digno de honra entre todos, seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”.

Deus também aprova a relação sexual dentro do casamento. “Para o povo judeu, a relação sem pecado, era aquela em que as pessoas entravam virgens para o casamento, como descrito em (Dt. 22:13-21.)”

Querida jovem, sei que você precisa de muita força para enfrentar tudo o que o mundo está exigindo e oferecendo para você. Entretanto, procure se fortalecer com a Palavra de Deus, ocupar sua mente e seu tempo com coisas boas e aceitar o desafio de ir contra a maioria. Lembre-se de que quando sabemos que somos amados pelo que somos, e não pelo nosso físico, tornamo-nos mais saudáveis mentalmente e nos expressamos mais livremente, porque já não tememos a rejeição.

já não precisamos nos preocupar em como vamos agradar o nosso companheiro. Lembre-se. também do que dizem as Escrituras em (Eclesiastes 12:1) “Não deixe o entusiasmo da mocidade fazer com que você esqueça seu Criador. Honre a Deus enquanto você é jovem, antes que os dias maus cheguem, quando você não vai mais ter alegria de viver.”

A oração ainda é essencial

Depois de considerar, racionalmente e não emocionalmente apenas, se a pessoa que você escolheu é alguém com quem você gostaria de passar toda a sua vida leve o assunto para Deus em oração. Há um hino que diz que não precisamos perder a paz quando levamos nossos problemas ao nosso amigo Jesus, pois Ele sempre nos atende em oração.

Espere pelo Senhor (Salmo 27: 14). Ele sempre sabe o que é melhor para você. Nunca tome uma decisão nunca inicie um envolvimento sem ter certeza de que Deus está abençoando esse relacionamento, de que é aprovado por seus pais e de que você ama realmente aquela pessoa. Com certeza, você será bem sucedida na escolha que fizer.

O fim do namoro é o casamento

A finalidade, o objetivo do namoro é o casamento; mas o casamento não é o fim do namoro. Na verdade, o namoro deve continuar pelo resto da vida a dois. O namoro continua sendo muito importante dentro do casamento. Quando o fim do namoro é o casamento, grandes são as chances desse casamento desmoronar.

É interessante que, durante o período de namoro, muitas são as juras de amor eterno, os presentes, os programas, as roupas bonitas, os penteados cheios de cuidados, os perfumes, as gentilezas etc. Entretanto, aqueles que consideram que o fim do namoro é o casamento, abandonam todas ou quase todas essas práticas e passam a agir de modo totalmente inverso! Essa é uma das razões pela qual os casamentos acabam durando muito pouco.

É preciso continuar perdoando, amando, protegendo e valorizando o cônjuge. Muitos maridos passam a agir exatamente como agiriam após haverem “transado” com a namorada – isto é, passam a tratar a esposa com indiferença, sem qualquer interesse nela.

Por outro lado, as mulheres também, muitas vezes, perdem todo o encanto, pois já não se arrumam como se arrumavam, já não usam aquele perfume que o namorado tanto apreciava (quando não ficam mal-cheirosas), esquecem-se de que o seu corpo é “o templo do Espírito Santo” e deixam de cuidar dele, tornam-se relaxadas com tudo.

Tanto o marido como a mulher precisam estar atentos para que o namoro tenha sua continuação no casamento. Esposas continuam gostando de ganhar um presente, de receber flores, de sair para jantar, de ouvir elogios sobre sua aparência etc., exatamente como quando eram namoradas.

Os esposos, por sua vez, continuam gostando de ver sua “namorada” com os cabelos penteados, limpas, cheirosas, de comer algo feito especialmente para ele, de ouvir palavras de amor.

“Lembre-se de que a frase Eu amo você! , dita sincera e freqüentemente, afofa o terreno do relacionamento e pré-dispõe o aprofundamento de raízes".

terça-feira, 8 de junho de 2010

AMOLECENDO UM CORAÇÃO DURO

“O QUE ENDURECE O SEU CORAÇÃO VIRÁ A CAIR NO MAL”(Prov. 28:14)

O coração endurecido arruína, não somente sua vida, mas a vida de seus familiares. Há muitos acontecimentos em nossas vidas que ocorrem porque foram originados de um coração duro. Há conseqüências dolorosas em nossas vidas porque tomamos atitudes inspiradas num coração duro. Há sentimentos que permanecem ruindo nossas emoções porque são sentimentos alimentados por um coração duro.

Coração duro é aquele que não quer mudar, não quer se curvar à vontade de Deus e insiste em permanecer envolvido com a carnalidade humana. Um coração duro não permite a ação de Deus, mas da carne, que gera ódio, rancor, ciúmes e coisas semelhantes.

Por outro lado, o salmista Davi, no (Salmo 51), diz que Deus não rejeita um espírito quebrantado e um coração contrito. Portanto, podemos concluir que Deus rejeita toda ação de natureza carnal, porque Ele não pode agir num coração que não se submete a Ele.

A natureza de Deus é amor. Ele é essencialmente amor e nEle não cabem sentimentos incompatíveis com a Sua essência. Sendo assim, um coração doente pela carne impede a ação de Deus. Mas graças a Deus que podemos contar com Ele para nos ajudar nessas horas em que o coração insiste em permanecer duro e fechado à ação do Espírito Santo.

Vamos, então, aprender com Jesus, que nos ensina ser manso e humilde de coração (Mateus 11.29). Ora, Jesus conhecia a natureza humana e sabia justamente o que agredia essa natureza, fazendo-a adoecer, e incompatibilizar o homem com o seu Criador. Após dizer essas palavras, Jesus conclui, “e achareis descanso para a vossa alma”.

É o que Deus quer para todos nós: descanso. Mas um coração duro pesa em nossas vidas e a torna amarga e sofrida.

Há muitas pessoas aprisionadas a sentimentos que as fazem sofrer justamente porque não põem o coração nas mãos de Jesus, clamando a Ele que mude a sua forma de pensar, agir, e lidar com determinadas questões da vida. Há pessoas que são capazes de preservar um ressentimento por alguém durante anos. Isso é falta de perdão, de vontade de liberar o ofensor da sua ofensa, sendo que o grande prejudicado é quem não libera perdão.

Há pessoas que se entregam a sentimentos gerados por uma frustração, uma mágoa, uma derrota que seja, e ficam cultivando aquele fato em suas lembranças e tornam-se incapazes de viver qualquer outro sentimento. Há pessoas que já estão tão acostumadas a viver assim que facilmente são atingidas, seja por uma palavra equivocada de alguém, ou um juízo precipitado de situações que às vezes nem se tornam um fato, mas que o coração duro já se encarregou de provocar perturbação a partir do que nem existe.

A rotina desses sentimentos e dessa forma de reagir com as emoções vão minando a vida, levando a uma infelicidade que nem sempre tem um motivo real, a não ser no coração duro de quem não deixa Deus agir e esclarecer que não é nada disso, que a coisa é diferente, que Ele está presente, que nos defende, que nos enxuga as lágrimas, que supre todas as nossas necessidades e sempre está conosco.

Há tanta coisa boa que Deus tem feito e quer fazer em nossas vidas, mas, enquanto não liberamos o nosso coração de determinados sentimentos, vamos continuar presos a eles. Esses sentimentos vão reger nossas vidas, e podem até apagar-nos a visão de que há um Deus maior que qualquer frustração, decepção, angústia, o que for.

Jesus foi afrontado, humilhado, maltratado, ferido, traído, abandonado. Ele levou sobre si a culpa de todos os homens diante de Deus para dizer, “Pai, perdoa-lhes...”.
Não houve afronta, frustração, angústia, traição, maltrato e abandono que mudasse o coração de Jesus, disposto em agradar ao Pai, intercedendo pelos seus ofensores, clamando pelo perdão deles, confiando que Deus cuidaria dEle mesmo na morte, e que O ressuscitaria dentre os mortos para estar ao Seu lado para sempre.

Uma das passagens mais comoventes do Novo Testamento diz respeito à conversão de Paulo, até então - veja só você - perseguidor de cristãos: "Eu estava viajando, já perto de Damasco, e era mais ou menos meio-dia. De repente, uma forte luz que vinha do céu brilhou em volta de mim". (Atos dos Apóstolos, 22:6).

Por conta da vida nova que abraçou, Paulo foi incompreendido. De perseguidor, passou a perseguido, mas Cristo o incentivou a ir adiante:

"Tenha coragem, Paulo! Você falou a meu respeito aqui em Jerusalém e vai falar em Roma". (Atos dos Apóstolos, 23:11)

CONCLUSÃO

Queridos a nossa libertação de sentimentos que nos aprisionam está em olhar para Jesus. Paulo vai dizer, “...tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus...” (Filipenses 2.5). É preciso colocar a vida nas mãos dEle, dizer que deseja que Ele interfira nos seus sentimentos, que Ele mude o seu coração, de um coração duro para um coração quebrantado, cheio de amor e de esperança que Deus age num coração que se submete ao que Ele quer fazer.

Deus quer libertar, curar vidas, mas somente fará isso com aquelas vidas que depositam seus corações nas mãos dEle, para que Ele transforme sentimentos que geram dor em sentimentos que geram vida e alegria.

Peça sinceramente para Deus controlar sua vida, a partir da origem de todos os sentimentos, o coração. Peça que Ele toque em seu coração e liberte sua vida a partir da renovação da sua mente (alma), para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Romanos 12.2).

domingo, 6 de junho de 2010

A DOR DA INGRATIDÃO

Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. (Lucas 6:35)

Estávamos pensando sobre a ingratidão...

Ser ingrato tem a ver com ser humanista, porque o humanista atribui suas vitórias a ele mesmo, e não a Deus. O ingrato não reconhece que, sem Deus, ele talvez não estivesse nem vivo.

A ingratidão também tem a ver com idolatria. Geralmente as pessoas ingratas tem dois comportamentos extremos: “amam” a ponto de idolatrarem a pessoa “amada”, e quando descobrem os defeitos (naturais) da pessoa, passam a desprezar e se tornam totalmente ingratos.

O ingrato esquece com muita facilidade… não as coisas ruins, mas esquece as coisas boas que fizeram por ele.

O ingrato vive no “seu mundo”, busca apenas os seus próprios interesses. É um tipo de pessoa que se torna cega para o amor (e doação) de quem está ao lado.

Outra característica da personalidade do ingrato é a desobediência que leva a rebeldia… e a infidelidade.

Como o ingrato acha que sabe das coisas, ele não ouve a mais ninguém, não aceita conselho de ninguém, não considera ninguém capaz de liderá-lo ou de aconselha-lo. o ingrato finge aceitar, mas na verdade, ele não aceita se submeter a autoridade, porque ele realmente acredita que sabe o que é bom para si.

A ingratidão também tem a ver com a “falta de educação”. Podemos ser “treinados” desde a infância a ter um comportamento grato, isso ocorre no processo de educação de uma criança.
Quando ensinamos uma criança a dizer “obrigado” para as pessoas que lhe servem, ou lhe ajudam, estamos lhe ensinando a ser grata. Isso faz parte da educação.

Mas não é apenas a educação, a “etiqueta”, o “protocolo”, o “ser formal”, que gera a gratidão. A gratidão tem que partir do nosso coração, e não apenas ser da boca para fora.

Quem convive com o ingrato sempre sofre. O único que não sofreu quando conviveu com um ingrato foi Jesus. Judas é o perfeito estereótipo do “ingrato”, ele foi salvo por Jesus, amado, cuidado pelo Mestre (que mesmo sabendo que Judas era um ingrato, lavou seus pés)… mas Judas não o reconheceu, ele foi ingrato, infiel e traidor. Mesmo assim, Jesus nunca o rejeitou…

Jesus tinha uma, entre muitas características: Ele não se iludia em relação as pessoas… Ele não gerava expectativas. Ele não fantasiava ou idolatrava. Ele ama sem se iludir.

É por isso que Jesus não sofreu quando Judas o traiu, porque ele já sabia quem era Judas, Ele já tinha visto a ingratidão no coração de Judas. Jesus sabia que não podia esperar nada dele, a não ser traição e ingratidão. Jesus não se decepcionou com Judas, pelo contrário, Ele se preparou para ser traído. Ele já sabia com que tipo de ser humano estava lidando, pois conhecia a fundo a alma de cada discipulo.

É claro que Jesus se entristeceu com a decisão de Judas, pois Jesus o amava, mas Ele não se deixou iludir, Ele não gerou expectativas.

A ilusão nos fere muito. Isso acontece porque quando a ilusão se desfaz, tudo que foi fundado sobre ela, se desfaz junto. Isso serve para todas as áreas de nossas vidas, mas principalmente para os relacionamentos.

Muitos “Judas” vão aparecer nas nossas vidas… faz parte. Mas nós teremos que aprender a lidar com cada um “deles”, e não deixar que eles destruam a nossa capacidade de amar e de acreditar no amor verdadeiro e que a mudança é possível através de Jesus Cristo.

A verdadeira gratidão está ligada ao exercício de “se ver”. Ela “brota”daí.

Observe que quando nos enxergamos, quando nós verdadeiramente “nos vemos” sem ter medo da rejeição percebemos quantas pessoas nos amam e não nos deixaram (mesmo sabendo de todos os nossos defeitos…) nasce então a partir daí em nosso coração uma profunda gratidão.

Nós seres humanos, somos assim: Quando percebemos as nossas limitações (quando nos enxergamos), temos medo que os outros também percebam e nos rejeitem por causa delas.

Por este motivo, tentamos esconder das pessoas os nossos defeitos a todo custo. Mas isso não adianta, mais cedo ou mais tarde, as nossas limitações e defeitos (principalmente aqueles que tentamos a todo custo esconder dentro de nossa alma) vão aparecer.

Isso pode acontecer por exemplo, sem querer, na hora do nervosismo.

Isso de certa forma é bom, porque é nessa hora que saberemos a verdade sobre as pessoas que convivem conosco, é nesta hora que conheceremos o caráter de cada um que nos cerca, pois se ao ver os teus defeitos, a pessoa te abandonar, ela estará mostrando que não te ama de verdade, ou que não está disposta a te amar e buscar em Jesus uma verdadeira mudança pra ti.
Por isso, mesmo que tenhamos medo de ser rejeitados, é melhor vencer este medo, e deixar que as pessoas nos conheçam de verdade. Assim diminuímos o risco de decepcionar aos outros e de sermos decepcionados.

Realmente dói muito a rejeição, mas dói bem menos quando não criamos raizes, quando ainda estamos no começo de um relacionamento… por exemplo, por isso temos que ser “o mais transparente possível” com as pessoas, para não geramos expectativas falsas e infundadas a nosso respeito.

A ingratidão dói muito mais do que a rejeição , pois a ingratidão é a rejeição ”concentrada”, ou seja, podemos passar por uma rejeição, e não sentirmos ingratidão, mas sempre que sentirmos ingratidão, junto dela haverá rejeição. É sempre assim, porque o próprio ato de ser ingrato, é um ato de rejeitar.

É por isso que dói tanto quando alguém a quem nos dedicamos, se torna ingrato conosco, porque nos sentimos profundamente rejeitados e “des-amados”.

Busquemos ter o sentimento de gratidão em nosso coração. O que tenho aprendemos com o Senhor todos os dias de nossas vida é o seguinte:

Faça para Ele. Faça para Jesus. Ele não tem um coração ingrato, sabe porquê? Porque Ele não te rejeita. Jesus conhece nossa motivação… Ele sabe quando agimos com amor, com zelo, com cuidado…

Ainda que as pessoas ao nosso redor nos “interpretem” errado, Jesus não. Ele conhece nossa alma e enxerga a verdade em nossos corações.

Tenha sempre um coração grato. Exercite isso. Comece hoje a exercitar:

Agradeça em primeiro lugar ao Senhor, que te criou, que te formou, agradeça por você estar vivo, agradeça até pelas lutas, porque elas são “professores” que nos ensinam o valor da vida.

Ageadeça também as pessoas, aos seus pais que te criaram, mesmo que tenham falhado, as pessoas que te criaram fizeram alguma coisa por você… mesmo que seja pouco… foi o que eles sabiam e podiam, foi o “melhor” deles… por isso seja grato a cada um deles. Diga a eles “obrigado por tudo que você fizeram por mim”.

Agradeça também as coisas simples do dia a dia: o cobrador do ônibus, a faxineira do seu trabalho, a pessoa que te serviu na lanchonete, a atendente do balcão de alguma loja… seja grato.

Ai vem a pergunta: “Mas e se eu for grato, educado com as pessoas, e elas não retribuírem? O que fazer?”

A resposta é: Faça para Jesus. Não faça esperando que as pessoas te devolvam… faça sabendo que Deus está vendo cada atitude tua, em cada minuto do seu dia, Ele te devolverá, Ele é fiel e justo e nunca vai deixar passar desapercebido uma atitude boa e correta que fizermos, mesmo que demore (aos nossos olhos) para ter “retorno”, tudo, absolutamente tudo que “plantarmos” vamos “colher”.

“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.” (Mateus 7:12)

Faça para os outros o que você quer que façam a você. Você verá como Deus é justo. E como a Palavra dEle não mente jamais.

Que Deus te abençoe e possa te dar sabedoria para sempre ter um coração grato.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

TENTAÇÃO - SEDUÇÃO MENTIROSA

(Tiago 1.13-15)

Existe uma grande diferença entre pecado e tentação. Jesus foi tentado em todas as coisas, mas sem pecado (Hb 4.15), pois Ele veio amando a justiça e odiando o pecado (Hb 1.9). Então, o que é a tentação? A tentação vem antes do pecado, pois é um convite para o pecado.

A tentação é um convite sedutor, bonito, atraente, que acena com possibilidades aparentemente interessante e até sensacional, mas que no fim não passa de propaganda enganosa. Como no treinamento da camuflagem militar, utilizado para enganar o inimigo, ou para capturar uma presa, assim é a tentação.

O tentador estuda sua presa, constrói esconderijos e coloca chamarizes. Os chamarizes estão por toda parte, nas ruas e até na internet. Quantas mulheres foram enganadas e até mortas a partir de um contato com um estranho pela internet? A internet é boa por um lado, mas é um ambiente propício à mentira.

Satanás é o pai da mentira. Ele, qual serpente, foi descrito como "o mais astuto de todos os animais do campo" (Gn 3.1). O apóstolo Paulo também ensina que "o diabo se transforma em anjo de luz" e que nós não podemos ignorar os seus ardis (II Cor 11.14). Por isso somos instados a "... estar firmes contra as astutas ciladas do diabo".

Vejamos, portanto, algumas características acerca da tentação.

A tentação sempre está enraizada na mentira

A tentação é uma sedução. Um convite para fazer algo errado ou pecaminoso aos olhos de Deus. Um convite para o bem não é tentação. Satanás é "o sedutor de todo o mundo" (Ap 12.9). Se pudéssemos ver o pecado como ele realmente é no fim, não o acharíamos tentador no início.

Se Sansão soubesse que o seu envolvimento com Dalila acabaria em traição, olhos arrancados e prisioneiro dos inimigos, ele jamais teria se aproximado dela, por mais bela que fosse. Se Davi soubesse que aquele adultério traria a morte dos seus filhos ele pensaria duas vezes. O inimigo tenta dizendo que vai satisfazer uma necessidade, mas engana.

As mentiras religiosas são trazidas por falsos mestres. Parecem verdadeiros, mas são falsos. Será que você já ouviu o tentador sussurrar? "O que é que tem?" "Não tem nada a ver!" "É certo que não morrereis!" Para Eva ele disse "Sereis como Deus..." ele usa mentiras e meias verdades, mas Deus trabalha com a verdade completa, no longo prazo, e nossa única defesa contra as mentiras do inimigo é a Palavra de Deus, trazida pelo Espírito Santo. Jesus enfrentou o tentador dizendo: "Está escrito..."

Todo fracasso começa com pequenas concessões

Uma grande barragem só se rompe por causa de uma pequena fenda não corrigida no paredão. O campo de batalha da tentação é a nossa alma. E cada vez que alguém ultrapassa o mandamento do Senhor é como uma fenda que se abre no muro da alma. E o tentador então coloca uma "cunha" na fenda, subjugando as emoções e a vontade da pessoa, fazendo-a prisioneira de pecados e vícios.

Todo pecado vem de longe e gera envolvimento; começa pequeno, com um olhar ou um pensamento. Pode até parecer que a pessoa foi derrubada pela crise final, mas na realidade ela começou a cair desde o início, desde que concordou com coisas aparentemente insignificantes.

O tentador sabe que cada pecado é como uma semente. E ali começa uma história de vergonha. A mente humana é como uma estufa que faz os pensamentos germinarem como sementes, levando as pessoas a praticar o que vai se tornando forte nelas.

Tudo que cresce na mente tende a se realizar. Mas a Palavra diz: "Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto" (Jr 17.9). O que significa isso? Que não podemos confiar na consciência para discernir o certo do errado. Só a Palavra de Deus é final. Mas não é do diabo toda culpa. O problema é o nosso "eu" independente e insubmisso à Palavra.

O homem é tentado por sua própria cobiça, quanto esta o atrai e o seduz (Tg 1.14). Israel foi levado ao cativeiro várias vezes porque deu lugar a pequenas concessões, como a idolatria. Por isso, não negocie sua integridade. Devemos ser mansos, mas radicais contra o pecado. Precisamos lidar com a tentação na fonte, pois diz a Palavra: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração" (Pv 4.23). Faça de sua mente um jardim selado para o Espírito Santo (Fp 4.8).

Deus tem melhores planos para cada um de nós

Em (Isaías 55.7-9) o Senhor exorta a que deixemos os nossos próprios pensamentos e tomemos os pensamentos de Deus, porque seus caminhos são mais altos que os nossos caminhos.

O inimigo apresenta um tabuleiro de xadrex mostrando que já te deu o "xeque-mate", mas Jesus tem sempre um movimento a mais para fazer e trazer libertação e cura.

CONCLUSÃO

Talvez você se sinta derrotado hoje, achando que sua vida está muito abalada ou em completa derrota. E, assim, parece que o xeque-mate do inimigo é certo, mas o Mestre dos mestres do xadrez da vida, Jesus Cristo, pode inverter essa situação, pois satanás é mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44).

Os pensamentos de Deus a seu respeito são mais altos e Ele tem grande prazer em destruir os planos do inimigo. Foi para isso que Jesus se manifestou, para destruir as obras do diabo (1 Jo. 3.8b).

Te convidamos a tomar uma nova posição. O Salmista orou "inclina o meu coração aos teus testemunhos, e não à cobiça" (Sal.119.36). Ora, você não tem que ficar enganado, porque Jesus, o Mestre dos mestres, tem uma posição de força para você no xadrex da vida.

Ele te colocará ao seu lado nos lugares celestiais, numa posição de vitória permanente, mas lembre-se, que a conquista virá sem dúvida!! Mas a obediência é a porta de entrada para a tão desejada vitória.